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EPISÓDIO # 15 - ESPIRITISMO E MEIO AMBIENTE

  • Foto do escritor: Carlos A. Biella
    Carlos A. Biella
  • 7 de dez. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 23 de jul. de 2023


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Espiritismo e meio ambiente.


Qual a postura do Espírita frente às questões ambientais?

Existe alguma relação entre Espiritismo e Ecologia?

É sobre isso que vamos falar hoje.

Sejam todos muito bem-vindos e aproveitem.

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Saudações a todos Este é o podcast Mundo Espiritual. A produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e a arte das capas dos episódios são feitas pelo Gustavo Crispim. Você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através dos endereços que estão na transcrição deste episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw). Caso queira, você pode nos encontrar no Spotify, Deezer, Google Podcast e também no iTunes, basta procurar por Mundo Espiritual na sessão de podcast. Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual. Chuvas intensas provocando enchentes ou secas devastadoras. Terremotos, tufões e furacões. Erupções vulcânicas provocando caos aéreo. Eventos naturais que trazem destruição, prejuízo econômico e mortes. É a natureza se manifestando. O Espiritismo nos traz informações valiosas sobre o gênero de fenômeno da natureza que por vezes obedece a chamada lei de destruição. O planeta está sujeito, também, a lei de evolução. O planeta é vivo, pulsa, o planeta avança. Todo o Universo, como um sistema, está interligado. Existe um conjunto de fenômenos interligados, interdependentes, que estão constantemente interagindo e não podemos falar de meio ambiente sem contemplar as diferentes dimensões da vida. Não é possível contemplar as leis que regem a vida, as leis naturais, sem perceber a presença ostensiva de fenômenos que ocorrem no campo sutil da natureza. De maneira alguma, podemos dissociar o ser humano do ambiente natural. A natureza nos inclui. Nós fazemos parte do sistema planetário Terra. Nossa ações promovem efeitos que podem influenciar o equilíbrio natural. O planeta Terra terá logicamente um fim. Entretanto, atualmente acabou de sair da infância, entrando em um período de progresso pacífico com fenômenos regulares e com o concurso do homem. No livro A Gênese, lançado em 1868, Allan Kardec nos traz, no Capítulo IX, Revoluções do Globo, no item Cataclismo Futuros, a seguinte observação: Fisicamente, a Terra teve as convulsões da sua infância; entrou agora num período de relativa estabilidade: na do progresso pacífico, que se efetua pelo regular retorno dos mesmos fenômenos físicos e pelo concurso inteligente do homem. Está, porém, ainda, em pleno trabalho de gestação do progresso moral. Aí residirá a causa das suas maiores comoções. Até que a Humanidade se haja avantajado suficientemente em perfeição, pela inteligência e pela observância das leis divinas, as maiores perturbações ainda serão causadas pelos homens, mais do que pela Natureza, isto é, serão antes morais e sociais do que físicas. É, as maiores perturbações ainda serão causadas pela espécie humana... E hoje vamos utilizar músicas que falam sobre natureza e também sobre a ação humana no meio ambiente. E para começar, trago aqui Estrela natureza, música que fala da necessidade de zelarmos pela natureza. A música é de 1990 e fez parte do álbum Vamos por aí, sendo composta pela dupla formada em 1971 pelos compositores e cantores Luiz Carlos Pereira de Sá e Guttemberg Nery Guarabyra Filho, ou, simplesmente, Sá e Guarabyra. O espiritismo nos concede o conhecimento de nossa posição de criatura eterna e responsável, diante da vida. Nos concede, também, a certeza de que, se beneficiarmos ou prejudicarmos alguém, estaremos beneficiando ou prejudicando a nós mesmos. Os nossos pensamentos e ações determinam ocorrências na natureza. Precisamos, portanto, agir em favor da natureza, como um todo. Mas, dentro do movimento espírita, muitas vezes ouvimos estas frases, quando falamos em meio ambiente e ecologia: Eu estou aqui de passagem... Não vou me envolver com isso... Isso não me diz respeito... Para que vou me preocupar com isso? Afinal, existe alguma relação entre Espiritismo e Ecologia? Podemos dizer que ambos investigam, cada qual a seu modo, as relações que sustentam e emprestam sentido à vida. Ambos defendem uma nova ética, mais comprometida com os projetos coletivos do que com o individualismo. Ao analisarmos com mais carinho esta relação, veremos que existe muita coisa em comum entre Espiritismo e