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EPISÓDIO # 19 - SENHOR OQUE QUERES QUE EU FAÇA?

  • Foto do escritor: Carlos A. Biella
    Carlos A. Biella
  • 1 de abr. de 2021
  • 1 min de leitura

Atualizado: 23 de jul. de 2023


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Senhor oque queres que eu faça?


Imagine você cavalgando numa estrada deserta, envolto em pensamentos, quando, de repente, Cristo lhe aparece num clarão que lhe cega os olhos. Pois é, foi isso que aconteceu com Saulo de Tarso.

Sejam todos muito bem-vindos e aproveitem.

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Saudações a todos. Este é o podcast Mundo Espiritual. Eu sou Carlos Biella e a produção, edição e a apresentação são minhas. Já a arte das capas dos episódios são feitas pelo Gustavo Crispim. Lembrando que você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através dos endereços que estão na transcrição deste episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw). E caso queira, você pode nos encontrar nas diversas plataformas players de podcast como Spotify, Deezer, Google Podcast, iTunes e Amazon music, basta procurar por Podcast Mundo Espiritual na sessão de podcast. E também fazemos parte da programação da web rádio Sintonia no Bem. Todos os sábados e domingos, às 7h30 da manhã, pelos Canais do SINTONIA no BEM, temos o PODCAST MUNDO ESPIRITUAL, comigo, Carlos Biella. Acesse o site SINTONIAnoBEM.com ou os canais do Facebook (http://www.facebook.com/SINTONIAnoBEM), YouTube (http://www.youtube.com/SINTONIAnoBEM) e Instagram (http://www.instagram.com/SINTONIAnoBEM). Se preferir, baixe o aplicativo da rádio e caso queira entrar em contato conosco, para sugestões, comentários, elogios e, por que não, críticas, temos o WhatsApp +55 (64) 99603-1234. SINTONIA no BEM, sintonize-se conosco. Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe, divulgue...este é o Podcast Mundo Espiritual. Em 1941, Francisco Cândido Xavier lançava o livro Paulo e Estevão, narrado por seu guia espiritual Emmanuel. Neste livro temos a história de Saulo de Tarso que passa de um dos maiores perseguidores dos primeiros cristãos para se transformar num dos maiores divulgadores da mensagem do Cristo. Narra o livro... Havia se passado algum tempo após o ato de crucificação do Cristo e seus seguidores, agora chamados de cristãos, estavam aumentando em número. A lei mosaica era a lei em vigor nesta época e os cristãos estavam sendo aprisionados e mortos por defenderem que Jesus era o Messias e que Deus não se encontrava somente nos templos de oração. Estevão, um jovem seguidor do Cristo havia sido condenado ao apedrejamento por Saulo, um doutor da lei que não aceitava sua pregação da mensagem do Mestre. Pouco antes de Estevão morrer, a futura esposa de Saulo, Abigail, reconheceu em Estevão seu irmão Jesiel, de quem havia sido separada logo após a morte de seu pai. Transtornada com a morte do irmão que fora condenado por aquele que seria seu marido, Abigail cai doente, mas antes de morrer, converte-se ao cristianismo, com a ajuda de Ananias. Saulo, então, arrasado com a situação, decide acabar com os seguidores do Cristo e junto com três soldados, parte para Damasco onde iria buscar por Ananias, para aprisiona-lo e condená-lo à morte. Pouco antes de chegar à Damasco, Saulo tem uma visão, como se o Sol estivesse surgido em sua frente e, tomado de cegueira, cai de seu cavalo e começa a gritar, desesperado, quando escuta uma voz que lhe diz: Saulo, Saulo, por que me persegues? Tomado de pânico ele pergunta, quem era e a voz lhe responde: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Saulo, então, abre os braços e se entrega dizendo: Senhor, o que queres que faça? Temos aqui a música Atitudes de amor, de Cacá Rezende e Taís Guerino, que faz parte do álbum Sementes do Bem, de 2014 (https://youtu.be/BjAy8e_QyNI). A música nos mostra exatamente essa passagem de Saulo pela estrada de Damasco e nos convida a praticar atitudes de amor. Podemos entender que Saulo, ao cair de seu cavalo, estava desmontando de toda sua história