EPISÓDIO # 04 - INTOLERÂNCIA
- Carlos A. Biella

- 5 de jul. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 23 de jul. de 2023

Intolerância.
Ouvindo essas notícias, você sabe do que elas tratam, não é?
Pois então, é exatamente disso que vamos falar hoje: intolerância!
Sejam todos muito bem-vindos e aproveitem...
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Saudações a todos. Este é o podcast espírita Mundo Espiritual, um podcast destinado a difundir a doutrina espírita através da internet. A produção, edição e apresentação são minhas, Carlos Biella e falo da cidade de Jataí em Goiás. Você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através do Blog (site) https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw Caso queira, estamos também no Spotify e no Deezer, basta procurar por Mundo Espiritual na sessão de podcast. Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual E já que vamos falar de intolerância, nada melhor do que abrir o programa já despertando sentimentos variados, talvez até mesmo de intolerância com a música que está tocando ao fundo. A música é Intolerance, da banda de rock norte-americana Tool, formada em 1990 em Los Angeles, na Califórnia. A banda é constituída pelo baterista Danny Carey, o guitarrista Adam Jones, o vocalista Maynard James Keenan e o baixista Justin Chancellor. A música Intolerance faz parte do álbum Undertow, lançado em 1993 e a letra da música diz, entre outras coisas: Você mente, engana e rouba. Como posso tolerar? Pois é. E você, é intolerante ou não? E já vamos começar nosso episódio, entrando em nossa máquina do tempo e regressando, não tão longe, vamos voltar ao início do ano 2015. Vem comigo, vamos lá... Aqui estamos, em Paris. Dia 07 de janeiro de 2015. Estamos na rua Nicolas Appert, número 10. Aqui fica a sede do jornal francês Charlie Hebdo. Homens armados invadiram o local, num atentado terrorista que acabou com a morte de 12 pessoas, entre elas alguns cartunistas do jornal. Os terroristas queriam vingança devido as charges publicadas no jornal, fazendo piadas com o profeta Maomé, considerado mensageiro de Alá (ou Deus) para o Islamismo. Pois bem, meus amigos, será possível que em pleno século XXI, alguém ainda possa perder sua vida por manifestar sua opinião? Você pode até me dizer que a opinião do jornal foi um tanto quanto ofensiva e coisa e tal. Mas torno a perguntar, por mais ofensiva, imoral, idiota, carregada de preconceitos, ou seja lá o que seja uma opinião, tenho eu o direito de matar por isso? Todos nós temos o direito de manifestar nossas opiniões e, se você discordar, me combata com.... opiniões e não com violência! Vivemos em um mundo onde as opiniões e crenças pessoais, sejam elas sinceras ou não, se fazem presente. Reside, em cada ser humano, o orgulho de acreditar ser a sua verdade, a que mais vale, que a sua crença é a mais perfeita e que estaria sempre correto em suas opiniões. Isto faria com que o outro esteja sempre equivocado, seja em sua opinião ou crença. Assim, a Terra se mostra como um lugar de conflitos e desentendimentos, dos mais variados e pelos mais diversos motivos, seja qual for a escala social em que se encontre o indivíduo. Talvez isso ocorra por colocarmos, por orgulho, nosso ponto de vista acima de qualquer outro ponto de vista, acima de qualquer outro princípio, o que nos leva ao desentendimento, na maioria das vezes, com outros indivíduos que, por também pensarem assim, tenham opiniões, crenças e princípios diferentes. Assim nascem os conflitos. Cada um de nós coloca que existe a liberdade de expressão e que podemos nos expressar livremente e aquele que não aceita nossa expressão está sendo intolerante, ao mesmo tempo em que, este outro alega que existe desrespeito. É sempre bom lembrarmo-nos que nossa liberdade é válida até onde alcança a liberdade do outro, como nos disse o espírito Lázaro em O Livro dos Espíritos, capítulo 17 intitulado “Sedes perfeitos”, falando sobre o dever. Disse assim, Lázaro: “O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vós.” Importante que nos atentemos para isso. Também é bastante oportuna a contribuição de Kardec, quando comenta na questão 876 de O Livro dos Espíritos. Kardec faz a seguinte colocação: “Em todos os tempos e sob o império de todas as crenças, sempre o homem se esforçou para que prevalecesse o seu direito pessoal. A sublimidade da religião cristã está em que ela tomou o direito pessoal por base do direito do próximo.” Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até o fim o direito de você dizê-las. Esta frase é de François-Marie Arouet, um importante ensaísta, escritor e filósofo iluminista francês. Ah, você não sabe de quem se trata? Talvez você o conheça pelo pseudônimo – Voltaire. Voltaire nasceu em Paris, em 21 de novembro de 1694 e morreu, na mesma cidade, em 30 de novembro de 1778. Voltaire foi um grande pensador que se opôs à intolerância religiosa e à intolerância de opinião que reinavam na França do século XVIII. E já que estamos falando da França, ao fundo ouvimos a francesa Edith Giovanna Gassion, que nasceu em Paris em 1915, e falecendo em Plascassier, também na França, em 1963. Devido a seu aspecto frágil ganhou o apelido que a fez ficar famosa internacionalmente: Piaf (ou pardal). Aqui com a música La vie em rose (A vida em rosa), Composta por ela, Édith Piaf e Louis Guglielmi, e lançada em disco single em 1947. Édith Piaf, é sem dúvida, uma delícia de ouvir... No caso das charges publicadas pelo jornal francês Charlie Hebdo, podemos considerar que seja um erro a maneira com que insultam a crença de vários segmentos religiosos. O que não é justificativa para uma ação violenta contra isso. Imaginemos se houvessem charges a respeito de Allan Kardec. O que nós espíritas acharíamos? Provavelmente não iriamos gostar, dependendo do grau de ofensa que entendermos de tais charges, mas, no entanto, dificilmente reagiríamos de modo violento (assim espero), uma vez que isso acabaria por ferir alguns dos princípios básicos da Doutrina Espírita, que a tão duras penas tentamos os incorporar à nossa própria vida. Emmanuel, no livro Religião dos Espíritos, de 1960, psicografado por Chico Xavier, nos diz que A aflição do fanatismo chama-se intolerância. Vou repetir: A aflição do fanatismo chama-se intolerância. O fanático é alguém que não consegue entender ou aceitar que existe um outro que pense e que sinta as coisas diferente dele. Mas, observe a natureza e veja a diversidade que existe entre os seres vivos. A diversidade de espécies dentro de uma determinada categoria... então, frente a toda essa diversidade, como podemos esperar que nós, seres humanos, sejamos uniformes? É logico que somos diferentes, que pensamos diferente, que temos gostos diferentes. Por isso não devemos impor nossa vontade, nosso pensamento, nosso gosto, sobre outro ser humano. A intolerância nasce em uma sociedade que não se preocupa com o sentimento do outro. Isso leva à inquietudes, tormentas, aflições, atos de fanatismo, que desembocam na intolerância. A maior expressão da intolerância seriam a violência e o ódio. Lembremos o que disse Léon Denis no livro O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR: “A todos devemos tolerância, benevolência e até perdão; porque se nos causam prejuízo, se escarnecem de nós e nos ofendem, é quase sempre pela falta de compreensão e de saber, resultantes de desenvolvimento insuficiente”. Ou seja, a intolerância é fruto da ignorância e revela, consequentemente, um atraso espiritual. Intolerância! Mas, afinal o que significa intolerância? E como um bom curioso, fui até o dicionário procurar o significado da palavra intolerância e encontrei – falta de tolerância. Daí, então tive que buscar o significado de tolerância. E aqui vai uma das definições: Ato ou efeito de tolerar, de admitir, de consentir. Direito que se reconhece aos outros de terem opiniões diferentes ou até mesmo opostas às nossas. Boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às suas. Minha nossa! Opiniões diferentes, opiniões opostas às nossas – isso é muito difícil de aceitar! E quanto somos intolerantes: intolerantes no trânsito, em nossos relacionamentos amorosos e em tantas outras situações. Este é Alejandro Balbis, com