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EPISÓDIO # 31 - BRILHE A VOSSA LUZ

  • Foto do escritor: Carlos A. Biella
    Carlos A. Biella
  • 3 de mar. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 23 de jul. de 2023


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Brilhe a vossa luz.


No livro Fonte Viva, temos um texto de Emmanuel em que ele diz que nossa existência é a candeia viva. E você sabe qual função de uma candeia? Ela é usada para iluminar. Então, deixe sua luz brilhar, sejam todos muito bem-vindos e aproveitem.

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Saudações a todos. Este é o podcast Mundo Espiritual. Eu sou Carlos Biella e a produção, edição e a apresentação são minhas. Já a arte das capas dos episódios continua sendo feita pelo Gustavo Crispim. Ouça ou baixe o podcast, confira o conteúdo do episódio e entre em contato conosco. Os endereços estão na transcrição do episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual), e Instagram (https://www.instagram.com/podcastmundoespiritual/). Procure por podcast Mundo Espiritual, nas diversas plataformas players de podcast. Você já pensou no fato de uma vela ser tão somente um pavio, um pedaço de barbante, envolto por parafina e, por si só, não ter nenhuma serventia, no sentido de iluminar? Sem nossa ação, de colocar fogo no pavio, uma vela não consegue iluminar nada. Deste modo, a vela depende de nosso esforço para cumprir sua função, a de iluminar. Então, como aponta a filosofia, algo somente será o que ele é, quando cumprir a sua finalidade. Assim, a vela pode ser usada para iluminar um ambiente, para render homenagem em um templo, para ligação com o sagrado, entre outras coisas, mas, a vela dependerá de nossa vontade e de nossa ação para cumprir com sua finalidade. No Evangelho de Mateus, no capítulo 5, temos a narrativa que conhecemos como o Sermão do Monte ou Sermão da Montanha e estou preparando um episódio só sobre este Sermão, aguardem. Pois bem, neste capítulo 5, temos uma passagem onde Jesus fala para seus discípulos e para todos os que ali estavam presentes. Jesus fala aqui das bem-aventuranças. No entanto, seguindo este capítulo 5 de Mateus, temos alguns versículos que algumas traduções se referem como “a missão dos discípulos”. Existe aqui uma fala específica para os apóstolos (aqueles 12) e, também, para os discípulos, ou seja, para aqueles que seguiam Jesus e estavam destinados a ser os divulgadores de sua mensagem. E esta fala de Jesus é linda! Assim disse Jesus: Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Não se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus (Mateus 5:13-16). Aqui temos a música Deixe a sua luz brilhar, com o Grupo Luz, grupo musical espírita daqui da cidade de Jataí. Grande abraço para o José Lúcio, Allan, Thiago, Maycon, Vitor, João, e todo o pessoal do Grupo Luz. https://youtu.be/hiUD7Yb6xXU E no livro Fonte viva, ditado pelo Espírito Emmanuel, sob psicografia de Chico Xavier e lançado em 1956, no capítulo 81 intitulado Candeia Viva, Emmanuel nos dá uma lição a respeito das palavras ditas pelo Cristo, conforme narra o capítulo 5 do Evangelho de Mateus. Diz Emmanuel: A claridade na lâmpada consome força ou combustível. Sem o sacrifício da energia ou do óleo não há luz. Para nós, aqui, o material de manutenção é a possibilidade, o recurso, a vida. Nossa existência é a candeia viva. É um erro lamentável despender nossas forças, sem proveito para ninguém, sob a medida de nosso egoísmo, de nossa vaidade ou de nossa limitação pessoal. Coloquemos nossas possibilidades ao dispor dos semelhantes. Ninguém deve amealhar as vantagens da experiência terrestre somente para si. Cada espírito provisoriamente encarnado, no círculo humano, goza de imensas prerrogativas, quanto à difusão do bem, se persevera na observância do Amor Universal. Prega, pois, as revelações do Alto, fazendo-as mais formosas e brilhantes em teus lábios; insista com parentes e amigos para que aceitem as verdades imperecíveis; mas, não esqueças que a candeia viva da iluminação espiritual é a perfeita imagem de ti mesmo. Transforma as tuas energias em bondade e compreensão redentoras para toda gente, gastando, para isso, o óleo de tua boa vontade, na renúncia e no sacrifício, e a tua vida, em Cristo, passará