de fiel defensor da lei mosaica, deixando para trás todos os valores que defendia. Surge, aqui, um novo homem, um homem do Cristo. Saulo deixa seu novo eu prevalecer, muda seu nome para Paulo e parte para pregar a mensagem do Cristo. Sendo assim, essa estrada para Damasco se mostra como um verdadeiro divisor de águas na vida de Saulo. O mesmo ocorre conosco. Tantas vezes encontramo-nos em nossa estrada de Damasco, quando temos portas sendo fechadas, sonhos sendo desfeitos, doenças aparecendo. Para alguns, é como se Deus estivesse dizendo “não” e nessas ocasiões, muitos de nós ficamos perdidos, cegos, frente à situações que não esperávamos. Quando Saulo percebeu toda a luz que emanava do Cristo que ali estava, ele deve ter percebido que toda a verdade que ele defendia, não estava correta. Deve ter percebido que ele estava errado e mudou. Essa pandemia pela qual estamos passando, tem feito com que nós, assim como ocorreu com João Batista, Jesus Paulo de Tarso, busquemos o deserto para meditação. Será que essa pandemia, ao nos colocar dentro de nossas casas, ao fazer com que nos ausentemos de compromissos sociais, de nos relacionarmos com outras pessoas, ao nos forçar a esse convívio interno dentro de nossas casas, não está nos convidando para esse deserto interior? Será que esta pandemia não veio para que possamos nos conhecer, entender quem realmente somos? Vejamos o exemplo de Jesus, que ficou cerca de 30 anos, praticamente anônimo, trabalhando, até que começou sua pregação. Esse processo de interiorização pode nos mostrar, exatamente, que precisamos ser e não fazer. Foi o que aconteceu com Saulo, uma vez que Jesus mostrou a ele que primeiro era necessário ser e depois fazer. Você não irá conseguir fazer, se primeiro não conseguir ser. Muitos irão culpar Deus por seus problemas e, para aqueles que não mais creem em Deus, devido aos problemas pelos quais está passando, para aqueles que acham que Deus é injusto, por permitir sofrimento para alguns e alegrias para outros, lembrar, sempre, que esse é o intuito das reencarnações e, graças à isso, Deus mostra sua justiça para conosco. Muitas vezes, cobramos de Deus por atitudes que deveriam partir de nós mesmos. Sempre que nos afastamos das leis divinas, das leis naturais, nos tornamos infelizes, uma vez que negamos a felicidade, por isso o in de infelizes, ou seja, deixamos de ser felizes. Então, nos afastando de Deus, tornamo-nos infelizes e é um anseio humano a busca por nos aproximarmos de Deus. Todos nós encarnamos para crescer e não para sofrer. Ninguém vem ao mundo para sofrer. Se sofremos ou não, é consequência de nossas atitudes, que levam ao sofrimento ou não. Portanto, não encarnamos para sofrer. Lembrando sempre que Deus não é mais aquele Deus justiceiro das leis mosaicas, Ele é um Deus justo, e sua justiça baseia-se na lei de causa e efeito. Vejam bem, não mais um Deus justiceiro e sim um Deus justo. Caros amigos, Deus não nos pune nem premia, Ele nos deu a vida para que seguíssemos em busca da nossa perfeição. Somos, todos nós, espíritos ainda imperfeitos, mas somos perfectíveis. A cada nova encarnação temos a oportunidade de colocar em prática tudo o que precisamos para avançar mais um passo em busca desta perfeição. Deus nos coloca suas leis para que possamos seguir o caminho do bem, e nunca, nunca se afasta de nós. Ele nunca nos abandona. Nós é que deixamos de seguir o caminho do bem, por nossa própria vontade, por nossa conta e risco. Muitas vezes, atrasamos nosso processo evolutivo por não seguirmos as leis divinas. Mas, onde estão escritas essas leis divinas? Kardec questionou os espíritos superiores sobre essas questão, conforme consta na pergunta 621 de O Livro dos Espíritos e a resposta foi: na consciência. As leis de Deus não estão escritas, elas estão inscritas. Elas estão dentro, dentro de nós e dentro da natureza. E Jesus já dizia isso, quando falava do reino de Deus, que esse reino era de caráter interior, conforme deixou claro nas chamadas parábolas do reino, como as parábolas da pesca, do joio e do trigo, do tesouro, da