a música La Intolerância. Balbis é uruguaio, nascido em 4 de dezembro de 1967 em Montevideo. Aqui você escuta cada coisa! A intolerância e o preconceito andam de mãos dadas e nós somos preconceituosos racialmente e acima de tudo socialmente. Quantos de nós, ao nos depararmos com um indivíduo mal vestido, sujo, que vem em nossa direção, não muda seu caminho? Quantos de nós tem um certo “nojo” de mendigos? Pois bem, isso é preconceito social e não racial. Mas, outro significado que encontrei em dicionários para tolerância foi “Atitude social de quem reconhece aos outros o direito de manifestar diferenças de conduta e de opinião, mesmo sem aprová-las”. Vejamos os casos de homofobia. Quantos artistas assumiram a homossexualidade e foram escrachados por isso? Lembram-se do ex-Menudo Rick Martin e tantos outros... No esporte, quando um atleta assume sua homossexualidade, muitos torcedores passam a hostiliza-los, como aconteceu com o atleta brasileiro Michael, jogador de vôlei. Também outros casos envolvendo intolerância sexual e também racial são vistos dentro do esporte, como os inúmeros casos de atletas sendo hostilizados devido à cor de sua pele. Repito: Tolerância é atitude social de quem reconhece aos outros o direito de manifestar diferenças de conduta e de opinião, mesmo sem aprová-las. Mas...e o que vemos nos jogos de futebol? Parece uma verdadeira guerra. Uma total intolerância, uma violência sem sentido. Quantos já morreram em batalhas pelos campos de futebol mundo a fora! Pois bem, aqui vai outra definição de tolerância: Reconhecer aos outros o direito de manifestar diferenças de opinião, mesmo sem aprová-las. E agora, hein! Como é que fica?? Chico Buarque de Holanda, um compositor fantástico, responsável por uma obra maravilhosa, manifestou-se partidário numa das últimas eleições e, somente por isto, passou a ser odiado por muita gente. Ora, toda sua obra musical perdeu seu valor graças à sua tomada de lado durante uma disputa política? Quanta intolerância! E o que dizer da também cantora e compositora Paula Fernandes, que ao se manifestar Espírita em um programa de TV acabou sendo duramente criticada por grupos religiosos, que chegaram mesmo a quebrar seus CDs. Que intolerância! Sem dúvidas, a vingança é a mãe da estupidez e a intolerância é mãe de vidas perdidas... Essa é a música Intolerância, de Marcelo Bonfá, paulista nascido em Itapira, baterista e membro fundador do Legião Urbana, aqui em apresentação solo no álbum Bonfá + Videotracks, de 2004. Uma das mais problemáticas formas de intolerância se dá pelo aspecto religioso. E isso tem muuuuuuuita história. Ao longo da história, diversos grupos radicais foram se revezando em ações violentas de intolerância. Pegando somente alguns exemplos do século XXI, ou seja, para aqueles que são mais novos se lembrarem mais vivamente, temos ações de grupos como a Al-Qaeda no Afeganistão, os talibãs no Paquistão, o Boko Haram, na Nigéria e em especial o Estado Islâmico principalmente na Síria. O grupo Estado Islâmico foi responsável por uma grande quantidade de assassinatos, principalmente por decapitação e usando a mídia para difundir as imagens e a sua causa. O grupo extremista Estado Islâmico foi criado em 2013, sendo um braço da organização terrorista Al-Qaeda no Iraque, que acabou por se tornar independente desde o ano passado. É um dos principais e mais perigosos grupos jihadistas, do mundo. Jihadistas, você sabe o que é uma Jihad? É uma guerra santa muçulmana, uma luta armada contra os infiéis e inimigos do Islã. Que absurdo. Quanta intolerância religiosa! Com relação a isto, uma frase de Umberto Eco, escritor, filósofo e linguista italiano, cabe muito bem: Fundamentalistas dão um toque de arrogante intolerância e rígida indiferença para com aqueles que não compartilham suas visões de mundo. Mas, isso não é de hoje, não. Isto também tem muuuuuuuita história. Lembram-se das Cruzadas? Foram movimentos militares cristãos em sentido à Terra Santa com a finalidade de ocupá-la e mantê-la sob domínio cristão, nos séculos X e XI, ou seja, uma guerra entre cristãos e muçulmanos pelo domínio da Terra