Ecologia. Vejamos, o termo Espiritismo surgiu na França com Allan Kardec, quando da publicação de O Livro dos Espíritos, em 1857. Já o termo Ecologia surgiu na Alemanha com Ernst Haeckel, quando da publicação do livro Morfologia Geral dos Organismos, em 1866. A palavra Ecologia tem origem no grego “oikos" e significa casa; "logos", estudo, reflexão. Então, ecologia seria o estudo da casa ou de forma mais genérica do lugar onde se vive. Vivemos em um planeta e todos os elementos que o compõem fazem parte do que podemos chamar de nossa casa. Aqui incluímos os elementos naturais, portanto, a natureza. Emmanuel, no livro O Consolador, de 1941, diz como devemos compreender a Natureza: A Natureza é sempre o livro divino, onde as mãos de Deus escrevem a história de sua sabedoria, livro da vida que constitui a escola de progresso espiritual do homem, evolvendo constantemente com o esforço e a dedicação de seus discípulos. Essa música é Borzeguim, de Antônio Carlos Jobim, o Tom Jobim, que fez parte do álbum Passarim, de 1987. Nessa bela canção, o maestro Tom Jobim fala da sustentabilidade, antes mesmo da Eco 92, quando o tema começou a ser mais discutido. Aqui temos Tom Jobim e a participação e Danilo Caymmi, numa apresentação ao vivo em Montreal. Podemos dizer que o Espiritismo seja uma Doutrina também Ecológica. Diversas passagens constantes nos livros deixados por Kardec, nos mostram a preocupação com o ambiente, identificando-se a degradação ambiental como originada do egoísmo e do materialismo. Quem cuida do lado espiritual tende a ser menos dependente dos bens materiais e mais atento aos impactos de ordem material e moral de sua passagem por este planeta. Ser menos dependente dos bens materiais significa ser menos consumista. Onde se aceita a ideia de Deus, a natureza é entendida como obra divina. Depredar a natureza significa macular um sistema em equilíbrio que dispõe de tudo o que nos é necessário para que possamos viver bem. Ao levarmos em consideração o primeiro mandamento de Deus, “amar a Deus sobre todas as coisas”, podemos entender que devemos respeitar toda a obra divina, incluindo a natureza e suas criaturas. A Ecologia à luz do Espiritismo, certamente diz respeito à uma consciência ecológica que deve vir do respeito à qualquer forma de preservação e do respeito pela vida. Deus criou a Terra para que ela produza de modo a proporcionar o necessário aos que a habitam, visto que só o necessário é útil, o supérfluo nunca o é, conforme consta na resposta da questão 704 do Livro dos Espíritos, no Capítulo V, Lei de Conservação. Mahatma Gandhi disse certa vez que a cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência e se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não haveria pobreza no mundo e ninguém morreria de fome. Ou seja, consumir somente o necessário para a nossa sobrevivência. Ainda levando em consideração o Livro dos Espíritos, Kardec nos alerta que o direito de o homem destruir os animais se acha regulado pela necessidade, que o homem tem, de prover ao seu sustento e à sua segurança, sendo que o abuso jamais constitui direito. Toda destruição que ultrapassa os limites da necessidade é uma violação da lei de Deus. Os animais não destroem mais do que necessitam, mas o homem, que tem livre-arbítrio, destrói sem necessidade. Nós todos fazemos parte de uma sociedade consumista, com a mídia despertando apetites vorazes de consumo diariamente, em todos os meios, especialmente nos meios de comunicação. De acordo com a doutrina espírita, o materialismo é uma das características predominantes dos mundos inferiores. Isso quer dizer que atitudes consumistas e materialistas, poderão custar caro ao nosso projeto evolutivo, ou seja, materialismo coaduna-se com os mundos inferiores. A reencarnação é uma certeza e podemos voltar à atividade na esfera terrestre. Se ainda quisermos encontrar aqui estoques razoáveis de água doce, ar puro, terra fértil, menos lixo e um clima estável, deveremos agir agora, sem perda de tempo. E agora temos a música Saga da Amazônia, do paraibano Vital Farias, pançada em 1984, no álbum Cantoria I. A canção narra a história de um cantador que chega na Floresta Amazônica e presencia uma devastação enorme afetando as árvores os bichos e os povos tradicionais da região. Em 1987, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, através do Relatório Brundtland, lançou um documento intitulado “Nosso futuro Comum”, onde indica a necessidade de um Desenvolvimento sustentável que seria “Aquele que atende às necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades”. O Desenvolvimento Sustentável seria a ferramenta para se