EPISÓDIO # 47 - SOBRE MÚSICA E SAÚDE
- Carlos A. Biella

- 6 de abr. de 2023
- 1 min de leitura
Atualizado: 23 de jul. de 2023

Sobre música e saúde.
Não importa qual o tipo de música que você prefere. A música é uma boa opção para lidar com nossas emoções e, por consequência, com nossa saúde. Sejam todos muito bem-vindos, coloquem seus fones de ouvido e aproveitem.
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Saudações a todos. Este é o podcast Mundo Espiritual. Eu sou Carlos Biella e a produção, edição e a apresentação são minhas. A arte das capas dos episódios é feita pelo Hugo Biella. Ouça ou baixe o podcast, confira o conteúdo do episódio e entre em contato conosco. Confira os endereços na transcrição do episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual), e Instagram (https://www.instagram.com/podcastmundoespiritual/). Procure-nos, também, nas diversas plataformas players de podcast. E começo esse episódio, com uma frase do grande Ariano Suassuna, no livro Iniciação à Estética, de 1975... “A Música é a mais pura de todas as Artes”. No episódio # 22 – Música, espiritualidade e saúde, eu disse que havia espaço para um outro episódio. Então, aqui estamos, para falar mais um pouco sobre essa relação. Pois bem! Ouvir música é uma boa opção para lidar com as emoções e até mesmo para controlá-las e isso pode trazer grandes benefícios para nossa saúde. Segundo a mestre em Musicoterapia pela Universidade do Estado de Colorado, Molly Warren, a música é uma grande aliada durante as etapas de recuperação de traumas e do luto, além de servir como calmante e agente regulador de emoções, pois é possível encontrar na música, um mecanismo para equilibrar nossas mudanças de humor. Sabe-se que, graças às características rítmicas e repetitivas, a música atua numa região cerebral chamada neocórtex, acalmando e reduzindo a impulsividade. Mas, geralmente escolhemos as músicas, de acordo com nosso estado emocional atual e isso pode nos manter em um estado de tristeza, de raiva ou de ansiedade, dependendo da situação. Nesses casos, é melhor ir mudando, aos poucos, o tipo de música que estiver ouvindo. Por exemplo, em um momento de catarse, passe a ouvir músicas mais serenas e otimistas. Podemos expressar nossas emoções, tocando um instrumento, para quem tem essa capacidade, o que não é meu caso, compondo melodias e encontrando combinações que reflitam nossos sentimentos. Quem tem a facilidade em transformar seus sentimentos em palavras podem compor letras de música, de acordo com as emoções que esteja sentindo. Então, use e abuse da música para sua saúde, seja ela física, mental ou espiritual. Seja mais feliz, cante, toque, ouça músicas, deixe de andar na escuridão! Era um tempo de felicidade para o cantor e compositor Toquinho, afinal, ele estava apaixonado. Tudo é motivo para alegria, até mesmo uma frase vista em um para-choque de caminhão. A frase era: “Se o amor é fantasia eu me encontro ultimamente em pleno carnaval”. Assim nasceu “Escravo da Alegria”, numa parceria de Toquinho com Mutinho e aqui temos Toquinho e Vinicius de Moraes, com a música que foi lançada no álbum de Vinícius de Moraes, “Um pouco de ilusão”, em 1980. https://youtu.be/sJp-2ebk-ws E vamos falar de música clássica! Você sabia que a música clássica aumenta a eficiência cerebral para processar informações? Quando você precisar se concentrar, uma boa música clássica pode ser uma alternativa. Vários estudos acadêmicos vêm mostrando que ouvir música clássica beneficia o cérebro, os padrões de sono, o sistema imunológico e os níveis de estresse. Uma pesquisa na França, descobriu que os alunos que ouviram uma palestra de uma hora em que música clássica foi tocada ao fundo, fizeram mais pontos em um questionário sobre a palestra, em comparação a um grupo semelhante de alunos que ouviram a mesma palestra, porém, sem música. Segundo os pesquisadores, é possível que a música coloque os alunos em um estado emocional elevado, tornando-os mais receptivos às informações. Uma pesquisa do Duke Cancer Institute, nos EUA, mostrou que a música clássica pode diminuir a ansiedade. Um grupo de homens que foram submetidos a uma biópsia estressante, ao escutarem concertos de