Santa. A ocupação da região chamada Terra Santa foi motivo de muitos conflitos entre essas religiões na Idade Média e ainda é uma das causas da instabilidade no Oriente Médio. No final do século XI, o Islamismo já havia se tornado grande o suficiente para clamar por seus lugares sagrados, que coincidiam com os locais sagrados dos cristãos. Você está meio confuso com relação à Terra Santa? Tudo bem, aqui vai uma explicação. A Terra Santa é um local no Oriente Médio que abrange grande parte do território que é atualmente o Estado de Israel (mas não necessariamente idêntico às suas fronteiras) e que é reivindicado total ou parcialmente como terra santa por várias religiões. Tem mais ou menos uns 30 mil km², estendendo-se do sul do Monte Líbano até o Deserto de Neguev e das costas do Mar Mediterrâneo até às margens do Rio Jordão. Basicamente compreende à área onde encontramos Jerusalém, Belém, Nazaré e outras localidades por onde Jesus viveu. Interessante é que Jerusalém é a cidade santa no Judaísmo, contém diversos e significativos lugares do Cristianismo e é considerada uma cidade santa no Islamismo. O Judaísmo é considerado a primeira religião monoteísta a surgir na história da humanidade. Sua principal crença é a existência de um só Deus, o criador de tudo. Para os judeus, Deus teria feito um pacto com os hebreus, fazendo com que estes se tornassem o povo escolhido e lhes prometeu a “terra prometida” (chamada de Canaã) hoje Israel. Um dos lugares sagrados do Judaísmo é o Muro das Lamentações, localizado em Jerusalém. Os judeus seguem a Torá, o livro sagrado que contém as obrigações que todo hebreu deve observar. Já o Cristianismo é a religião dos que creem em um único Deus e que este nos enviou Seu filho Jesus. Surgiu durante o Império Romano e se difundiu a partir de Jerusalém para todo o mundo. A Igreja é o local sagrado de adoração à Deus, e a Bíblia é o livro sagrado dos cristãos. A Bíblia é composta pelo Antigo e o Novo Testamento. Já o Islamismo é, ao mesmo tempo, uma religião e uma comunidade política e social. Creem em um Deus único (Allah) e em seus profetas, de Abraão a Maomé (o principal). O Alcorão é o livro sagrado contendo as revelações que o anjo Gabriel teria feito ao profeta Maomé. Todo islamita tem cinco obrigações principais: A Profissão de fé, A Oração, A Esmola, O Jejum do Ramadã e A Peregrinação à Meca, que é uma cidade da Arábia Saudita considerada a mais sagrada no mundo para os muçulmanos. Esta é a música - YERUSHALAYIM SHEL ZAHAV, que pode ser traduzida como Jerusalém de Ouro, canção popular israelense, composta por Naomi Shemer, em 1967, sendo considerado um hino à cidade de Jerusalém. Aqui a interpretação é da cantora síria Ofra Haza... Em setembro de 2011, Roberto Carlos, apresentou-se em Jerusalém e cantou esta música... com todo respeito ao Roberto Carlos, não vou trocar Ofra Haza por ele não... quem quiser que procure por isso no Youtube... As três religiões são monoteístas, tiveram sua época de perseguições e seguiam um líder espiritual. O amor está na base de todas as religiões, os mandamentos também são inerentes à todas como código de ética. As três diferenças básicas entre as religiões encontram-se na chamada Trindade, na figura de Cristo e na ética. A chamada Trindade cristã (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo) é vista pelas outras duas religiões como um enfraquecimento da ideia da unidade de Deus, principalmente os judeus veem a trindade como um retrocesso para o paganismo. Cristo para o cristianismo é o filho de Deus encarnado, enquanto no Islamismo ele é apenas mais um profeta, já para os Judeus a opinião pode ser dividida, isto é, uns podem até acha-lo um professor ético, outros que ele apenas foi um homem e nada mais, mas Messias, jamais. Com relação à ética, no Judaísmo ela é vista como "não faça para o outro aquilo que não queres para si”. No Cristianismo resume-se em valores básicos para a convivência de todos como imagem e semelhança de Deus. No Islamismo, fundamenta-se na justiça como o que dá o equilíbrio da convivência total. Todas as religiões buscam, ao seu modo, chegar