pérola, entre outras. Todas denotam um caráter interior: peixe se pesca dentro da água, a semente semeia-se dentro da terra, a pérola encontra-se dentro da ostra, o tesouro encontra-se enterrado, o fermento atua na massa, de dentro para fora, ou seja, em todas elas deixam claro a interiorização e Cristo nos disse que o reino de Deus não se arremata com aparências exteriores, pois o reino de Deus está dentro de cada um de nós. Assim, para esse reino de Deus, precisamos nos interiorizar. O problema é que para alguns, esta interiorização é muito complicada, e eles acabam por não aceitar a si mesmos. No entanto, muitas vezes, ao nos depararmos com esse eu verdadeiro que somos, que encontramos nessa interiorização, muitos não se aceitam ou não conseguem exteriorizar quem realmente são e acabam por colocar fim à própria vida material. Seria, então, o suicídio, um ato de desespero supremo ou um ato de covardia, perante às dificuldades da vida? Não devemos e não podemos julgar ninguém pelas atitudes que tomam. Somente podemos julgar as nossas próprias atitudes. Ou seja, não podemos fugir de nós mesmos, se só temos saída para dentro. E aqui temos a música Inimaginável, do cantor e compositor paranaense Troy Rossilho, juntamente com Luiz Felipe Leprevost, música que faz parte do álbum Cine Luz, de 2013 (https://youtu.be/f52-d3a2IB0) Mas, qual a diferença entre as leis humanas e as leis divinas? É simples: as leis humanas são feitas de regras e as leis divinas são baseadas em princípios. As leis divinas são feitas por princípios, no entanto, nós estabelecemos as regras para facilitar o respeito à esses princípios. Lembrando que princípio é valor, é um conjunto de comportamentos que nós temos. Deus nos dotou de inteligência para que tomássemos decisões, de acordo com princípios. A ética do Evangelho é ética de princípios. A consciência iluminada é a consciência que segue princípios: princípio da compaixão, princípio da retidão, princípio da caridade, princípio da igualdade, princípio do amor em Deus. Então, seguindo esses princípios, seguimos no caminho do bem. Mas, por qual razão deixamos de seguir esses princípios? Talvez seja necessário que tenhamos nossa “estrada de Damasco”, como Saulo. Talvez seja necessário cairmos de nosso cavalo e cegos frente à Deus, também façamos a mesma pergunta: Senhor, que queres que eu faça? Você, ao acordar, a cada novo dia, deveria fazer esse questionamento. No entanto, mais do que perguntar, devemos aceitar a resposta que Deus nos dá. Fazer o que seja necessário e não somente aquilo que nós queremos. Aqui cabe uma explanação a respeito de uma questão bem pertinente à humanidade atual: a dubiedade entre o que somos, verdadeiramente, e o que queremos ser. Muitas vezes nós nos achamos presos, sem liberdade para agirmos como nós mesmos e isso se deve à nossa não procura pela verdade, aquela verdade advinda de Deus. Lembram-se do que disse o Cristo: eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem (ou vai) ao pai se não for por mim. O que podemos entender disso: que a verdade de Deus está em seguirmos o exemplo que Cristo nos deixou. Cabe aqui a questão 625 de O Livro dos Espíritos. Kardec perguntou qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? E a resposta foi imensamente simples e direta: Jesus. Uma das maiores lições que Cristo nos mostrou foi a humildade, mostrando que não devemos nos preocupar com ostentar uma imagem que não reflete quem realmente somos. Aqui está um dos grandes problemas da atualidade. A humanidade, esvaziada de objetivos que sejam destinados ao engrandecimento moral de seu espírito, acaba por viver uma desordenada preocupação por adquirir, a qualquer preço, uma inquietação por ser reconhecido pelos outros, por ser aceito no meio social em que vive. Daí surge uma série de problemas, especialmente quando os outros, quando o meio social em que vivemos, não nos aceita como somos. Por isso esse enorme conflito que muitos de nós têm vivido: o conflito entre o que somos e o que queremos ser, entre o que temos e o que queremos ter. A liberdade, que