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EPISÓDIO # 12 - DA PEDRA BRUTA À OBRA DE ARTE

  • Foto do escritor: Carlos A. Biella
    Carlos A. Biella
  • 26 de out. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 23 de jul. de 2023


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Da pedra bruta à obra de arte.


Você já viu como se esculpe uma pedra bruta, para transformá-la em uma obra de arte?

É um trabalho duro, lento e que exige paciência.

Assim é nossa vida.

Sejam todos muito bem-vindos e aproveitem.

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Saudações a todos Este é o podcast Mundo Espiritual, criado para difundir a mensagem espírita através da internet. A produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e falo da cidade de Jataí, aqui em Goiás. Você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através dos endereços que estão na transcrição deste episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw). Caso queira, você pode nos encontrar no Spotify, Deezer, Google Podcast e também no iTunes, basta procurar por Mundo Espiritual na sessão de podcast. Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual. No ano de 1475, nascia na pequena cidade de Caprese, na Itália, Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni ou, simplesmente, Michelangelo, que ficaria conhecido mundialmente pelas suas atividades artísticas. Entre seus contemporâneos, Michelangelo era conhecido como O Divino. Foi pintor, poeta, arquiteto e escultor, tendo muitas obras famosas, como a pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano e esculturas como a Pietá, que se encontra na Basílica de São Pedro, também no Vaticano. Outra famosa escultura de Michelangelo é Davi, que está na cidade de Florença, na Itália. A escultura de Davi, iniciada em 1501 e finalizada em 1504, é uma enorme escultura de mármore maciço, de 5 metros de altura. Certa vez, Michelangelo respondendo a uma pergunta sobre esta obra disse: Fiquei um bom tempo olhando o mármore até nele enxergar o Davi. Aí, pequei o martelo e o cinzel, e tirei tudo o que não era Davi! Em outra oportunidade, a respeito de uma outra escultura ele disse: Observei o anjo gravado no mármore, até que eu o libertasse. Assim, para o escultor, a escultura já se encontra na pedra bruta. Basta que ele retire o excesso É assim que Deus atua. Ele cria o espírito como uma pedra bruta, um mármore maciço e vai, com o tempo, aos poucos, esculpindo, dando forma e valor. Pergunte a um ourives o valor de uma pedra bruta e de uma pedra lapidada. Quanto mais lapidada, mais valor é agregado. E assim vai ocorrendo, ao longo do tempo, os excessos vão sendo retirados e nós, vamos sendo moldados, lapidados. Deus, o escultor da humanidade, nos criou como blocos puros de concreto, mas nos viu por inteiro, terminados. A todos nos criou simples e ignorantes, simples no sentido de, ao ser criado, o espírito encontrar-se sem dúvidas, sem questionamentos, sem preocupações e sem indagações de qualquer espécie. E ignorantes, no sentido de não haver nenhum conhecimento. Somos criados como pedras brutas e, ao longo das existências corporais, os excessos vão sendo retirados. Vamos sendo lapidados, tomando forma, por assim dizer. Nenhum de nós, por mais imperfeições que possa parecer, se mostra como uma obra imperfeita, mas sim uma obra perfeita ainda em construção. A cada nova encarnação saímos um pouco mais leves, com menos excessos, ou seja, é esse o principal objetivo de reencarnarmos: retirar os excessos. Aproveitarmos a oportunidade de uma nova experiência corporal para deixarmos os excessos e ficarmos somente com o que é essencial. Como disse Michelangelo: o anjo já estava ali, eu somente o libertei. Não é essa a nossa missão como espíritos imortais, tornarmos angelicais, ou seja, espíritos puros? Nós somos destinados a nos tornar anjos, todos nós. Lembrando que Anjos, seriam aqueles espíritos que atingiram a perfeição, o maior grau de pureza, a obra pronta. Mas, você já observou como o escultor