atingir a grande meta, a Sustentabilidade Ambiental. Existe um complexo ciclo envolvendo progresso e o desenvolvimento econômico no planeta. Vejamos, quanto maior o crescimento populacional, maior a necessidade de desenvolvimento em vários aspectos, o que leva ao aumento no consumo dos recursos naturais e ao aumento da geração de resíduos diversos. Isso acaba por gerar um ciclo, ou seja, com o aumento populacional, maior a necessidade de produção, maior a geração de resíduos que acabam por promover a poluição, que por sua conta impacta os recursos naturais, que são utilizados pela população que não para de crescer em número. Assim surge a chamada “crise ambiental”, que tem como consequências o desequilíbrio da produção de alimentos, as mudanças climáticas, a proliferação de doenças, o crescimento populacional desordenado, a destruição da biodiversidade, a redução da produtividade do solo, o mau uso e poluição das águas, secas e enchentes, e por aí vamos caminhando. Muitos de nós clamam por mudanças, mas não mudam suas atitudes e, como diz uma frase atribuída à Mahatma Gandhi: sejamos nós a mudança que queremos ver no mundo. Como dito anteriormente, não podemos dissociar o homem do ambiente natural. A humanidade e o planeta estão sujeitos à Lei da Evolução. Assim, não vamos nos preocupar pensando em deixar um mundo melhor para nossos filhos, mas sim em deixarmos filhos melhores para o mundo futuro... e nós, espíritas, temos que nos lembrar que poderemos ser nós mesmos os filhos de nossos filhos, aqueles que herdarão o planeta num tempo futuro. Pensem um pouco mais sobre isso... e passem a agir respeitando mais esta obra criada por Deus que é a natureza. No livro A Gênese, no capítulo XVIII, São chegados os tempos, no item Sinais dos tempos, o Espírito Arago nos diz: quando vos é dito que a Humanidade chegou a um período de transformação, e que a Terra deve se elevar na hierarquia dos mundos, não vejais nessas palavras nada de místico, mas, ao contrário, o cumprimento de uma das grandes leis fatais do Universo, contra as quais toda a má vontade humana se quebra. Um pouco mais a frente, no mesmo item, Kardec nos diz que “somente o progresso moral pode assegurar aos homens a felicidade na Terra, refreando as paixões más; somente esse progresso pode fazer que entre os homens reinem a concórdia, a paz, a fraternidade”. Então, podemos dizer que Ecologia seria uma questão de educação do espírito? Observem a resposta à questão 889 de O Livro dos Espíritos, quando Kardec questiona se não há homens que se veem condenados a mendigar por culpa sua? Sem dúvida; mas, se uma boa educação moral lhes houvera ensinado a praticar a lei de Deus, não teriam caído nos excessos causadores da sua perdição. Disso, sobretudo, é que depende a melhoria do vosso planeta. Pois bem, vejamos, então o que vem a ser essa relação entre o ser humano e o meio ambiente onde vive. Por meio ambiente pode ser entendido tudo aquilo onde estamos situados, o que nos rodeia, como o ar, as plantas, os animais, o solo, os rios, as construções, os carros, enfim, tudo aquilo que nos cerca. Aqui entra o conceito de ecossistema e, vocês se lembram o que vem a ser um ecossistema? Seria um sistema ecológico. Mas, eu precisaria entender, primeiramente, o que vem a ser um sistema e eu tenho falado, ao longo deste episódio, por diversas vezes, em sistemas. Para isso tenho que falar de Karl Ludwig von Bertalanffy, um biólogo nascido na Áustria, em 1901 e que trabalhou no Canadá e nos EUA, onde faleceu no ano de 1972. Ele foi o criador da chamada Teoria Geral dos Sistemas e autor do livro de mesmo nome, publicado em 1945, mas, somente após 1965 esta teoria passou a ser aplicada na Administração, com o surgimento dos computadores, aplicando-a na Análise de sistemas. A Teoria Geral dos Sistemas começou a ser desenvolvida na biologia e passou a ser aplicada, com mais ênfase na área da Administração, posteriormente sendo aplicada a praticamente todas as áreas, incluindo a informática e também, como estamos falando, na ecologia. Bertalanffy dizia que o organismo é um todo maior que a soma das suas partes. Ele não concordava com a visão cartesiana do universo e criticou a visão de que o mundo é dividido em diferentes áreas, como física, química, biologia, psicologia, etc. O mundo é um todo, composto por diversas partes! Essa é a música Tá? (Ou meia palavra bas...) de autoria de Carlos Renno, Pedro Luis Teixeira de Oliveira e Roberta Sá. A música foi gravada pela cantora Mariana Aydar e fez parte do álbum Peixes, Pássaros e Pessoas, de 2009. É uma crítica direta à ação humana. Ao estudar os seres vivos, Bertalanffy, não se