muitos buscam, começa na escolha que cada um tem de si próprio. Infelizmente, muitos não conseguem essa liberdade de viver como são e acabam por viver uma realidade diferente, uma fachada, uma máscara, que muitas vezes os levam à grandes distúrbios mentais. O psicólogo Marlon Reikdal disse que muitos de nós não consegue amar a si mesmo. E quando vamos pregar a necessidade deste amor próprio para essas pessoas, elas acabam somando à esse seu desamor, um sentimento de incompetência, por não conseguir fazer aquilo que as pessoas me dizem que devo fazer. Assim, surgem grandes conflitos internos que podem levar o indivíduo à depressão e, infelizmente, ao suicídio. Infelizmente, os dados relacionados ao suicídio são muito alarmantes. São cerca de 12 mil suicídios por ano no Brasil e mais de 1 milhão em todos mundo, anualmente. Por mês, cerca de 25% dos jovens entre 18 a 24 anos considerou seriamente cometer suicídio. Segundo alguns estudos, aproximadamente 97% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais, principalmente a depressão. Daí a importância de buscarmos nos conhecer e nos libertar das aparências que muitas vezes tentamos passar. Tudo bem você buscar bens materiais, status, ser reconhecido, mas isso não deve e não pode guiar sua vida. São, como disse Jesus sepulcros caiados. Uma casa, muito bem pintada por fora, pode esconder um vazio interior imenso. Nós não podemos nos render às aparências. Não podemos deixar as opiniões dos outros nos guiarem. Sejamos nós mesmos. Muitas vezes acabamos usando somente a aparência para dissimularmos que realmente somos. No entanto, ao vivermos as aparências, criamos problemas para nós mesmos. Deixamos de ser quem somos e passamos a nos preocupar mais com o que os outros pensam de nós. Deixemos de nos preocupar com que os outros pensem de nós e passemos a nos preocupar com os outros. Existem tantos precisando de auxílio. E agora, com essa pandemia assolando o mundo, cada vez mais temos pessoas necessitando de auxílio. Ao passarmos a enxergar os problemas que nossos irmãos vem passando, talvez os nossos problemas tornem-se insignificantes. Quantos de nós reclamam que não tem um colchão e cama bons suficientes para dormir, enquanto muitos dormem no chão? Quantos reclamam que o jantar é uma repetição do almoço, enquanto para vários nossos irmãos, essa repetição realmente ocorre, mas devido à falta de alimentos. Quem sabe se, ao nos preocuparmos como os outros, quebramos as cristalizações que existem dentro de nós e nos tornemos mais receptivos à vida que temos? Quem sabe se, ao perguntarmos “senhor, o que queres que eu faça?”, não mudemos nossas atitudes diante da vida? Então, ao passarmos a buscar cada vez mais auxiliarmos nossos irmãos, mais estaremos nos auxiliando, rompendo as barreiras que nos levem à nós mesmos, fazendo com que tenhamos mais alegria de viver. Experimente levar alimento a quem não tem o que comer. Ao ver o sorriso de gratidão estampado no rosto desta pessoa, é muito difícil que você permaneça o mesmo. É provável que as suas máscaras caiam e você se torne quem você realmente é. E aqui temos a música Máscara, primeiro single do álbum Admirável Chip Novo, de 2003, da cantora baiana Priscilla Novaes Leone, ou, simplesmente Pitty. Máscara traz a ideia de que as pessoas devem ser elas mesmas, não se importando com o julgamento da sociedade, ainda isso seja estranho ou bizarro. Enfim, busquemos perguntar sempre: Senhor, o que queres que eu faça? E busquemos nos manter sempre atentos às respostas que nos serão dadas pela vida. Vivamos para fazer o bem e, quem sabe, assim, não nos tornemos mais humanos. E, como sempre a cito, que busquemos, acima de tudo, viver a oração da paz, a oração de São Francisco continuamente. E vejam essa joia que encontrei no YouTube, a Oração de São Francisco, com as cantoras, Ananda Torres, Corina Vianna e Lilian, gravado durante o isolamento social. (https://youtu.be/_OrIX2l2MoU) Meu amigo, minha amiga, não se desespere. Entenda, você não vai conseguir evoluir de uma só vez. Serão necessárias várias outras experiências