EPISÓDIO # 18 - BUSCANDO O CAMINHO PARA A PAZ
- Carlos A. Biella

- 11 de mar. de 2021
- 1 min de leitura
Atualizado: 23 de jul. de 2023

Buscando o caminho para a paz.
Qual o caminho que nos levará à paz? Você saberia dizer?
Pois então, é sobre isso que falaremos hoje.
Sejam todos muito bem-vindos e aproveitem.
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Saudações a todos Este é o podcast Mundo Espiritual. Eu sou Carlos Biella e a produção, edição e a apresentação são minhas. Já a arte das capas dos episódios são feitas pelo Gustavo Crispim. Lembrando que você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através dos endereços que estão na transcrição deste episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw). E caso queira, você pode nos encontrar nas diversas plataformas players de podcast como Spotify, Deezer, Google Podcast, iTunes e Amazon Music, basta procurar por Podcast Mundo Espiritual na sessão de podcast. E agora também fazemos parte da programação da web rádio Sintonia no Bem. Todos os sábados e domingos, às 7h30 da manhã, pelos Canais do SINTONIA no BEM, temos o PODCAST MUNDO ESPIRITUAL, comigo, Carlos Biella. Acesse o site SINTONIAnoBEM.com ou os canais do Facebook (http://www.facebook.com/SINTONIAnoBEM), YouTube (http://www.youtube.com/SINTONIAnoBEM) e Instagram (http://www.instagram.com/SINTONIAnoBEM). Se preferir, baixe o aplicativo da rádio e caso queira entrar em contato conosco, para sugestões, comentários, elogios e, por que não, críticas, temos o WhatsApp +55 (64) 99603-1234. SINTONIA no BEM, sintonize-se e sinta-se bem. Então, ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual. É, eu queria que isso realmente acontecesse, que a paz invadisse meu coração e me enchesse de paz... Pois é, começamos esse episódio trazendo a música A Paz, de Gilberto Gil e João Donato, lançada no álbum Acústico MTV – Gilberto Gil, também conhecido como Gilberto Gil Unplugged, de 1994. Então vamos nós, buscando encontrar o caminho para a paz. Allan Kardec, na última questão de O Livro dos Espíritos, pergunta: jamais poderá implantar-se na Terra o reinado do bem? Vejam só, depois de tantos questionamentos sobre tantos assuntos, Kardec finaliza o primeiro livro da chamada Codificação da Doutrina Espírita, perguntando se o reinado do bem poderá ser implantado na Terra. E os Espíritos nos dão uma resposta interessante: O bem reinará na Terra quando, entre os Espíritos que a vêm habitar, os bons predominarem sobre os maus. Podemos, então, complementar esse entendimento, com a questão 932 do mesmo O Livro dos Espíritos: Por que, no mundo, frequentemente, a influência dos maus sobrepuja a dos bons? E a resposta foi: Por fraqueza dos bons. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes quiserem, dominarão. Nas Diferentes categorias de mundos habitados, constante no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, o mundo de expiações e provas se caracteriza pela predominância dos mal. E estamos num mundo de expiações e provas, o que pode justificar a violência, mas não indicaria sua causa ou suas causas. E, se estamos buscando o caminho para a paz, temos que nos afastar do caminho para a violência, mas, então, qual o caminho para a violência? Qual a causa da violência? E aqui estamos ouvindo a música de Gilberto Gil com ele, Nádia Figueiredo e João Donato, na gravação para o álbum de Nádia Figueiredo, Meu idioma é amor, de 2019. Uma verdadeira delícia que encontrei no YouTube (https://youtu.be/ioVv2SztuHA). Era noite do dia 23 de julho de 1993. Dezenas de crianças e adolescentes se amontoavam, dormindo como podiam, nesta fria noite de início de inverno, no centro da cidade do Rio de Janeiro, nas proximidades da Igreja da Candelária. Eram moradores de rua, que viviam de ajuda das pessoas que por ali circulavam, alguns faziam pequenos furtos, outros utilizavam drogas, mas eram crianças e adolescentes, seres humanos, iguais a qualquer outro ser humano. Passava da meia noite, dois carros param em frente à igreja, anunciando que traziam comida e, assim que alguns começam a se aproximar do carro, seus ocupantes começam a atirar. Oito crianças e adolescentes, entre 11 e 19 anos, morreram e dezenas ficaram feridas... Os