esqueçam que ele era biólogo, notou a existência de padrões entre os diferentes seres vivos, quanto a seu funcionamento e que, apesar de diferentes, os seres vivos apresentavam algumas semelhanças, por exemplo, nos processos de respiração, alimentação, excreção, entre outros. Assim, apesar de diferentes, os seres apresentam conjuntos de órgãos bem semelhantes, um conjuntos de partes que formam um sistema, daí começou a surgir a Teoria dos sistemas. Como exemplo, vamos pensar no sistema respiratório de um ser vivo. Trata-se de um conjunto de órgãos ou de partes e só funciona quando todas essas partes estão trabalhando em conjunto e, caso uma das partes seja eliminada do sistema ou não funcione corretamente, todo o sistema para de funcionar. Então, temos que um sistema é um conjunto de partes interdependentes que buscam atingir um objetivo comum. Todo sistema é composto pelo Ambiente, onde o sistema está inserido, os Objetivos, que seriam a finalidade para a qual o sistema foi criado, as Entradas (ou inputs), que são os insumos, a matéria prima, as forças que fornecem ao sistema o material, a energia e a informação para a operação ou processo. Segue-se o Processo de transformação, de um insumo (a entrada) em um produto, serviço ou resultado (a saída). As Saídas (ou outputs), são o resultado do processo de transformação e devem ser coerentes com os objetivos do sistema e para verificar se isso está coerente, existem os Controles e avaliações. Caso não exista uma coerência, o objetivo não é atingido e será necessária uma Retroalimentação (um feedback) que seria uma nova entrada no sistema. A natureza funciona, também, como um sistema. Existem os ecossistemas, formados pelo conjunto se elementos vivos (todos os seres vivos de um determinado local) e elementos não vivos, que seriam o ar, a água, a pressão atmosférica, a luz, entre outros. Tudo isso funcionando em busca de um objetivo que é a manutenção do equilíbrio deste ecossistema. Um vaso de plantas é um ecossistema, assim como um aquário, uma floresta, um rio, um oceano, enfim, temos uma infinidade de ecossistemas pelo planeta e o conjunto de todos esses ecossistemas forma um grande ecossistema global que chamamos de Biosfera. É interessante notarmos que na natureza, os ecossistemas buscam o equilíbrio e se mantêm sozinhos. Temos os produtores de energia, que são as plantas, nos ambientes terrestres e as algas, principalmente, nos ambientes aquáticos. Temos os consumidores que se alimentam destas plantas e algas e depois temos os outros consumidores que vão se alimentando, uns dos outros, mantendo a energia e a matéria circulando pelo sistema. Notem que numa floresta, por exemplo, a maior quantidade de seres vivos é de produtores, de plantas e a menor quantidade é de grandes consumidores, como, por exemplo, uma onça. Agora, coloque o ser humano num ecossistema e veja o que acontece. Toda ação humana num ecossistema gera desequilíbrio e, muitas vezes, altera de modo irreversível esse sistema. Essa é a principal razão de estarmos passando por tantos problemas ambientais: a ação humana de maneira exagerada. Voltemos ao Livro dos Espíritos, no Capítulo V, Da Lei de Conservação. No item 2 Meios de Conservação, na questão 704, que falei anteriormente, temos a pergunta: Tendo dado ao homem a necessidade de viver, Deus lhe facultou, em todos os tempos, os meios de o conseguir? Certo, e se ele os não encontra, é que não os compreende. Não fora possível que Deus criasse para o homem a necessidade de viver, sem lhe dar os meios de consegui-lo. Essa a razão por que faz que a Terra produza de modo a proporcionar o necessário aos que a habitam, visto que só o necessário é útil. O supérfluo nunca o é. Segue-se a questão 705: Por que nem sempre a terra produz bastante para fornecer ao homem o necessário? É que, ingrato, o homem a despreza! Ela, no entanto, é excelente mãe. Muitas vezes, também, ele acusa a Natureza do que só é resultado da sua imperícia ou da sua imprevidência. A terra produziria sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentar-se. Se o que ela produz não lhe basta a todas as necessidades, é que ela emprega no supérfluo o que poderia ser aplicado no necessário. Olha o árabe no deserto. Acha sempre de que viver, porque não cria para si necessidades factícias. Desde que haja desperdiçado a metade dos produtos em satisfazer a fantasias, que motivos tem o homem para se espantar de nada encontrar no dia seguinte e para se queixar de estar desprovido de tudo, quando chegam os dias de penúria? Em verdade vos digo, imprevidente não é a Natureza, é o homem, que não sabe regrar o seu viver. Já no item 4 