retira os excessos de uma pedra bruta? Ele coloca o cinzel na rocha e bate com o martelo, muitas vezes de maneira violenta, até que a rocha ceda lugar ao esboço da obra de arte, quando então ele muda a ferramenta e começa a fazer ações mais leves, mais precisas. Assim é a vida... No início, quando somos a pedra bruta, passamos por várias provas e expiações para retirar o excesso que exista em nós. E, pra isso, levamos muita “martelada”, até que começamos a tomar forma. Deixamos de ter muitos excessos e passamos a ser lapidados com mais sutileza, ou seja, evoluímos. Cada nova encarnação é uma nova oportunidade para sermos lapidados No entanto, muitos de nós não suporta as marteladas do escultor e acaba por se entregar às lamentações e assim, perdendo a oportunidade de retirar os excessos. E quais seriam esses excessos? Todos os conhecemos muito bem...mesquinhez, avareza, ódio, orgulho, soberba, vaidade, luxúria, inveja, cobiça... Por falar em escultura, olha só o que encontrei. Esse é um dos maiores cantores brasileiros, Nelson Gonçalves, interpretando a música Escultura, de Adelino Moreira, música que fez parte do famoso álbum A Volta do boêmio, lançado em 1967. Que linda voz tinha Nelson Gonçalves. O que muito conta no processo de retirada destes excessos é, principalmente, o princípio da solidariedade. Mas, como assim, solidariedade, você pode estar perguntando. O que isso tem a ver com o caso? Pois então, você já parou para analisar como você é dependente de um outro ser humano? Já percebeu como todos nós vivemos na dependência, uns dos outros? Pense bem, desde o nascimento, somos dependentes de um outro indivíduo. Somos a espécie mais avançada, do ponto de vista espiritual, mas somos a espécie mais frágil no que diz respeito à dependência de outro ser. Observe um recém-nascido humano e veja a total dependência que ele tem. Seria, praticamente, impossível sobreviver sozinho. No entanto, na natureza, um filhote de girafa já tem que sair andando logo após o nascimento. Os filhotes de primatas, tão logo nascem, já se colocam sobre as costas de suas mães. Filhotes de tartaruga, nascem sozinhos, enterrados na areia da praia e, logo ao saírem dos ovos, têm que se dirigir, o mais rápido possível para o mar. Um filhote humano, ao nascer, nem consegue sustentar sua própria cabeça. Somos os seres mais dotados de inteligência em nosso planeta (as vezes tem minhas dúvidas disso!), mas, por maior que seja nossa independência, todos precisamos de outros indivíduos para nos auxiliar. Veja bem, nos dois extremos da existência humana não conseguimos nos virar sozinhos... Quando recém-nascidos e quando idosos, necessitamos de alguém para nos auxiliar, precisamos da solidariedade de alguém. A vida se estrutura no princípio da solidariedade, em especial para que possamos nascer... O próprio ato da geração de um novo ser se mostra como um ato de solidariedade, uma vez que, todos nós, sem exceção, fomos “enxertados” numa base humana de uma mãe, para que pudéssemos nascer. Veja como ocorre um processo de enxertia na agricultura: é necessário uma base forte, que muitos chamam de “cavalo”, pois esta base deve ser bem forte, bruta mesmo, onde será colocada um galho, mais frágil de outra planta, esperando que sejam gerados bons frutos. Assim, como uma enxertia, fomos colocados no útero de uma mãe, uma base forte, para que pudéssemos nos desenvolver e para que nos fosse dado todo o suporte necessário para sustentar uma nova vida. Isso é solidariedade. Aqui estão os Cantores de Deus, cantando Solidariedade, música de Vicente Abreu, que faz parte do álbum Coletânea 2010. Os Cantores de Deus é um grupo paulista, criado em 1997, para acompanhar o padre Zezinho em seus shows, sendo, portanto, um grupo católico. Pois é, o podcast Mundo Espiritual é bem eclético. Aqui não temos intolerância. A solidariedade, a caridade, no sentido de se fazer o bem para outro, é o maior remédio que podemos ter para curar a maior parte de nossos problemas. Interessante como muitos de nós busca na meditação, uma