atiradores foram identificados como milicianos e foram presos, e o evento ficou conhecido como o Massacre da Candelária. Anos depois, no dia 12 de junho de 2000, as 14:20 h, um ônibus que fazia a linha 174 entre Central do Brasil e Gávea, também no Rio de Janeiro, é alvo de uma tentativa de assalto. Sandro Barbosa do Nascimento, de 21 anos, armado com um revólver, tenta assaltar o ônibus, mas é interceptado pela polícia e se inicia uma longa negociação para que ele se entregue. Depois de horas, Sandro desce do ônibus, usando a professora Geisa Firmo Gonçalves como escudo. Um policial chega e atira contra Sandro, que atira em Geisa. Tanto Sandro como Geisa acabaram mortos neste incidente. O que liga essas duas histórias, trágicas, de violência, é o fato de que Sandro, o assaltante era um dos sobreviventes da Chacina da Candelária, na época com 14 anos. Deste modo, passou a se debater, na mídia, nas academias, qual seriam as causas da violência. Concluíram, nessas discussões, que entre as principais causas estavam a miséria, o não acesso à educação e a falta de políticas públicas A miséria: as pessoas vivendo na miséria, sentindo-se desonradas, partiriam para ações violentas Quanto à falta de acesso à educação, sem esse acesso, as pessoas não seriam capazes de lidar com as situações adversas da sociedade em que vivem. E a falta de políticas públicas que permitissem que os menos favorecidos pudessem ter acesso aos elementos de promoção social Mas, veja bem, sabemos que uma causa determina uma consequência e sempre determinará essa mesma consequência. Assim, todo aquele que viver na miséria seria violento. Todo aquele que não tenha aceso a educação, seria violento. Todo aquele que não seja atendido pelas políticas públicas, seria violento. Nem todo miserável é violento e nem todo rico é pacífico. Nem todo indivíduo que não teve acesso à educação é violento e nem todo pós-doutor é pacífico. Nem toda comunidade sem políticas públicas abrangentes é violenta e nem toda comunidade que tenha uma abrangência em suas políticas públicas é pacífica. Ao fundo temos a música Peace on Earth (Paz na Terra), da banda irlandesa U2, composta por Larry Mullen Jr, Adam Clayton, Bono Vox e The Edge. Peace on Earth fez parte do álbum All that you can't leave behind também conhecido como U2-2000, lançado no ano 2000 (https://youtu.be/PZiH77MgoSY) A música foi escrita em resposta ao atentado de Omagh, cidade da Irlanda do Norte, em 15 de agosto de 1998. O ataque, que foi cometido pelo grupo paramilitar conhecido como IRA e matou 29 pessoas. Assim, a miséria, o não acesso à educação e a falta de políticas públicas não são a causa, mas sim fatores promovedores da violência. São fatores que contribuem para violência, mas não são determinantes da violência. Então, onde estaria a causa da violência? Existe um conto oriental que diz... Havia um Samurai, grande, forte e violento, que certo dia foi procurar um Monge. Monge, disse, acostumado à obediência imediata, queria a resposta logo de cara; ensine-me o caminho para o céu e para o inferno! O pequeno monge olhou para o samurai de cima a baixo e respondeu com desprezo: Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma. Você está imundo e cheirando mal. Sua espada está com a lâmina enferrujada. Você é uma vergonha, uma humilhação para a classe dos samurais. Suma da minha vista! Enfurecido, o samurai pegou a espada, e se preparou para golpear o monge, quando o monge disse calmamente: Esse é o caminho para o inferno. O samurai ficou pasmo e percebendo que havia ali uma lição, baixou a espada e cheio de gratidão, desculpou-se com o monge, que disse, serenamente: Esse é o caminho para o céu. O Monge mostrou ao Samurai que o caminho, seja para o céu quanto para o inferno, dependeriam da atitude que o Samurai tomasse. Ou seja, os caminhos, para o céu e para o inferno, para a paz ou para a violência, dependem das nossas escolhas. Nossos atos determinam nossos caminhos. E por falar em caminho, temos aqui a música Peace train (Trem da Paz), de Cat Stevens, que fez parte do álbum Teaser and the Firecat, de 1971. Steven Demetre Georgiou, conhecido como Cat Stevens é um cantor e compositor britânico que fez muito sucesso nos anos 