realmente a brilhar. Assim, para que uma vela cumpra sua função, ela deve consumir a parafina e o pavio de que é feita. Para que uma candeia possa iluminar um ambiente, ela deve consumir o óleo que nela é colocado. Como disse Emmanuel, sem o sacrifício do óleo não há luz. Sem nosso esforço, não conseguiremos difundir o bem. Veja bem, por menor que seja o esforço de uma chama, ela será capaz de iluminar um ambiente em trevas e, por menor que seja nosso esforço, nós conseguiremos iluminar um coração fechado em trevas. Lembro aqui do Evangelho de João, no capítulo 8, logo após a passagem da “mulher adúltera”, onde Cristo diz a seus discípulos: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida (João 8:12). Cristo disse ser ele a luz do mundo e agora ele dizia a seus discípulos, que eles eram essa luz. Novamente Cristo mostrava a seus discípulos a importância que eles tinham na divulgação de sua mensagem. A cada um deles seria dada a tarefa de iluminar, de ser a luz em meio as trevas, como um farol indicando o caminho. E assim como a candeia, o farol tem por função iluminar. O farol é uma torre, normalmente arredondada e alta, com a função de auxiliar na navegação, indicando às embarcações a proximidade de locais perigosos, seja da costa ou de um porto, utilizando, para isso, uma luminosidade. Um dos elementos primordiais de um farol é que sua luz deve ser visível a uma grande distância. Então, vamos com um pouco de história em nosso episódio de hoje. É provável que o primeiro farol tenha sido o Farol de Alexandria, uma das “sete maravilhas do mundo antigo”. Alexandria é uma cidade portuária do Mar Mediterrâneo e fica no Egito. O farol teria sido construído por volta do ano 280 a.C., para servir de entrada no porto e informar os navegantes da proximidade de rochedos. Sua construção teria se dado a mando do rei Ptolomeu e demorado cerca de 15 anos para ser finalizado, terminado no reinado de Ptolomeu II. Como foi construído na Ilha de Faros, provavelmente o nome farol passou a ser usado para denominar as construções que tinham o mesmo objetivo. De acordo com a literatura, o encarregado de sua construção, teria sido o arquiteto grego Sostratus da cidade de Cnidus. Segundo consta, o farol teria entre 120 a 140 metros de altura e funcionava com fogo. Dizem que ele emitia uma chama que supostamente poderia ser avistada a uma distância de mais de cinquenta quilômetros. O grande farol foi danificado por, pelo menos três grandes terremotos entre os anos de 956 e 1323, quando se tornou uma ruína abandonada, sendo suas ultimas grandes rochas retiradas em 1480 para a construção da Cidadela de Qaitbay, um tipo de fortaleza, construída na mesma área onde existia o farol. Então, deixe sua luz brilhar e seja um farol, mesmo que seja somente para alguém em especial, como mostrou Vitor Kley nesta música que estamos ouvindo, Farol, música lançada em 2016 no álbum Adrenalizou. (https://youtu.be/hLIK6ya66-Y) Voltando ao capítulo 5 do Evangelho de Mateus, ao falar que não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte, provavelmente Jesus estaria fazendo uma analogia com uma cidade chamada Tzfat, Safed ou Zefat, a cidade mais alta da Galileia, mais de 800 metros acima do nível do mar. Naquele tempo usavam-se candeias para iluminar as casas e os caminhos, um tipo de lamparina, que queimavam óleo. Imaginem uma cidade a noite, com suas candeias acesas. Essa cidade podia ser vista de longe, ela não tinha como se esconder. Os seguidores do Cristo deveriam ser como uma cidade sobre um monte, que não pode ser escondida. Sua luz deve se espalhar e guiar aqueles que estão nas trevas. Portanto, é isso que todo seguidor do Cristo deve ser: luz do mundo. Mas, cuidado para que não nos tornemos trevas, como está no capítulo 6 do mesmo Evangelho de Mateus. A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! (Mateus 6:22,23) E disse Jesus que não se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire (uma espécie de caixote onde se guardavam as sementes a serem plantadas). Se a candeia for colocada debaixo do alqueire ou dentro do caixote, como queiram, ela iluminará somente o que estiver ali dentro e, tão logo o oxigênio se acabe, a luz se extinguirá. Como a função da candeia é iluminar o ambiente, quanto mais alto se coloca, mais