maneira de lidar melhor com as dores da alma, no entanto, a meditação funciona, mas ela é algo individual, ela foca mais no indivíduo que medita, que busca respostas para seu sofrimento, por exemplo. Ou seja, a meditação é mais intimista. Já o ato de ajudar o outro, é algo que nos coloca frente à dor deste outro, podendo, muitas vezes, nos auxiliar a lidar melhor com a nossa própria dor. Com relação a isso, uma pesquisa apresentada pelo NUPES (núcleo de pesquisa em espiritualidade e saúde, da UFJF), mostrou que a meditação nos coloca mais tranquilos, mas a solidariedade nos deixa mais felizes. A pesquisa coordenada pelo professor e pesquisador português Miguel Farias, ex-professor de Psicologia Experimental na Universidade de Oxford e atualmente professor da Coventry University no Reino Unido, estudou o impacto da meditação em um grupo de prisioneiros ingleses. A análise indicou que a meditação teve, sim, um impacto positivo, de uma maneira geral, fazendo as pessoas se sentirem moderadamente mais compassivas ou empáticas. Entretanto, revelou que a meditação não teve nenhum papel significativo na redução da agressão ou da violência. Bem, ainda creio, se começarmos a nos mudar, passaremos a mudar, também, nossas atitudes. Assim, não deixe de meditar e praticar atividades que levem ao relaxamento e ao aprimoramento mental, mas não deixe de lado os atos de solidariedade. Viver para fazer o bem para outros, talvez seja o medicamento que muitos de nós esteja procurando, nessa nossa vida repleta de dilemas, de dificuldades e de experiências. Mas, não se esqueçam que nossa vida é moldada, é plasmada, pelo nosso pensamento. Ou seja, temos a vida que pensamos. Criamos nosso destino, através de nossas escolhas (boas ou más) e Deus nós aguarda até o final da jornada que escolhemos. Como diz Maria Dolores ao final do belíssimo poema Cantiga da Esperança, que faz parte do livro Antologia da Espiritualidade, de 1971, psicografado por Chico Xavier: Então, compreenderas Que, além do mais Além – No Coração da Altura – Deus trabalha, Deus sonha, Deus procura, Deus espera também!... Assim, Deus espera por nós, do modo como somos... Vamos caminhando nas diferentes espécies de seres vivos, enquanto princípio vital, para melhor nos desenvolvermos no princípio espiritual, de acordo com essas diferentes experiências. Aprendemos os princípios vitais da proteção, conservação, prudência...e tudo será utilizado quando formos encarnar em uma espécie mais organizada, como o ser humano. Este princípio espiritual é indestrutível e vai se aprimorando ao longo de nossa existência. Apesar das dores e das dificuldades que a vida nos impõe, sigamos adiante, pois a vida não cessa, conforme disse André Luiz, no livro Nosso Lar, de 1943, psicografia de Chico Xavier. A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é jogo escuro das ilusões. O grande rio tem seu trajeto, antes do mar imenso. Copiando-lhe a expressão, a alma percorre igualmente caminhos variados e etapas diversas, também recebe afluentes de conhecimentos, aqui e ali, avoluma-se em expressão e purifica­ se em qualidade, antes de encontrar o Oceano Eterno da Sabedoria. É, a vida não cessa e assim, sigamos adiante, mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma. Até quando o corpo pede um pouco mais de alma. A vida não para. Esse é o pernambucano Lenine, com Paciência, dele e de Dudu Falcão, música que faz parte do álbum Na pressão, de 1999. É uma música para se ouvir com calma e paciência, tanto que a colocarei no final do episódio, para quem quiser ouvi-la na íntegra. Não se esqueça do que já dissemos: nosso pensamento plasma nossas atitudes e, se nosso pensamento gera atitudes negativas, violentas, egoístas, a resposta será da mesma maneira, ou seja, atraímos para nós o que trazemos no pensamento. Desde modo, um foco excessivo faz com que a vida reflita esse foco. Assim, se você estiver passando por dificuldades, mude seu foco. Mas, se a dificuldade chegar em seu caminho, se a dor lhe afligir a alma, não se