1960 e 1970. Em 1978 abandonou a música, depois de converter-se ao Islamismo e mudou seu nome para Yusulf Islam. Como diz um trecho da música: no limite das trevas, passa um trem da paz. Voltando à história de Sandro, sobrevivente do Massacre da Candelária e que morreu assaltando um ônibus. Ele escolheu o caminho para a violência. Mas, nem todos os sobreviventes da Candelária escolheram o mesmo caminho. Não foi o ato do Massacre da Candelária a causa determinante da violência. Em 2011, Rodrigo Fernandes foi um dos entrevistados no programa do Jô e contou sua história... Rodrigo viveu nas ruas dos 6 aos 14 anos e estava presente no massacre da Candelária, sendo um dos sobreviventes. Hoje ele atua, levando auxílio e alento aos meninos de rua e também levando a evangelização aos presidiários. Sandro escolheu o caminho para a violência e Rodrigo escolheu o caminho para a paz. Partindo-se do mesmo fato, da mesma causa, Sandro e Rodrigo tomaram caminhos diferentes. O caminho para a paz ou da violência, é fruto de nossas escolhas. Nós somos a causa da violência e somos a causa da paz, logicamente, influenciados pelos fatores apontados: miséria, falta de acesso a educação e falta de políticas públicas A vontade é determinante, ela determina todos os nossos atos. Assim sendo, a paz é um estado interno, próprio de cada um Gandhi disse, certa vez, ao ser questionado sobre qual o caminho para a paz, que a paz é o próprio caminho. E lembrando do que disse Pedro (1 Pedro 3:11): Busque a paz e siga-a. Cristo também nos disse: eu vos dou a paz, eu vos deixo a minha paz, mas não a dou como o mundo a dá. (João 14:27) Deste modo, temos dois tipos de paz, a paz do mundo e a paz do Cristo. Mas, a que paz estamos buscando? A paz do mundo seria ausência de problema, o nada fazer, o que nos pode levar à inatividade. Não é essa paz que buscamos, ou, pelo menos, não é essa paz que devemos buscar. A paz do mundo é aquela a que Emmanuel se referiu como sendo “preguiça rançosa”, no capítulo 57, denominado Jesus e Paz, do livro Palavras de Vida Eterna, psicografado por Chico Xavier e lançado em 1965. Emmanuel diz o seguinte: A paz do mundo costuma ser preguiça rançosa. A paz do espírito é serviço renovador. A primeira é inutilidade. A segunda é proveito constante. Vejamos o exemplo disso em nosso Divino Mestre. Lares humanos negaram-lhe o berço. Mas o Senhor revelou-se em paz na estrebaria. Herodes perseguiu-lhe, desapiedado, a infância tenra. Jesus, porém, transferindo-se de residência, em favor do apostolado que trazia, sofreu, tranquilo, a imposição das circunstâncias. Negado pela fortuna de Jerusalém, refugiou-se, feliz, em barcas pobres da Galileia, Amando e servindo os necessitados e doentes recebia, a cada passo, os golpes da astúcia de letrados e casuístas de teu tempo, contudo, jamais deixou, por isso, de exercer, imperturbável, o ministério do amor. Abandonado pelos próprios amigos, entregou-se serenamente à prisão injusta. Sob o cuspo injurioso da multidão foi açoitado em praça pública e conduzido à crucificação, mas voltou da morte, aureolado de paz sublime, para fortalecer os companheiros acovardados e ajudar os próprios verdugos. Recorda, assim, o exemplo do Benfeitor Excelso e não procures segurança íntima fora do dever corretamente cumprido, ainda mesmo que isso te custe o sacrifício supremo. A paz do mundo, quase sempre, é aquela que culmina com o descanso dos cadáveres a se dissociarem na inércia, mas a paz do Cristo é o serviço do bem eterno, em permanente ascensão. E aqui temos Michael Jackson, com a música Heal the world (Cure o mundo), lançada em 1991, no álbum Dangerous (https://youtu.be/BWf-eARnf6U) A paz do Cristo é aquela que vemos no Sermão do Monte, quando Ele disse, tenho vos dito isso, para que em mim tenhais paz, pois no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. (João 16:33). Essa é a paz do Cristo e não a ausência de problemas, a ausência de conflitos. Ainda de acordo com Emmanuel, no livro citado anteriormente, ele fecha o capítulo dizendo: A paz do mundo, quase sempre, é aquela que culmina com o descanso dos cadáveres a se dissociarem na inércia, mas a paz do Cristo é o serviço do bem eterno, em permanente ascensão. A paz do