a Deus, ou seja, o objetivo final é o mesmo, o caminho para este objetivo é que muda. Mas não se esqueçam de que a Religião é Divina, mas os religiosos são humanos, portanto, sujeitos a limitações e erros de toda natureza. Mas, é o Espiritismo? É uma religião ou não? Ora, o Espiritismo não é religião! Ele não tem rituais, não tem hierarquia sacerdotal organizada, não tem dogmas, não tem liturgias e não tem nada de cultos externos como os Espíritos nos falam no Livro dos Espíritos. Mas, também, o Espiritismo é religião! Quando observamos o sentido mais amplo do termo – Religare – que significa aquilo que religa o Homem à Deus, consideramos o Espiritismo como proporcionando ou buscando esta religação. Bem, isso vai ser assunto para um outro episódio, que a gente pode explorar um pouco mais. Tolerância, também, pode ser sinônimo de paciência. Consequentemente, intolerância pode ser sinônimo de impaciência. O Livro dos Espíritos nos ensina que a caridade e a tolerância são o dever primário que a Doutrina Espírita impõe a seus adeptos. Devemos buscar o diálogo, a tolerância, a harmonia, a paz, tudo o que se associar com a Mensagem de Amor, trazida pelo Cristo e que deve ser vivenciada por todos nós. A escolha de nossos atos é nossa! O Espírito goza sempre do livre-arbítrio. Como disse Santo Agostinho... lembrai-vos bem de que o Cristo renega, como seu discípulo, todo aquele que só nos lábios tem a caridade. Não basta crer; é preciso, sobretudo, dar exemplos de bondade, de tolerância e de desinteresse, sem o que estéril será a vossa fé. Exercitemos mais nossa paciência e seremos mais tolerantes, pois, ela vem e vem decidida. É um trem cruzando a avenida. Ela bem pra lá de atrevida...você sabe o que é isso? Essa é a letra da música que nós vamos ouvir. Este é o recifense Oswaldo Lenine Macedo Pimentel, ou, simplesmente Lenine, com a música Intolerância, dele e de Ivan Santos, que faz parte do álbum Em trânsito, de 2018. Nelson Mandela foi um grande líder sul-africano, que lutou contra o regime de segregação racial em seu país, conhecido como Apartheid, chegando a ser condenado à prisão perpetua em 1964 e libertado em 1990, graças à uma grande pressão internacional. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1993, por sua luta contra o regime de segregação racial. Chegou a ser presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Mandela tem uma frase em seu livro autobiográfico, de 1994, que nos mostra sua visão com relação à intolerância e, com essa sua visão, vou encerrar o episódio de hoje: Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele, ou seu fundo, ou sua religião. As pessoas devem aprender a odiar, e se eles podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar, porque o amor vem mais naturalmente para o coração humano do que o seu oposto. Mesmo nos tempos mais sombrios da prisão, quando meus camaradas e eu fomos empurrados para os nossos limites, eu veria um vislumbre de humanidade em um dos guardas, talvez apenas por um segundo, mas foi o suficiente para tranquilizar-me e continuar. A bondade humana é uma chama que pode ser escondida, mas jamais extinta. Bem, vamos chegando ao final deste episódio, repleto de intolerância (pelo menos no título da maior parte das músicas aqui apresentadas). Eu sei que ficou muito assunto sem ser discutido mais a fundo, como a própria intolerância racial, por exemplo, mas, não seja intolerante comigo. Isso fica para um próximo episódio... Este é o podcast espírita Mundo Espiritual. A produção, edição e apresentação são minhas, Carlos Biella. Lembrando que você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através do Blog (site) https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw Caso queira, procure por Mundo Espiritual na sessão de podcast no Spotify e no Deezer. Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual! E para fechar o episódio de hoje, trago uma frase de Khalil Gibran, célebre escritor libanês, que gosto muito: Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores. Até nosso próximo episódio...





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