iluminado fica esse ambiente. Por isso a candeia deve ser colocada sob o velador, uma espécie de suporte colocado no alto das paredes das casas, onde se colocavam as candeias para iluminar o ambiente. Para comprovar esse efeito, entre num quarto, feche as portas e janelas, acenda a lanterna do celular ou uma vela, apague a luz do quarto e perceba que, quanto mais alto você colocar a luz, maior será a luminosidade no quarto. É isso que devemos ser, candeias colocadas sobre o velador, para que possamos iluminar a maior área possível. E seguiu Jesus, dizendo, assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. É preciso que nossa luz resplandeça, que brilhe e se faça útil àqueles que estão nas trevas e para isso, primeiro é preciso que essa luz brilhe dentro de nós e ilumine nosso caminho, para que depois possamos iluminar o caminho de quem está necessitado. Não devemos esperar que sejamos enaltecidos pelas nossas obras, mas, sim, que glorifiquemos a Deus. Ou, em outras palavras, deixa de ser vaidoso, cara!!! Devemos iluminar aqueles que estão nas trevas, fazendo com que eles consigam enxergar o caminho que os levará ao Reino de Deus, conforme nos mostrou o Cristo. Essa é nossa função como cristãos e como discípulos de Cristo...sermos referência para outras pessoas, sermos a luz neste mundo de trevas. Mesmo que você se sinta incapaz, mesmo que se ache não merecedor, lembre-se dos homens que Cristo escolheu para seus apóstolos. Jesus escolheu seus 12 apóstolos entre pessoas simples que viviam e trabalhavam às margens do Mar da Galileia. Eles viveram cerca de 3 anos junto a Jesus, aprendendo com ele. E no final da vida material de Jesus, dos 12 apóstolos por ele escolhidos, um o traiu, um o negou e quase todos fugiram quando ele foi crucificado. Mesmo assim, foi a esses homens que Cristo confiou sua mensagem. Eles foram a luz do mundo. Emmanuel, no capítulo 180, “Façamos nossa luz”, no livro “Caminho, verdade e vida”, na psicografia de Chico Xavier, livro este lançado em 1949, diz que: A casa pequena e humilde, iluminada de Sol e alegria, é paraíso de felicidade. A angústia de nosso plano procede da sombra. A escuridão invade os caminhos em todas as direções. Trevas que nascem da ignorância, da maldade, da insensatez, envolvendo povos, instituições e pessoas. Nevoeiros que assaltam consciências, raciocínios e sentimentos. Em meio da grande noite, é necessário acendamos nossa luz. Sem isso é impossível encontrar o caminho da libertação. Mais a frente, Emmanuel diz que “É indispensável organizar o santuário interior e iluminá-lo, a fim de que as trevas não nos dominem. É possível marchar, valendo-nos de luzes alheias. Todavia, sem claridade que nos seja própria, padeceremos constante ameaça de queda. Emmanuel prossegue, nos dizendo que “O problema fundamental da redenção, meu amigo, não se resume a palavras faladas ou escritas. É muito fácil pronunciar belos discursos e prestar excelentes informações, guardando, embora, a cegueira nos próprios olhos. Nossa necessidade básica é de luz própria, de esclarecimento íntimo, de autoeducação, de conversão substancial do “eu” ao Reino de Deus. Podes falar maravilhosamente acerca da vida, argumentar com brilho sobre a fé, ensinar os valores da crença, comer o pão da consolação, exaltar a paz, recolher as flores do bem, aproveitar os frutos da generosidade alheia, conquistar a coroa efêmera do louvor fácil, amontoar títulos diversos que te exornem a personalidade em trânsito pelos vales do mundo... Tudo isso, em verdade, pode fazer o espírito que se demora, indefinidamente, em certos ângulos da estrada. Todavia, avançar sem luz é impossível. Pense nisso: avançar sem luz é impossível. Temos aqui a música Serei Luz, com o Natiruts, Thiaguinho e Vinicius Feyjão, música dos dois, lançada em 2018. (https://youtu.be/rUaGN2iPU5Q) Quero ser luz, caminhar na luz; Seguir os passos e os ensinamentos de Jesus... Tempos atrás preparei uma palestra que nasceu de um ato que me levou a uma analogia. Ao acender um palito de fósforo, fiquei olhando para a chama, queimando a madeira. Daí me veio um insight. Ora, a chama do palito tanto aquece, quanto ilumina. Alguns palitos, quando os riscamos na caixa, não acendem e outros acendem e rapidamente se apagam. Alguns outros palitos apresentam