Cristo é a atitude frente aos problemas e aos conflitos. Santo Agostinho nos ensinou a fazer um balanço toda noite e ver se estamos agindo corretamente, então, esse pode ser o caminho para encontrarmos a paz e que a sigamos, como disse Pedro. E já que coloquei a música original Heal the World, aqui a temos na versão de Nando, A Paz, música que fez parte do álbum Natal Todo Dia, de 2007, do grupo Roupa Nova. Essa vocês conhecem bem. (https://youtu.be/OP4KB5FR_Mw) Novamente me utilizo de Emmanuel, agora no livro Fonte Viva, no capítulo Vivamos calmamente onde ele fala que a paz decorre da quitação da consciência para com a vida. Vejam: Viver sossegado não é apodrecer na preguiça. Há pessoas, cujo corpo permanece em decúbito dorsal, agasalhadas, contra o frio da dificuldade, por excelentes cobertores da facilidade econômica, mas torturadas mentalmente por indefiníveis aflições. Viver calmamente, pois, não é dormir na estagnação. A paz decorre da quitação de nossa consciência para com a vida, e o trabalho reside na base de semelhante equilíbrio. Se desejamos saúde, é necessário lutar pela harmonia do corpo. Se esperamos colheita farta, é indispensável plantar com esforço e defender a lavoura com perseverança e carinho. Para garantir a fortaleza do nosso coração, contra o assédio do mal, é imprescindível saibamos viver dentro da serenidade do trabalho fiel aos compromissos assumidos com a ordem e com o bem. O progresso dos ímpios e o descanso dos delinquentes são paradas de introdução à porta do inferno criado por eles mesmos. Não queiras, assim, estar sossegado, sem esforço, sem luta, sem trabalho, sem problemas... Todavia, consoante a advertência do apóstolo, vivamos calmamente, cumprindo com valor, boa vontade e espírito de sacrifício, as obrigações edificantes que o mundo nos impõe cada dia, em favor de nós mesmos. Então, o nascedouro da paz ou da violência está em nós mesmos. E caso você queira uma receita para encontrar o caminho para a paz, viva diariamente a oração de São Francisco, a Oração pela Paz... Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz... Não esperemos que a paz nos seja trazida, mas sim, sejamos nós quem a promova Onde houver ódio, que EU LEVE o amor Onde houver ofensa que EU LEVE o perdão. E sabemos o quão difícil é perdoar. Mas o perdão é algo sublime, é como disse Khalil Gibran: perdão é o perfume que as flores exalam quando são pisadas. Onde houver discórdia, que EU LEVE união. Que eu seja motivo de união e não de desavenças. Onde houver dúvida, que EU LEVE a fé. Onde houver erro, que EU LEVE a verdade Que EU LEVE esperança onde houver desespero, e quantos não estão em desespero neste exato momento e nós podemos auxiliar, levando um pouco de esperança até eles. Que EU LEVE alegria onde a tristeza impere. Onde houver trevas EU LEVE a luz. Volto na fala de Cristo sobre deixar-nos a sua paz: Tenho vos dito isso, para que em mim tenhais paz, pois no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo Cristo, mesmo sofrendo as dores físicas (as aflições), estava em paz e disse, já pregado à cruz: Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem (Lc 23:34) E na lição do Sermão do Monte, encontramos dois momentos distintos. Em um deles, Cristo disse bem-aventurados os pacíficos e em outro disse bem-aventurados os pacificadores. Somente conseguiremos ser pacificadores quando formos pacíficos. Ser pacífico significa não devolver o mau, ou seja, viver em paz. Ser pacificador significa desenvolver o bem, ou seja, cultivar a paz. Então, primeiro temos que ser pacíficos e depois sermos pacificadores. Primeiro devemos viver em paz para depois cultivarmos a paz. A paz deve ser irradiada por nós, assim como irradiava do Cristo, de Chico Xavier, de Madre Tereza e de tantos outros seres pacíficos que permeiam nossa história. Dizem aqueles que se aproximam de Chico Xavier, que mesmo a uma distância de dezenas de metros, a paz sentida era tamanha que as pessoas choravam. É, meus caros, nós queremos a paz, queremos sim We want Peace (Nós queremos paz). Essa é a música de Lenny Kravitz, cantor, multi-instrumentista, produtor, arranjador e ator norte-americano, aqui com a participação do iraquiano Kazem Al-Sahir. A música foi