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EPISÓDIO # 03 - NOSSOS FILHOS SÃO ESPÍRITOS

  • Foto do escritor: Carlos A. Biella
    Carlos A. Biella
  • 21 de jun. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 23 de jul. de 2023


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Nossos filhos são espíritos.


Antes de sermos filhos uns dos outros, somos todos filhos de um mesmo pai.

E você, tem filhos? Sim? Não? Não importa. Independente disso, sejam todos muito bem-vindos e aproveitem...

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Saudações a todos. Este é o podcast espírita Mundo Espiritual, um podcast destinado a difundir a doutrina espírita através da internet. Eu sou Carlos Biella e falo diretamente da cidade de Jataí, em Goiás. Você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou entrar em contato conosco, através do endereço do blog https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/. Estamos também no Spotify e no Deezer. Procure por Mundo Espiritual na sessão de podcasts. Caso queira, você também nos encontra no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe... Esse é o podcast mundo espiritual! Nasceu! E agora? Um filho não vem com manual de instruções, como se fosse um eletrodoméstico, que nos ensina tudo sobre seu funcionamento. Tampouco vem com um Certificado de Garantia onde está escrito “Certifico que esta criança se encontra em perfeito funcionamento e garanto sua troca no caso de qualquer defeito de fábrica, pelo período de um ano”. Assinado e garantido por... Deus. Nossos filhos, assim como nós mesmos, são seres humanos que já viveram antes. Eles trazem em si todo um passado mais ou menos longo de experiências, equívocos, conquistas, realizações e, consequentemente, um programa a executar na vida que reiniciam junto de nós. Mas, não se preocupe, pois existe todo um planejamento para isso. O objetivo do Espírito é evoluir e progredir, ou seja, a chamada Lei do Progresso é uma lei que todos somos obrigados a respeitar e aceitar, pois mesmo se decidimos não a seguir, de algum modo seremos arrastados, nem que seja pela dor. Lembremo-nos que um ser humano é composto de três partes: o corpo material, o perispírito e o espirito propriamente dito (ou alma, se nos referirmos ao espírito quando encarnado). Isto consta do Livro dos Espíritos e, na questão 142, Kardec questiona quando a alma se completa no corpo da criança? Ao que os Espíritos Superiores respondem que o Espírito é um só. Desde o momento da encarnação ele encontra-se completo na criança. O que não está adequado é como ele vai se utilizar daquele aparelho físico Em tempo: para que serve o Espírito para a matéria? O Espírito existe para dar inteligência à matéria. E, para que serve a matéria para o Espírito? A matéria existe para dar oportunidade de existência física àquele Espírito. A criança é um espírito reencarnado, com seculares experiências e com uma personalidade, que encontra-se em pleno desenvolvimento, aberta à novas experiências. Com relação à este desenvolvimento da personalidade da criança, existem basicamente duas visões: uma materialista e outra espiritualista. A visão materialista coloca que a determinação genética coordena o desenvolvimento da personalidade. Já a visão espiritualista diz que o próprio espírito domina este desenvolvimento Podemos entender que o desenvolvimento da personalidade na criança se dá através de um processo triplo de desenvolvimento: A “nova” personalidade somada ao despertar gradativo da personalidade individual mais o desenvolvimento biológico. Mas, como eu disse agora a pouco, não se preocupe, pois existe todo um planejamento para isso ou, conforme diz a música que ouvimos ao fundo, não se preocupe criança, veja, o céu tem um plano pra você... Essa é a música Don't You Worry Child (não se preocupe criança), de 2012, criada pelo grupo Swedish House Mafia, um trio sueco composto por três DJs e produtores: Axwell, Steve Angello e Sebastian Ingrosso. Eu comecei este episódio com a versão da pianista sul-coreana Sunny Choi e agora estamos ouvindo a versão 41do Postmoderm Jukebox, fundado pelo arranjador e pianista norte-americano Scott Bradlee em 2011. A banda é um verdadeiro conjunto de amigos que se encontram