Bach, não tiveram aumento na pressão arterial durante o procedimento e relataram ter sentido menos dor que outro grupo que não ouviu a música. Cientistas da Universidade de San Diego compararam as mudanças na pressão arterial entre indivíduos que ouvem música clássica, jazz ou pop. Aqueles que ouviram música clássica tiveram pressão arterial significativamente menor. Mesmo quando você não presta atenção, a música clássica ajuda a relaxar. Foi o que descobriu um estudo russo publicado na revista Human Physiology. Crianças que ouviram música clássica por uma hora ao dia durante seis meses exibiram mudanças cerebrais que indicavam maiores níveis de relaxamento, mesmo quando as crianças não eram solicitadas a prestar atenção à música. Já um estudo da Universidade de Toronto descobriu que ouvir música clássica antes de dormir ajuda as pessoas a adormecer mais rápido e a dormir por mais tempo, auxiliando, ainda, no alivio da insônia. Quando eu estava pesquisando sobre o tema deste episódio, encontrei um artigo em um site da University of Southern California, falando sobre alunos que ficam ouvindo música clássica quando estão em época de provas e o artigo falava sobre duas rádios que só tocam música clássica, o dia todo, todos os dias. São a KUSC de Los Angeles e a KDFC de San Francisco. As duas rádios tem um aplicativo que permite baixar no celular e escutar. Eu baixei o aplicativo da KUSC e fiquei ouvindo música clássica, durante boa parte da elaboração do roteiro deste episódio, como essa, que estamos ouvindo ao fundo. Conhecem ela? O compositor russo Piotr Ilitch Tchaikovsky compôs o balé O Quebra Nozes, em 1892, um ano antes de sua morte. A Valsa das Flores faz parte desta obra. Aqui temos a Sinfônica de Berlim, com a regência do maestro Daniel Barenboim (https://youtu.be/VUF9g9V-Ang). Você já percebeu como a música leva os bebês a dormirem? Por isso são chamadas de cantigas de ninar. Aquelas músicas usadas para ninar os bebês são nossas primeiras experiências de contato com a música e isso acaba por se fixar em nossa memória, nos acompanhando por toda a vida. Vários estudos mostram que a música pode provocar uma verdadeira revolução em nosso cérebro, com liberação de hormônios e substâncias químicas que aliviam estresse, ansiedade e causam relaxamento, prazer, disposição e energia. A música se coloca como um dos principais combustíveis que movem e estimulam o ser humano. Percebam como uma canção de ninar mexe com nossas emoções... Essa é a " Canção de ninar", Op. 49, n°. 4, do compositor alemão Johannes Brahms, composta em 1868. https://youtu.be/uzk5QkiK8aE Encontrei o depoimento de Wesley Fonseca, cantor e apresentador do programa Caixa de Música da TV Novo Tempo a respeito da música e as emoções que ela provoca. Wesley disse que, quando vai cantar nas igrejas, recebe feedbacks das pessoas que dizem que o programa se mostra como um bálsamo na vida delas, que elas se sentem bem, ouvindo as músicas que são apresentadas no programa. É, Wesley, a música tem esse poder, de fazer coisas maravilhosas acontecerem. Um vídeo que viralizou na internet, em 2019, ilustra bem o poder da música em nosso cérebro e na memória. No vídeo, a ex-bailarina espanhola, Marta Cinta Gonzales, a principal dançarina do Ballet de Nova York na década de 1960, já bem idosa e sofrendo de Alzheimer, estava em um lar para idosos quando a organização Música Para Despertar colocou o conhecido acorde de O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky para ela ouvir em um fone de ouvido. A ONG promove o uso da música como terapia contra demências. A resposta de Marta foi emocionante. Ela começou a ensaiar os movimentos da dança, mesmo sentada em uma cadeira de rodas e com a memória afetada pela doença degenerativa. A ex-bailarina faleceu em março de 2020. Para vocês curtirem, ao fundo temos exatamente a música que despertou sensações e memórias adormecidas na ex-bailarina espanhola. O Lago dos Cisnes, aqui com a Orquestra Sinfônica do Tetro Mariinsky, de Moscou, sob a regência do maestro Victor Fedotov, em 2005. https://youtu.be/PqjJSpVVD1U?list=PL3A_1s_Z8MQbsAN2atAJuoslhuqlyj8L4 De acordo com a musicoterapeuta e educadora musical, Maria Helenita