Necessário e supérfluo, temos um sequência de questões muito importantes, a 715, 716 e 717. Pergunta Kardec: Como pode o homem conhecer o limite do necessário? Aquele que é ponderado o conhece por intuição. Muitos só chegam a conhecê-lo por experiência e à sua própria custa. Mediante a organização que nos deu, não traçou a Natureza o limite das nossas necessidades? Sem dúvida, mas o homem é insaciável. Por meio da organização que lhe deu, a Natureza lhe traçou o limite das necessidades; porém, os vícios lhe alteraram a constituição e lhe criaram necessidades que não são reais. E ainda questiona: Que se há de pensar dos que açambarcam os bens da Terra para se proporcionarem o supérfluo, com prejuízo daqueles a quem falta o necessário? Olvidam a lei de Deus e terão que responder pela privações que houverem causado aos outros. Temos aqui a música As forças da natureza, de João Nogueira e Paulo César Pinheiro. Esse samba gravado em 1978 exalta a beleza da natureza e seu poder de renovação e aqui temos a música com a inesquecível Clara Nunes. Assim, a Natureza nos oferece tudo o que necessitamos, tudo o que nos é necessário, mas estamos sempre buscando por mais, pelo supérfluo, o que acaba gerando grandes distorções e desigualdades, levando parte da população humana a morrer de fome, enquanto outra parte morre de problemas relacionados ao excesso de peso. Grande Luiz Gonzaga. Aqui temos a música Xote ecológico, de Luiz Gonzaga e Aguinaldo Batista, lançada em 1989 no álbum Vou Te Matar de Cheiro. Nessa canção, o rei do Baião demonstra sua preocupação com as questões ecológicas. É, a poluição vem comendo muita coisa. E nós, o que temos feito? E o Espiritismo, o que vem ensinando sobre as questões ambientais? Bem, espero que cada um tenha essas respostas e que tenhamos um pouco mais de atenção aos problemas relacionados ao meio ambiente, afinal, o ser humano é uma entre tantas espécies de seres vivos que necessitam dos elementos da natureza para sua sobrevivência. E para você que gosta de ler e quer se inteirar mais sobre a ligação entre o Espiritismo e as questões ambientais, sugiro o livro Espiritismo e Ecologia, escrito pelo jornalista André Trigueiro e lançado em 2009. O livro traz as afinidades existentes entre essas duas ciências. Bem, vamos chegando ao final deste episódio, que buscou trazer uma importante questão para todos nós, a convivência harmoniosa entre a espécie humana e as outras espécies do planeta. Somos todos espíritos em evolução, vivendo, no momento, em um planeta que está passando por um processo de transição, subindo um degrau na escala evolutiva. No entanto, nós, espíritos que aqui vivemos, estamos, também evoluindo, tecnologicamente é evidente, mas precisamos manter nossa evolução moral e as questões ambientais fazem parte deste processo. Se por ventura quisermos nos manter neste planeta, em encarnações futuras, seria melhor que procurássemos fazer o melhor para que, quando aqui voltarmos, possamos encontra-lo em plena harmonia. Lembre-se que, a natureza sempre busca pelo equilíbrio entre todos os seres vivos. Talvez, para os diversos ecossistemas que compõem o planeta Terra, a extinção da espécie humana, seria a melhor coisa que poderia acontecer. Pensem um pouco mais sobre isso... Este é o podcast Mundo Espiritual. A produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e a arte das capas dos episódios são feitas pelo Gustavo Crispim. Você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através dos endereços que estão na transcrição deste episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw). Caso queira, você pode nos encontrar no Spotify, Deezer, Google Podcast e também no iTunes, basta procurar por Mundo Espiritual na sessão de podcast. Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual. Finalizo o episódio com a resposta à última questão de O Livro dos Espíritos: O bem reinará na Terra quando, entre os Espíritos que a vêm habitar, os bons predominarem, porque, então, farão que aí reinem o amor e a justiça, fonte do bem e da felicidade. Por meio do progresso moral e praticando as leis de Deus é que o homem atrairá para a Terra os bons Espíritos e dela afastará os maus. Estes, porém, não a deixarão, senão quando daí estejam banidos o orgulho e o egoísmo. E eu deixo aqui com vocês, uma canção fala da sinergia (um mais um é sempre mais que dois) e da necessidade de sustentabilidade. É uma música composta por Beto Guedes e Ronaldo Bastos e fez parte do álbum Contos da Lua Vaga, de 1981. Então, pra finalizar, Sal da Terra. Fiquem todos em paz e até nosso próximo episódio.



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