para produzir versões cover de músicas populares em estilo vintage, como essa que estamos ouvindo. Eu curto de montão... A criança aprende muito com o meio, interagindo com ele e construindo seu próprio conhecimento. E qual seria o papel do adulto neste processo? O de mediador, intérprete entre a criança e o mundo. Os adultos são referência para as crianças, principalmente para os bebês. Lembre-se que somos todos seres criados por Deus, sim, mas há muito, muito tempo, e não no momento da concepção ou na hora do nascimento. Somos espíritos milenares. Isto se constitui na viga mestra de toda a arquitetura da vida, o conceito-diretor que nos leva ao entendimento dos seus enigmas, mistérios e belezas imortais. Responsabilidade teremos sempre, seja qual for o filho ou filha, brilhante ou deficiente, amigo ou mesmo inimigo, sadio ou doente, compreensivo ou rebelde, natural ou adotivo. Por alguma razão, que um dia todos saberemos, este filho foi encaminhado, atraído ou convidado para vir até nossa companhia. Dificilmente será um estranho total, cujos caminhos jamais tenham se cruzado com os seus, no passado. A geração de um corpo humano para que nele se instale um espírito é uma decisão grave, repleta de implicações e consequências. Representa um convite formal a alguém que já existe numa dimensão que nos escapa aos sentidos habituais e que estamos propondo receber, criar e educar, oferecendo-lhe nova oportunidade de vida. O novo ser não deve ser fruto de uma decisão de momento, de um impulso impensado, de uma união fortuita, como que alienada. Homem e mulher, geralmente jovens, que se unem, mesmo que seja por uma única e passageira vez na vida, devem estar atentos ao fato de que pode surgir, daquele momento fugaz, uma nova existência para alguém. Alguns questionamentos deveriam ser feitos antes do processo da concepção de um filho, tais como: há condições razoáveis para receber essa nova pessoa e cuidar dela, tornar-se responsável por ela? A criança é desejada, é bem-vinda, há espaço para ela no coração daqueles que estão promovendo seu reingresso na vida terrena? Caso um mínimo de condições satisfatórias não exista, duas situações da maior relevância podem ocorrer: a criança será rejeitada antes mesmo de nascer e/ou a mãe ficará tentada a recorrer ao aborto. Mas, uma vez que nossos filhos nascem (ou reencarnam), geralmente, com tão rico acervo de experiências e conhecimentos, então, nada há que possamos ou precisemos fazer para ajudá-los! Correto? Nada disso. Podemos, sim, e devemos fazê-lo! Oras, um Einstein renascido será novamente um bebê chorão, no qual a mamãe vai precisar trocar suas fraldas, dar-lhe de mamar, ensinar-lhe os primeiros passos, repreendê-lo por uma ou outra manha, enfim, dar-lhe uma educação. Às vezes nasce, também, um Mozart, extremamente precoce, que mesmo aos quatro ou cinco anos de idade consegue expressar as maravilhosas concepções que traz no fundo do seu ser. Lembrando que a precocidade dos gênios é uma evidência da reencarnação. E assim, vamos construindo a relação entre pais e filhos. A música Pais e Filhos, do grupo Legião Urbana, faz parte do álbum As Quatro Estações, lançado em 1989 e foi composta pelos músicos Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e Renato Russo e tem uma letra intrigante, que fala do relacionamento entre pais e filhos. Um dia faço um programa só sobre algumas músicas que gosto muito, como essa. A paternidade é uma verdadeira missão e, ao mesmo tempo, um grande dever que envolve mais do que o pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro. Essa é a resposta da questão 582, de O Livro dos Espíritos. Interessante, né? Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pelo caminho do bem, e lhe facilitou a tarefa dando a ele uma organização frágil e delicada, que o torna propício a todas as impressões. No entanto, existem muitos aqueles que mais cuidam de aprumar as árvores do seu jardim e de fazê-las dar bons frutos em abundância, do que de formar o caráter de seu filho. Se este vier a sucumbir por culpa deles, suportarão os desgostos resultantes dessa queda e partilharão dos sofrimentos do filho na vida futura, por não terem feito o que lhes estava ao alcance para que ele avançasse na estrada do bem. No livro O consolador escrito por Chico Xavier, através do espírito de Emmanuel, existe algumas informações importantes com relação ao processo de educação da criança. Até aos sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência que lhe compete no mundo. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos. Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e a estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos pais, legítimos representantes do colégio familiar. Eis por que o lar é tão importante para a edificação do ser humano. Passada a época infantil, credora de toda vigilância e carinho por parte das energias paternais, os processos de educação moral, que formam o caráter, tornam-se mais difíceis com a integração do Espírito em seu mundo orgânico material. Atingida a maioridade, se a educação não se houver feito no lar, então, só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e a concepção das criaturas. Assim, a alma reencarnada terá retomado todo o seu patrimônio nocivo do passado e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltou a luz interior dos sagrados princípios educativos. Isso pode acontecer mesmo com aqueles que achamos que eram nossos lindos garotinhos. Na criança de 0 a 7 anos, o corpo físico está desenvolvendo, ainda, seus elos vitais com o corpo Astral, composto do perispírito e do espírito. Fisiologicamente, o cérebro ainda está em formação. Não estão concluídas as ligações entre os neurônios que funcionam como delicadíssimos fiozinhos interligando um neurônio a muitos outros ao mesmo tempo, os chamados dendritos. A completa formação dos dendritos só se dá após os sete anos de idade. Até lá o campo psíquico está inteiramente aberto, pois que seu instrumento principal no ambiente físico, o cérebro, ainda não está completo. A criança traz em si todo um passado mais ou menos longo de experiências, equívocos, conquistas, realizações e consequentemente, um programa a executar na vida que reinicia junto de nós. São espíritos adultos, inteligentes, experimentados, aprisionados em um corpinho físico que ainda não lhes proporcionam as condições mínimas de que precisam para expressar todo o seu potencial. Nós temos o privilégio e a responsabilidade de ajudá-los a expressarem novamente como ser humano. No Livro dos Espíritos, no Capítulo IV, Parentesco e filiação, a pergunta 203 é a seguinte: Transmitem os pais aos filhos uma parcela de suas almas, ou se limitam a lhes dar a vida animal a que, mais tarde, outra alma vem adicionar a vida moral? E os espíritos responderam: “Dão-lhes apenas a vida animal, pois que a alma é indivisível. Um pai obtuso pode ter filhos inteligentes e vice-versa.” Já na parte de Parecenças físicas e morais, a pergunta 207 é a seguinte: Frequentemente, os pais transmitem aos filhos a parecença física. Transmitirão também alguma parecença moral? Como resposta, “Não, que diferentes são as almas ou Espíritos de uns e outros. O corpo deriva do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito. Entre os descendentes das raças apenas há consanguinidade”. Pergunta 208: Nenhuma influência exercem os Espíritos dos pais sobre o filho depois do nascimento deste? “Ao contrário: bem grande influência exercem. Conforme já dissemos, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho.” Questão 209: Por que é que de pais bons e virtuosos nascem filhos de natureza perversa? Por que é que as boas qualidades dos pais nem sempre atraem, por simpatia, um bom Espírito para lhes animar o filho? “Não é raro que um mau Espírito peça lhe sejam dados bons pais, na esperança de que seus conselhos o encaminhem por melhor senda e muitas vezes Deus lhe concede o que deseja.” Questão 210: Pelos seus pensamentos e preces podem, os pais atrair para o corpo do filho em formação, um bom Espírito, de preferência a um inferior? “Não, mas podem melhorar o Espírito do filho que lhes nasceu e está confiado. Esse o dever deles. Os maus filhos são uma provação para os pais.” No capítulo VII, onde se fala sobre as faculdades morais e intelectuais do homem, na questão 361: Qual a origem das qualidades morais, boas ou más, do homem? Respondem os espíritos: “São as do Espírito nele encarnado. Quanto mais puro é esse Espírito, tanto mais propenso ao