Bernal, estudos vem demonstrando que o ser humano tem uma dimensão musical. Assim, ainda no útero, um dos primeiros sentidos a funcionar é a audição e um dos últimos que param de funcionar, com a memória musical sendo preservada, mesmo quando as outras não mais respondem. E trago mais estudos sobre música clássica e saúde. Uma pesquisa de 2015 feita por pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia, associa a prática de ouvir música clássica ao aumento da produção de dopamina, um neurotransmissor responsável pela ativação dos circuitos de recompensa do cérebro, ou seja, pela sensação de prazer. Outro estudo, da Universidade de Stanford, nos EUA, também aponta que, ao ouvir música, principalmente clássica, ocorre um aumento no fluxo sanguíneo em várias áreas cerebrais, responsáveis pela cognição e pela emoção, aumentando a produção de dopamina. Então, aqui estão os principais benefícios que a música clássica traz para nossa saúde: Diminui a pressão arterial. Preserva a memória. Estimula a criatividade. Reduz os níveis de estresse. Aumenta a capacidade intelectual. Ajuda a combater a depressão e a melancolia. Melhora a qualidade do sono. Alivia a dor. Melhora a produtividade. Melhora o humor. Melhora o desempenho na prática de exercícios físicos. Então, mais do que provado que a música clássica só traz benefícios para nós. Que tal incorporar o hábito de ouvir um pouco de música clássica em sua rotina diária? E olha isso! Um estudo publicado na revista JAMA Network Open, em março de 2022 fez uma revisão de 26 estudos anteriores, abrangendo 779 pessoas e concluiu que existe um impacto positivo no ato de cantar, tocar ou ouvir música, apresentando o mesmo benefício que, por exemplo, investir em exercícios de perda de peso. Pesquisas anteriores já mostraram que a música gospel atua como medida de prevenção contra doenças cardíacas, e também sugeriram que a participação em coral pode ajudar pessoas que estejam se recuperando de um câncer. Os pesquisadores disseram que existem evidências crescentes sobre a capacidade da música em promover o bem-estar e a qualidade de vida, no que diz respeito à saúde. No contexto do Espiritismo, trago partes de uma entrevista que está na Revista Espírita de maio de 1858. Nela o Espírito daquele que foi Mozart, em vida terrena, diz que vive no planeta Júpiter e lá, segundo ele, há melodia em toda parte: no murmúrio da água, no crepitar das folhas, no canto do vento; as flores sussurram e cantam; tudo torna os sons melodiosos. E ele nos faz uma advertência, para que sejamos bons e assim possamos conquistar esse planeta pelas nossas virtudes. E ele arremata dizendo que a música religiosa auxilia a elevação da alma. Nesta mesma Revista Espírita, agora na edição de maio de 1861, temos uma contribuição do espírito Lamennais, intitulado A PINTURA E A MÚSICA, recebida pelo médium Alfred Didier, na Sociedade Espírita de Paris. Lamennais foi um escritor, filósofo e padre francês e um dos grandes contribuintes em O Evangelho Segundo o Espiritismo. No texto, Lamennais diz que a arte foi definida cem mil vezes: é o belo, o verdadeiro, o bem. A música, que é um dos ramos da arte, pertence inteiramente ao domínio da sensação. E diz ainda, que, ao seu ver, a música é a arte que vai mais diretamente ao coração. Allan Kardec, na edição de setembro da Revista Espírita de 1864, narra uma experiência realizada em um presídio, onde a música havia sido implementada. No artigo, cujo título é “Influência da música sobre os criminosos, os loucos e os idiotas”, Kardec diz: Em todos os tempos tem-se reconhecido a influência salutar da música para o abrandamento dos costumes. Sua introdução entre os criminosos seria um progresso incontestável e só poderia dar resultados satisfatórios; e Kardec completa dizendo que a música move as fibras entorpecidas da sensibilidade e as predispõe a receber as impressões morais. O que você sente, ao ouvir essa música, por exemplo? Aqui temos a linda música Fala com Deus, com os irmãos Tim e Vanessa, música do álbum Verbos, de 2003. https://youtu.be/3X_jK4m24yQ. Mas, não é toda música que nos traz coisas boas, não é mesmo? Só para descontrair um pouco, trago aqui um trecho da fala de