detenha, siga adiante... sabe quem nos espera lá adiante? Deus! E Emmanuel, na bela mensagem Burilamento, sob a psicografia de Chico Xavier, no livro Assim Vencerás, de 1978 nos dá um alento... Se a provação te busca, não desanimes. Segue. Ninguém te estrague o dom de renovar a vida. Todos vivem na Terra com lições e problemas. Pelas próprias tendências, saberás porque sofres. Nossa luta maior, será sempre em nós mesmos. Segue e confia em Deus. Deus te orientará. Todos nós trazemos do berço, lições e problemas e, pelas nossas tendências, saberemos porque sofremos. Não podemos nos deter. Sigamos adiante, pois Deus nos orientará. Dissemos que o pensamento molda a vida e imaginar é criar, como podemos conferir o que disse André Luiz no livro Nos domínios da mediunidade, de 1958, também sob psicografia de Chico Xavier: Imaginar é criar. E toda criação tem vida e movimento, ainda que ligeiros, impondo responsabilidade à consciência que a manifesta. E como a vida e o movimento se vinculam aos princípios de permuta, é indispensável analisar o que damos, a fim de ajuizar quanto àquilo que devamos receber. Ele nos dá alguns exemplos... Quem apenas mentalize angústias e crime, miséria e perturbação, poderá refletir no espelho da própria alma outras imagens que não sejam as da desarmonia e do sofrimento? Um viciado entre os santos não lhes reconheceria a pureza, de vez que, em se alimentando das próprias emanações, nada conseguiria enxergar senão as próprias sombras. Quem vive a procurar pedras na estrada, certamente não encontrará apenas calhaus subservientes. Quem se detenha indefinidamente na medição de lama está ameaçado de afogamento no lodo. O viajante fascinado pelos sarçais, à beira do caminho, sofre o risco de enlouquecer entre os espinheiros do mato inculto. Então, André Luiz nos orienta sobre vigiarmos nossos pensamentos... Vigiemos os pensamentos, purificando-o no trabalho incessante do bem, para que arrojemos de nós a grilheta capaz de acorrentar-nos a obscuros processos de vida inferior. E nos faz um grande alerta... É da forja viva da ideia que saem as asas dos anjos e as algemas dos condenados. Então, nós criamos a vida que pensamos, o que nos leva a estarmos, sempre, vigiando nossos pensamentos. Aqui temos a música Pensamento, com o Cidade Negra, música que faz parte do álbum Sobre todas as forças, de 1994. O Cidade Negra é uma banda carioca, de Belford Roxo, formada em 1986, originalmente com Toni Garrido, Bino Farias, Lazão, Ras Bernardo, Alexandre Massau e Da Gama. Nasceu com forte influência do reggae e suas letras músicas costumam falar de amor e problemas socioculturais e filosóficos. Meus amigos, se você estiver sofrendo, por algum motivo, que não me cabe aqui questionar, reflita um pouco e veja se não seriam alguns excessos que estão sendo retirados de seu espírito, ainda tão imperfeito. Assim, vamos chegando ao final deste episódio, lembrando que é deste modo que segue nossa vida, cheia de dificuldades, cheia de problemas, mas, sempre cheia de belezas... Este é o podcast Mundo Espiritual, criado para difundir a mensagem espírita através da internet. A produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e falo da cidade de Jataí, aqui em Goiás. Um abraço especial para o Gustavo Crispim que passa a colaborar com nosso podcast, fazendo toda a parte de design dos episódios. Você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através dos endereços que estão na transcrição deste episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw). Caso queira, você pode nos encontrar no Spotify, Deezer, Google Podcast e também no iTunes, basta procurar por Mundo Espiritual na sessão de podcast. Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual Para finalizar, uma frase de um grande escritor que admiro muito, Rubem Alves: Aquilo que está escrito no coração não necessita de agendas, porque a gente não esquece. O que a memória ama, fica eterno. Fiquem todos em paz e até nosso próximo episódio.


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