no mundo material, tantas quantas forem necessárias. A nossa vida verdadeira, a vida espiritual é como uma base de enxertia. Quanto tem a sua base? Cada encarnação é como um enxerto, assim, quantas enxertias já foram feitas na sua base. E a cada nova enxertia, melhor vai ficando a muda que dela nasce, como se fosse uma videira, que vai, a cada nova enxertia, se aprimorando e dando frutos cada vez mais fortes e mais saborosos, com menos galhos, com menos folhas, mais com muitos frutos. Esse é o propósito de nossa vida. Essa é a grande lição da Doutrina Espírita: as coisas mudam para progredir, sempre, bem como está escrito no tumulo de Allan Kardec no cemitério de Père Lachaise, em Paris: Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei. Outra grande lição que a Doutrina Espírita nos dá é a necessidade de seguirmos aquela lição que Cristo nos trouxe: o amor ao próximo. Assim, cada um de nós deve saber se impor e até lutar em prol do bem estar geral. Afastar da mente todo mal pensar, saber se respeitar, se unir pra se encontrar, Por isso, por isso eu vim propor um mutirão de amor... Essa é a música Mutirão de amor, de Jorge Aragão, Sombrinha Cruz e Zeca Pagodinho, lançada em 2002 no álbum Jorge Aragão Ao vivo convida e aqui com os dois sambistas. Nossa vida é uma maravilha e precisamos simplesmente vive-la e não precisamos de que alguém nos anuncie como ela é maravilhosa. Existe um texto que já vi circulando pela internet e também já o li em vários locais. O texto conta uma história, supostamente com Olavo Bilac. Você, creio eu, já deve ter ouvido ou lido essa história. O dono de um pequeno sítio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua e perguntou se ele não poderia redigir um anúncio de venda do sítio para o jornal. Escreveu então o poeta: Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer; com extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro. A casa banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda. Tempos depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio. Nem penso mais nisso, disse o homem. Quando li o anúncio e percebi a maravilha que tinha! Às vezes alguém chega para nós, e com a palavra certa, com a observação adequada e nos muda o ângulo de vista, nos faz quebrar os paradigmas e, entendemos que certas coisas que tanto precisamos e achamos não ter, estão bem do nosso lado. Deste modo, amar a vida e tudo que nos cerca nunca é demais. Assim, conforme disse Almir Sater na música Tocando em frente, composição dele e de Renato Teixeira: Cada um de nós compõe a sua história. Cada ser em si. Carrega o dom de ser capaz. E ser feliz... Fica aqui só um gostinho desta música que tem uma história muito interessante quanto à inspiração para sua composição. Mas, isso fica para outro episódio, aguardem... Paulo de Tarso, ainda no livro Paulo e Estevão, ao receber a visita espiritual de sua amada Abigail, faz alguns questionamentos e recebe, como resposta, quatro elementos que são fundamentais para nosso crescimento espiritual. Que fazer para adquirir a compreensão perfeita dos desígnios do Cristo? — Ama! — respondeu Abigail espontaneamente. Mas, como proceder de modo a enriquecermos na virtude divina? Jesus aconselha o amor aos próprios inimigos. Entretanto, considerava quão difícil devia ser semelhante realização. Penoso testemunhar dedicação, sem o real entendimento dos outros. Como fazer para que a alma alcançasse tão elevada expressão de esforço com Jesus -Cristo? — Trabalha! — esclareceu a noiva amada, sorrindo bondosamente. Abigail tinha razão. Era necessário realizar a obra de aperfeiçoamento interior. Desejava ardentemente fazê-lo. Para isso insulara-se no deserto, por mais de mil dias consecutivos. Todavia, voltando ao ambiente do esforço coletivo, em cooperação com antigos companheiros, acalentava sadias esperanças que se converteram em dolorosas perplexidades. Que providências adotar contra o desânimo destruidor? — Espera! — disse ela ainda, num gesto de terna solicitude, como quem desejava esclarecer que a alma deve estar pronta a atender ao