Ariano Suassuna, na Aula Magna intitulada "Raízes Populares da Cultura Brasileira" realizada no Theatro Municipal de Paulínia (SP) em 2009. Ariano fala a respeito da qualidade da música brasileira. É hilário. Grande Ariano. Esse é um daqueles que deveriam ter ficado mais tempo aqui, entre nós. Pois então, a música entra no contexto da formação do indivíduo e, como o indivíduo é parte da sociedade, podemos perceber que as sociedades vão sendo esculpidas, de acordo com as características daqueles indivíduos que as compõem e a música tem seu papel nesta construção. No livro A República, escrito no século IV a.C., o filósofo grego Platão traz um diálogo narrado por Sócrates, onde ele fala da importância da educação através da música e da ginástica. Falando a respeito da educação pela música, Sócrates diz: a educação musical é a parte principal da educação, porque o ritmo e a harmonia têm o grande poder de penetrar na alma e tocá-la fortemente, levando com eles a graça e cortejando-a, quando se foi bem-educado. Mais à frente ele diz que, quando damos mais importância à outros elementos, que não a música, temos a formação de governos formados por homens cobiçosos de riquezas. Neste tipo de homem, um aspecto sobressai, conforme explica Sócrates: Há nele um único aspecto que é nitidamente distinto, resultante do fato de nele predominar o elemento irascível: é a ambição e o amor das honrarias. E completa dizendo: Um homem desse tipo amará as riquezas, porque a sua natureza incita-o à avareza, e a sua virtude, privada do seu melhor guardião, não é pura. Questionado qual seria esse guardião, Sócrates responde: A razão aliada à música. Só ela, quando entranhada na alma, se mantém toda a vida como defensora da virtude. Dai, então, percebemos como é importante a razão aliada à música e como a qualidade da música acaba por influenciar não somente um indivíduo, mas, toda uma sociedade. Você tem ideia que a música afeta, de modo positivo, tanto a estrutura, quanto a função de diferentes regiões do cérebro, promovendo alterações no modo como essas regiões se comunicam e, também, a reação do cérebro frente a diferentes estímulos sensoriais? Yunxin Wang, membro da Universidade de Pequim e pesquisador chefe de um estudo, declarou que iniciar o aprendizado musical, logo nos primeiros anos de vida, provoca uma transformação cerebral. O estudo foi realizado com imagens do cérebro de 48 chineses com idades entre 19 e 21 anos que estudaram música por, no mínimo, um ano durante a infância. Aqueles que tinham começado a estudar música antes dos sete anos de idade apresentavam um maior desenvolvimento em áreas cerebrais, associadas à audição e à percepção pessoal. A Universidade de Quebec, no Canadá, vem pesquisando sobre a relação da música com os órgãos dos sentidos, relação esta que pode ser usada em processos de reabilitação física, para pessoas com algum tipo de deficiência, pessoas se recuperando de problemas cardíacos, doenças degenerativas ou, vejam só que coisa boa, podem auxiliar no processo de envelhecimento. O Instituto Karolinksa, da Universidade de Estocolmo, na Suécia, fez um estudo, utilizando ressonância magnética funcional, para observar a improvisação musical de um grupo de 39 pianistas com variados níveis de treinamento. Descobriu-se que, pianistas mais experientes tiveram maiores efeitos específicos na rede neural envolvida na criatividade musical. De acordo com a pesquisa, pianistas com experiência em jazz mostraram maior conectividade entre três importantes regiões do lobo frontal. Vale lembrar que o jazz, possui um ritmo não linear e sua maior marca é a improvisação, principalmente quando de sua origem. Laura Ferreri, é uma das pesquisadoras da Universidade de Lyon, na França, que fez um estudo para compreender sobre o funcionamento dos mecanismos neuroquímicos que acontecem quando ouvimos música. Segundo ela, ouvir as músicas que você gosta faz com seu cérebro libere mais dopamina, um neurotransmissor crucial para o funcionamento cognitivo e emocional dos humanos. A dopamina relaciona-se com sentimentos, como o amor. Pois então, os sons e as melodias funcionam muito além das sensações prazerosas que as canções que nos agradam podem