lançada no álbum Unity, álbum oficial dos jogos olímpicos de Atenas de 2004. Lembrando que, sendo pacíficos, herdaremos a Terra e sendo pacificadores, seremos chamados Filhos de Deus. Somente assim viveremos em paz, na paz do Cristo, pois esse é o verdadeiro caminho para a paz! Que possamos, todos nós, encontram esse caminho, para que possamos trilhá-lo o mais breve possível, todos nós, independentemente da cor da pele, da crença política, da religião professada, da classe social, enfim, que possamos dar uma chance à paz. Give peace a chance (Dê uma chance à paz), música de John Lennon, lançada em 1969 em um disco single. (https://youtu.be/BWf-eARnf6U?list=PLUeQUfurHN6bjde_KttpUONL9C0wjJvGF) A música foi escrita e gravada no Hotel Queen Elizabeth em Montreal, durante o bed-in, um protesto pacífico para promover a paz feito por John Lennon e Yoko Ono, que ficaram dias na cama do hotel e acabou sendo amplamente adotada como um hino anti-Guerra do Vietnã. Dizem que, ao ser perguntado o que ele esperava alcançar ficando na cama, Lennon respondeu ao repórter, "Just give peace a chance" ("Apenas dê uma chance à paz"). Bem, quem sabe se dermos uma chance à paz, possamos encontrar o caminho para alcança-la. E assim, vamos nos aproximando do final deste episódio, mas antes, trago aqui parte de uma crônica de um autor que me acompanha em vários episódios: Rubem Alves. A crônica se chama As coisas essenciais e está no livro O Retorno e Terno, de 1992. E o poema que ele cita no início é de Cecília Meireles Leia este poema bem devagar, pois cada imagem merece a preguiça do olhar. “No mistério do sem-fim equilibra-se um planeta. E, no planeta, um jardim e, no jardim, um canteiro: no canteiro, uma violeta e, sobre ela, o dia inteiro entre o planeta e o sem-fim, a asa de uma borboleta”. É pequeno, mas diz tudo. Nada lhe falta, Uni-verso. Nenhuma palavra lhe poderia ser acrescentada. Nenhuma palavra lhe poderia ser tirada. Assim se faz um poema, com palavras essenciais. O poema diz o essencial. O essencial é aquilo que se nos fosse roubado, morreríamos. O que não pode ser esquecido. Substância do nosso corpo e da nossa alma. Por isto as pessoas se suicidam: quando se sentem roubadas do essencial, mutiladas sem remédio, e a vida, então, não mais vale a pena ser vivida. Os poetas são aqueles que, em meio a dez mil coisas que nos distraem, são capazes de ver o essencial e chamá-lo pelo nome. Quando isso acontece o coração sorri e se sente em paz. Este é o podcast Mundo Espiritual. A produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e toda arte das capas dos episódios são feitas pelo Gustavo Crispim. Lembrando que você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através dos endereços que estão na transcrição deste episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw). E caso queira, você pode nos encontrar nas diversas plataformas players de podcast como Spotify, Deezer, Google Podcast, iTunes e Amazon music, basta procurar por Podcast Mundo Espiritual na sessão de podcast. E agora também fazemos parte da programação da web rádio Sintonia no Bem. Todos os sábados e domingos, às 7h30 da manhã, pelos Canais do SINTONIA no BEM, temos o PODCAST MUNDO ESPIRITUAL, comigo, Carlos Biella. Acesse o site SINTONIAnoBEM.com ou os canais do Facebook (http://www.facebook.com/SINTONIAnoBEM), YouTube (http://www.youtube.com/SINTONIAnoBEM) e Instagram (http://www.instagram.com/SINTONIAnoBEM). Se preferir, baixe o aplicativo da rádio e caso queira entrar em contato conosco, para sugestões, comentários, elogios e, por que não críticas, temos o WhatsApp +55 (64) 99603-1234. SINTONIA no BEM, sintonize-se e sinta-se bem. Então, ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual. Vou finalizando este episódio que buscou mostrar o caminho para a paz, com uma música de Fernando Manoel Correia, mais conhecido por Nando Cordel, um cantor, compositor e instrumentista pernambucano e essa é a música Paz pela Paz, do álbum Aconchego, de 2012. Como diz a letra, chegou a hora da gente construir a paz, ninguém suporta mais o desamor... Fiquem todos em paz e até nosso próximo episódio até nosso próximo episódio.





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