algum defeito em sua fabricação. Ao acendermos um palito de fósforo, percebemos que ele tem um início e um final. A chama se acende e algum tempo depois, se apaga. Todos os palitos que produzem chama, têm começo e nunca sabemos quando essa chama se extinguirá, mas sabemos que todas terão um fim. Assim é a vida material, ela tem começo e tem um final. Mas, não sabemos quando ela terminará. Não sabemos quando nossa chama irá se extinguir. Assim, aproveitemos a vida, enquanto nossa chama estiver acessa, para aquecer quem esteja ao nosso lado, precisando de calor e para iluminar os caminhos daqueles que andam ao nosso lado. Afinal, estamos vivos, materialmente, por algum motivo, não é mesmo? Quantos filósofos já questionaram sobre o sentido da vida. Quantos de nós já não pensou sobre porque estou aqui? Para que serve a vida? Sabemos que somos espíritos e que estamos envolvidos por matéria, quando encarnados, essa é a vida material. Mas, qual o objetivo disso? Porque, se somos seres espirituais, não vivermos somente a vida espiritual? Kardec questionou isso no LE, quando na questão 132, pergunta: Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos? Ou seja, afinal, por que encarnamos? E os espíritos responderam: Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação. Para outros, missão. Então, a encarnação nos é imposta. Todos estamos fadados à perfeição, somos perfectíveis e precisamos passar, repetidas vezes pela matéria, para atingirmos essa perfeição. Essa foi a resposta da questão 166 do LE. Sofremos a prova de novas existências com o fim de continuar nosso processo depurativo. Passamos pela vida material para aprender e a cada nova encarnação, surgem oportunidades que temos que aproveitar. Bezerra de Menezes, em mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, em 9 de novembro de 2003, quando do encerramento da Reunião do Conselho Federativo Nacional, na sede da FEB, em Brasília, mensagem que está presente na revista Reformador de dezembro de 2003 disse: Vós sois a luz do mundo! - propõe o Evangelho novo, porquanto a Grande Luz é o Mestre, que deveremos esculpir no mundo íntimo, para que brilhe através de nós. Cristo disse que somos a luz do mundo. Então, que possamos iluminar quem está ao nosso lado, como um farol, orientando no melhor caminho. Assim como um farol guia as embarcações para que não naveguem rumo aos rochedos e sucumbam nos mares, Cristo é um farol a nos guiar em nossa caminhada. Cada vez que nos afastamos de sua luz, nos chocamos contra os rochedos da vida, o que nos causa aflições, dor e sofrimento. Sejamos, ao menos, como um palito de fósforo riscado, que ilumina e aquece quem está ao nosso lado. Amparando e consolando nos momentos difíceis, afinal, nunca saberemos quando um sopro extinguirá nossa chama. Este é o podcast Mundo Espiritual e a produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e o Gustavo Crispim é que faz a arte das capas dos episódios. Ouça ou baixe o podcast, confira o conteúdo do episódio e entre em contato conosco pelos endereços que estão na transcrição do episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e Instagram (https://www.instagram.com/podcastmundoespiritual/). Procure por podcast Mundo Espiritual nas diversas plataformas players de podcast. E este é o novo formato deste podcast. Um pouco mais curto, mas buscando trazer bastante conteúdo. Nos ajude a fazer nosso podcast cada vez melhor. Comente, indique, compartilhe. Sugira temas para futuros episódios. Afinal, este podcast é feito para vocês. Encerro nosso episódio de hoje com um trecho retirado de um livro de 2009, O sapo que queria ser príncipe, mais especificamente do capítulo Variações sobre a Inteligência, livro esse do nosso grande Ruben Alves. Há inteligências de "wattagem" 200 que só iluminam esgotos e cemitérios. E há inteligências modestas, como se fossem nada mais do que a chama de uma vela, que iluminam sorrisos. Uma lâmpada não tem vontade própria. Ela ilumina o objeto que o seu dono escolhe para ser iluminado. A inteligência, como as lâmpadas, não tem vontade própria. Ela ilumina os objetos que o coração do seu dono determina que sejam iluminados. Fiquem todos em paz e até nosso próximo episódio. Muita luz para todos vocês!


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