trazer. A musicoterapia utiliza a música, especificamente, como tratamento. É uma maneira de tratar pacientes por meio da música e seus componentes, como ritmo, som, melodia e harmonia, com objetivos terapêuticos, sejam eles físicos, emocionais, mentais, sociais ou cognitivos. De acordo com a Dra. Ângela Fajardo, educadora musical e presidente da Associação de Musicoterapia do DF, em uma matéria do jornal Correio Brasiliense, de novembro de 2021, os elementos sonoros são usados de acordo com o objetivo terapêutico destinado a um paciente ou grupo de pacientes, e ela pode ser ativa ou passiva, dependendo das necessidades e capacidades individuais. Dias atrás vi uma matéria na TV sobre um rapaz autista que é fã do Coldplay e conseguiu ir no show deles no Morumbi, em São Paulo. A música do Coldplay auxiliou muito nos processos de comunicação e socialização deste rapaz e a matéria, também falou a respeito da musicoterapia ser utilizada no tratamento do Transtorno do Espectro Autista, seja tocando um instrumento, cantando ou simplesmente escutando e se deixando levar pela música. Quando começo a pesquisar sobre o tema do episódio em que estou trabalhando, acabo por encontrar algumas preciosidades, principalmente no que diz respeito a músicas. Tigran Hamasyan é um compositor e pianista de jazz arménio, que toca, principalmente, composições originais, com uma forte influência da tradição musical de seu país. Para Hamasyan, a música é a forma que ele encontra de se exprimir e, mais importante, de se aproximar de Deus. Para ele, a música traz um sentimento de alegria e de elevação espiritual inexplicáveis. Ele diz que a conexão que sente com a espiritualidade e a sensação de euforia subjacente é algo muito especial. Se tiverem interesse, procurem suas músicas nos diversos aplicativos disponíveis. Deixo aqui uma amostra de seu trabalho, a música All the Things You Are, que faz parte do álbum StandArt, de 2022. Eu tenho escutado muita coisa dele, ultimamente! (https://youtu.be/4Eo8CiILKnw) São muitos estudos sendo feitos e percebemos que a neurociência vem demonstrando que a exposição à música afeta o funcionamento cerebral, o ajudando a se desenvolver e ativar determinadas regiões. Então, a música, realmente tem esse poder, de afetar diretamente nossas emoções e nossa saúde, física e mental. Poderíamos ficar aqui, falando sobre os efeitos da música em nossa saúde, mas, assim como toda música tem seu final, nosso episódio, também vai chegado ao fim. Mas, antes de finalizar, trago uma contribuição do filósofo alemão Nietzsche. Em seu livro Crepúsculo dos Ídolos, de 1888, ele diz: Quão poucas coisas são necessárias para a felicidade! O som de uma gaita. - Sem música a vida seria um erro. O alemão imagina Deus cantando canções. Sensacional, meu caro Nietzsche e obrigado, a minha esposa Vanessa, que compartilhou a frase de Nietzsche, comigo, o que me motivou a pesquisar sobre ele. E a genialidade de Nietzsche transcende a filosofia e ele, como um artista, inicialmente, pensou a música como seu principal meio de expressão, inclusive compôs dezenas de obras musicais, que refletem as diferentes fases de sua vida, sendo a primeira, composta quando ele tinha apenas dez anos, em 1854. Ao fundo, ouvimos, com o pianista holandês, Jeroen van Veen, uma composição de Nietzsche, de 1874, Hino à Amizade, cujo título, em alemão, eu não consigo pronunciar. (Hymnus an die freundschaft), (https://youtu.be/FYBwNcTeY7M). Este é o podcast Mundo Espiritual e a produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e o Hugo Biella é que faz a arte das capas dos episódios. Ouça ou baixe o podcast, confira o conteúdo do episódio e entre em contato conosco pelos endereços que estão na transcrição do episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). 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Bem, acho que vocês conhecem a música Espumas ao Vento, canção de Accioly Neto, de 1997, mas, talvez não conheçam essa brilhante interpretação, ao vivo, do cantor carioca, Ricky Vallen (https://youtu.be/f9w1LS1yxaw), com a qual, chegamos ao fim. Fiquem todos em paz e até nosso próximo episódio.





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