bem é o homem.” Agora estamos ouvindo a música Beautiful Boy, de John Lennon, lançada em 1980 no álbum Double Fantasy. Lennon teria feito essa música para seu filho com Yoko Ono, Sean. A música inicia com John confortando seu filho de um provável pesadelo e se transforma em uma descrição apaixonada do amor que tem pelo filho. No livro O Consolador, no capítulo V, Ciências Aplicadas, pergunta 113 – Os pais espiritistas devem ministrar a educação doutrinária a seus filhos ou podem deixar de fazê-lo invocando as razões de que, em matéria de religião, apreciam mais a plena liberdade dos filhos? “O período infantil, em sua primeira fase, é o mais importante para todas as bases educativas, e os pais espiritistas cristãos não podem esquecer seus deveres de orientação aos filhos, nas grandes revelações da vida. Em nenhuma hipótese, essa primeira etapa das lutas terrestres deve ser encarada com indiferença. O pretexto de que a criança deve desenvolver-se com a máxima noção de liberdade pode dar ensejo a graves perigos. Já se disse, no mundo, que o menino livre é a semente do celerado. A própria reencarnação não constitui, em si mesma, restrição considerável à independência absoluta da alma necessitada de expiação e corretivo? Além disso, os pais espiritistas devem compreender que qualquer indiferença nesse particular pode conduzir a criança aos prejuízos religiosos de outrem, ao apego do convencionalismo, e à ausência de amor à verdade. Deve nutrir-se o coração infantil com a crença, com a bondade, com a esperança e com a fé em Deus. Agir contrariamente a essas normas é abrir para o faltoso de ontem a mesma porta larga para os excessos de toda sorte, que conduzem ao aniquilamento e ao crime. Os pais espiritistas devem compreender essa característica de suas obrigações sagradas, entendendo que o lar não se fez para a contemplação egoística da espécie, mas, sim, para santuário onde, por vezes, se exige a renúncia e o sacrifício de uma existência inteira”. Lembre-se que Evangelizar exige mudança de comportamento e, quando você educa, você se educa... Devemos mostrar à criança o mais adequado; Levar a criança ao raciocínio, ao experimento. Conversar, explicar e ouvi-la para que ela aprenda a dialogar. Não fazemos isso na infância e depois reclamamos que temos adolescentes que não gostam de dialogar... É difícil olhar para uma criança e enxergar um espírito milenar, mas com esta compreensão damos atenção a traços de caráter, bondade, compaixão bem com a conceitos como egoísmo, maldades, competição nociva. E qual seria a nossa missão como pais: incentivar e melhorar tendências positivas e impor limites para minimizar tendências negativas. A criança precisa de pontos de referência para saber até onde pode ir. Os pais devem ter consciência de que a autoridade paterna é uma autoridade vinculada a natureza. Não se disputa poder com os filhos. Mãe é mãe. Pode ser amiga mas a autoridade tem que ser imposta várias vezes... banho, alimentação, etc. A mãe terrestre deve compreender antes de tudo, que seus filhos, primeiramente, são filhos de Deus. Desde a infância, deve prepará-los para o trabalho e para a luta que os esperam. Fechar os olhos para características desagradáveis de nossos filhos pode gerar problemas futuros. O espírito deve receber o que precisa e não o que quer. Os filhos estão com os pais que necessitam naquele momento de seu processo evolutivo. Para reflexão: É um desafio conviver com espíritos que chamamos de filhos...Somos Espíritos em busca de evolução...NADA é acaso, muito menos uma reencarnação... A música O filho que eu quero ter foi composta por Toquinho e Vinicius de Moraes, lançada inicialmente por Chico Buarque, no disco Sinal Fechado, em 1974 e em 1975, os autores a incluíram no disco Vinicius de Moraes e Toquinho. Que exemplos estamos dando aos nossos filhos? Lembre-se que nossos filhos se espelham em nós, em nossas atitudes e exemplos. A cada encarnação, o espírito se liga a um novo corpo físico e depois de um período de cerca de 9 meses, que vai da concepção até o nascimento, inicia uma nova fase em que irá moldar sua personalidade até os 7 anos de idade. Ao desencarnar, o Espírito carrega consigo sua personalidade, que numa próxima encarnação será novamente trabalhada, de