programa divino, em qualquer circunstância, extreme de caprichos pessoais. Ouvindo-a, Saulo considerou que a esperança fora sempre a companheira dos seus dias mais ásperos. Saberia aguardar o porvir com as bênçãos do Altíssimo. Confiaria na sua misericórdia. Não desdenharia as oportunidades do serviço redentor. Mas... os homens? Em toda parte medrava a confusão nos espíritos. Reconhecia que, de fato, a concordância geral em torno dos ensina - mentos do Mestre Divino representava uma das realizações mais difíceis, no desdobramento do Evangelho; mas, além disso, as criaturas pareciam igualmente desinteressadas da verdade e da luz. Os israelitas agarravam -se à Lei de Moisés, intensificando o regime das hipocrisias farisaicas; os seguidores do “Caminho” aproximavam -se novamente das sinagogas, fugiam dos gentios, submetiam-se, rigorosamente, aos processos da circuncisão. Onde a liberdade do Cristo? Onde as vastas esperanças que o seu amor trouxera à Humanidade inteira, sem exclusão dos filhos de outras raças? Concordavam em que se fazia indispensável amar, trabalhar, esperar; entre - tanto, como agir no âmbito de forças tão heterogêneas? Como conciliar as grandiosas lições do Evangelho com a indiferença dos homens? Abigail apertou-lhe as mãos com mais ternura, a indicar as despedidas, e acentuou docemente: — Perdoa! Então, meus amigos, que possamos, cada um de nós, nos fixar nas quatro respostas dadas por Abigail: Que fazer para adquirir a compreensão perfeita dos desígnios do Cristo? Ama! Como fazer para que a alma alcançasse tão elevada expressão de esforço com Jesus -Cristo? Trabalha! Que providências adotar contra o desânimo destruidor? Espera! Como conciliar as grandiosas lições do Evangelho com a indiferença dos homens? Perdoa! Amar, trabalhar, esperar e perdoar, quem sabe, ao fazermos isso, saberemos, exatamente a resposta à pergunta: Senhor, que queres que eu faça? Quem sabe assim teremos uma verdadeira atitude cristã. A aqui temos o GAN – Grupo Arte Nascente, de Goiânia, com a música Atitude Cristã, de autoria de Maurício Keller e criada para o 29° Congresso Espírita do Estado de Goiás, em 2013. A letra mostra o caminho que todos nós deveríamos percorrer, como fez Paulo, após seu encontro com Jesus e traz o conselho de Abigail sobre o que todos devemos fazer. Este é o podcast Mundo Espiritual. A produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e toda arte das capas dos episódios são feitas pelo Gustavo Crispim. Você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através dos endereços que estão na transcrição deste episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw). E caso queira, você nos encontra nas diversas plataformas players de podcast como Spotify, Deezer, Google Podcast, iTunes e Amazon music, basta procurar por Podcast Mundo Espiritual na sessão de podcast. E também fazemos parte da programação da web rádio Sintonia no Bem. Todos os sábados e domingos, às 7h30 da manhã, pelos Canais do SINTONIA no BEM, temos o PODCAST MUNDO ESPIRITUAL, comigo, Carlos Biella. Acesse o site SINTONIAnoBEM.com ou os canais do Facebook (http://www.facebook.com/SINTONIAnoBEM), YouTube (http://www.youtube.com/SINTONIAnoBEM) e Instagram (http://www.instagram.com/SINTONIAnoBEM). Se preferir, baixe o aplicativo da rádio e caso queira entrar em contato conosco, para sugestões, comentários, elogios e, por que não, críticas, temos o WhatsApp +55 (64) 99603-1234. SINTONIA no BEM, sintonize-se conosco. Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual. E nesses tempos de pandemia em que passamos a ficar mais tempo em casa, sem muito contato social, algumas lives, verdadeiras joias vão sendo realizadas e ficam gravadas na internet. Assim, deixo com vocês o encontro dos violões de Rafael dos Anjos e Rogério Caetano com a bela voz de Diogo Nogueira, cantando Mutirão de Amor. Para quem quiser conferir, deixo o link do vídeo no YouTube, na transcrição do episódio (https://youtu.be/YFGb78EFjhI). Fiquem todos em paz e até nosso próximo episódio.


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