acordo com as escolhas, atitudes e tipo de vida que tiver durante sua encarnação, num processo que se sucede continuamente, enquanto for necessária a sua evolução moral e intelectual. É por este motivo que um filho, amoroso, respeitoso, bondoso, enquanto criança, pode mudar completamente, durante a pré-adolescência, uma vez que até a idade de 7 anos o espirito ainda está se adequando à nova vida e a partir daí sua personalidade (a inerente a seu espírito), passa a imperar. Então, devemos sempre nos lembrar que nossos filhos são espíritos, que vieram até nossa responsabilidade para que os auxiliemos em seu processo evolutivo. Assim, conforme uma frase do grande arquiteto Oscar Niemeyer: Cada um vem, escreve sua história e depois vai embora. Vamos chegando ao fim do programa de hoje. Lembrando que você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou entrar em contato conosco, através do endereço do blog https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/. Estamos também no Spotify e no Deezer. Procure por Mundo Espiritual na sessão de podcasts. Caso queira, você também nos encontra no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe... Esse é o podcast mundo espiritual! Mas, antes de encerrar, trago aqui um texto que escrevi em 2012, intitulado Filhos, que você ouvirá tendo ao fundo a música Promete, da cantora e compositora paranaense Ana Vilela, música lançada em 2017, que faz parte do álbum que leva seu nome, Ana Vilela. Um dia eles chegam e mudam nossa vida. Transformam-nos completamente. Compartilhamos seus choros, suas dores, suas preocupações, suas incertezas... Procuramos fazer de tudo para que eles se sintam felizes, mesmo que, muitas vezes deixando nós mesmos de sermos felizes. E como eles são dependentes de nós! Temos que ajuda-los a fazer quase tudo! A comer, se limpar, até mesmo a andar... E quando menos percebemos, eles já não são mais tão pequenos. Começam a caminhar com suas próprias pernas, seguindo seu próprio caminho. Apenas tentamos acompanha-los de longe, tentando não os deixar cair em sua caminhada... E assim, em pouco tempo, eles já não querem mais nossa companhia, querem ser independentes. Compartilhamos seus avanços, seus erros, suas conquistas e perdas, suas buscas por seus sonhos... Em nosso egoísmo, não percebemos ou não queremos perceber que eles estão buscando seu próprio caminho, que eles necessitam seguir em frente... E, de repente, eles se vão, seguem em frente. Eles seguem como nós mesmos já fizemos. Sobem no trem da vida e partem em busca de seu próprio destino. Eles se vão e nós, ficamos... Ficamos a pensar se fizemos tudo que podíamos ter feito por eles. Se os educamos para serem pessoas honradas, éticas e boas. Se os ensinamos a escolherem sempre o caminho do bem nas encruzilhadas da vida. Se os orientamos corretamente nas práticas cristãs. Se os educamos para a vida! Ficamos a pensar e lembrar todas as fases que passamos juntos. Éramos um super-herói para eles... Éramos recebidos com um grande sorriso e com bracinhos abertos para nos abraçar Agora mal nos dão um bom dia! Éramos chamados de PAPAI! Passamos a ser um simples, pai. Deixamos de ser um grande homem para sermos apenas mais um, como tantos outros, que não sabem nada da vida atual, pois, segundo eles, ficamos presos ao passado. Muitas vezes, ficamos a pensar que eles nos acham ultrapassados e “chatos”. Que eles já não se importam mais conosco... Agora eles têm muito mais coisas para se preocupar... Afinal, agora eles já são adultos. Eles começam a montar suas próprias famílias, começam a pensar em ter, eles mesmos, seus próprios filhos. E nós vamos ficando cada vez mais distantes deles... Muitas vezes ficamos tristes, sentindo que eles nos abandonaram. Até que um dia nós, que hoje somos pais, retornaremos ao plano espiritual. Será que partiremos com a certeza de que fizemos nossa parte como pais? Partiremos com a certeza de que orientamos corretamente nossos filhos a trilharem o caminho do bem? Não sei. O que sei é que partiremos, na esperança de que um dia, em outra vida, teremos uma nova oportunidade de convivermos com esses Espíritos milenares, que hoje, tão carinhosamente, chamamos de... Filhos!


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