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EPISÓDIO # 48 - SOMOS TODOS POEIRA DAS ESTRELAS

  • Foto do escritor: Carlos A. Biella
    Carlos A. Biella
  • 4 de mai. de 2023
  • 1 min de leitura

Atualizado: 23 de jul. de 2023


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Somos todos poeira das estrelas.


O astrofísico Carl Sagan disse, certa vez que “somos todos poeira de estrelas”, e será esse o tema do episódio de hoje. Então, sejam todos muito bem-vindos e aproveitem.

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Saudações a todos. Este é o podcast Mundo Espiritual. Eu sou Carlos Biella e a produção, edição e a apresentação são minhas. A arte das capas dos episódios é feita pelo Hugo Biella. Ouça ou baixe o podcast, confira o conteúdo do episódio e entre em contato conosco. Confira os endereços na transcrição do episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual), e Instagram (https://www.instagram.com/podcastmundoespiritual/). Procure-nos, também, nas diversas plataformas players de podcast. Carl Edward Sagan, foi um astrofísico, cosmólogo, astrobiólogo, professor universitário e escritor norte-americano. Nos anos 1980, Carl Sagan criou uma série de televisão chamada Cosmos e estamos ouvindo ao fundo a música tema daquela série, Heaven and Hell, de autoria de Vangelis. Vangelis foi um músico grego dos estilos neoclássico, progressivo e música eletrônica. Foi autor de músicas que foram tema de vários filmes inesquecíveis, como Carruagens de Fogo, Blade Runner e 1492, a conquista do paraíso. O álbum Heaven and Hell é de 1975 e a faixa Movement 3 foi usada como tema da série Cosmos de Carl Sagan. Bem, deixe-me leva-los de volta no tempo. Venham comigo! Vamos entrar em nossa máquina do tempo e nos dirigirmos para 1980. Vamos lá. Aqui estamos, 1980, vamos ouvir um trecho do episódio 8, da série Cosmos, Viagens no espaço e no tempo. Ouçam, a voz do próprio Carl Sagan: Carl Sagan disse: A matéria é muito mais velha que a vida. Bilhões de anos antes do sol e da Terra sequer terem se formado, átomos estavam sendo sintetizados nos interiores de quentes estrelas e, então, devolvidos ao espaço, quando essas estrelas explodiram. Os planetas mais recentemente formados foram feitos destes restos de estrelas. A Terra e cada coisa viva, são feitas de poeira das estrelas. Talvez Carl Sagan tenha sido um dos maiores divulgadores da ciência, em especial da cosmologia, principalmente no século XX. Muita gente acabou sendo influenciada por ele e partiu para as carreiras científicas da física, da astronomia e da cosmologia, entre outras. Sagan faleceu em 20 de dezembro de 1996, aos 62 anos. Gratidão, Carl Sagan, por nos fazer, a muitos de nós, apaixonarmos pela ciência. Com relação a afirmação de Sagan, de sermos feitos de poeira de estrelas, o Dr. Ashley King, pesquisador do grupo de materiais planetários do Museu de História Natural de Londres, disse: é completamente verdade que quase todos os elementos do corpo humano foram formados em uma estrela e muitos foram criados através de múltiplas supernovas. Então, vamos lá, falar um pouco sobre isso. O que é poeira de estrelas? Como isso surge? Como as estrelas surgiram? Como o universo surgiu? São tantas questões, que daria para fazer um episódio só com perguntas a esse respeito. Mas, vamos tentar resumir as coisas, para facilitar. Elaborada na década de 1920, a teoria do Big Bang descreve a origem do nosso Universo a partir de uma grande explosão que ocorreu há aproximadamente 14 bilhões de anos. Teria ocorrido uma expansão violenta de uma partícula muito densa e extremamente quente e essa expansão não cessou, o que pode ser observado por meio do afastamento das galáxias. Ou seja, o universo está em expansão. Conforme houve essa explosão, as partículas incandescentes de matéria, se afastaram a uma velocidade imensa e, aos poucos foram se resfriando, originando as estrelas e os planetas. Caso isso seja a verdade, o que existiria antes deste evento? Para os que creem em Deus, sendo ele eterno, seria, então, preexistente a este evento. Mas, o que estaria Deus fazendo antes do Big Bang? Não temos a mínima ideia! Essa é Cacá Magalhães, cantora e compositora baiana, de apenas 16 anos. A música Poeira de estrelas foi composta por ela e sua irmã, Maria Júlia e foi lançada num single em 2020. (https://youtu.be/jc16Ur1YEM4) Surge uma nova teoria, a do Universo Pulsante ou Universo Oscilante. Segundo essa teoria, o universo oscilaria entre um Big Bang e um Big Crunch uma Big Implosion. Este processo pressupõe um começo, por um Big Bang e um fim de um universo, o que daria a origem a um novo Big Bang e, consequentemente, a um novo universo. Também é conhecida como a teoria do universo cíclico. Dentro desta teoria, as estrelas formadas, sendo pequenas, irão se resfriando até se tornarem uma “anã branca” e se apagarem. Mas, se elas forem muito grandes, quando resfriam, devido a sua grande gravidade, as moléculas são atraídas para dentro delas, aumentando sua gravidade e, neste ciclo, ela ficará tão densa que implodirá. Essa atração, devido a gravidade, atrai tudo o que se aproximar dela, inclusive a luz. Surge, assim, um “buraco negro”. Esses “buracos negros” seriam, portanto, estrelas grandes que, após o processo de resfriamento, colapsaram e se tornaram um verdadeiro sumidouro de matéria e energia. Deste modo, um buraco negro pode “engolir” um outro buraco negro, aumentando sua força gravitacional. Com um buraco negro engolindo outro, chegará um momento em que tudo será engolido por um único buraco negro, que terá em seu interior uma concentração energética enorme, resultando no ponto inicial para um novo “big bang”. Assim, de acordo com a teoria do universo oscilante, o universo estaria em um constante ciclo de explosão, expansão e contração. Como se o universo estivesse respirando, num constante inspirar (a contração) e expirar (a explosão). Deste modo, o “big bang” que originou o universo onde estamos, teria sido uma das etapas deste ciclo. Se entendermos que o universo é infinito, podemos imaginar que parte dele pode estar em expansão, enquanto outra parte pode estar em contração e, outra parte ainda, pode estar explodindo. Então, podemos entender que a matéria que compõem o universo e todos os corpos que nele existem, estariam em constante reciclagem. No caso do universo onde estamos, essa teoria de que ele foi formado há cerca de 14 bilhões de anos, significaria que esta parte do universo infinito, onde hoje nos encontramos, teria tido seu início, nesta época, utilizando matéria preexistente, de universos anteriores, que tiveram seu início, sua expansão e sua contração. As galáxias possuem em média centenas de bilhões de estrelas. A Via Láctea, por exemplo, possui de 150 a 400 bilhões de estrelas. Eu disse estrelas, e parece haver quase dois planetas para cada estrela presente em nossa galáxia. Quem disse isso foi o astrônomo brasileiro, Lionel José Andriato, colaborador do Observatório de Astronomia da UNESP, na cidade de Bauru, em São Paulo, observatório este que leva o seu nome. Teríamos, então, um número incrivelmente grande de estrelas e planetas compondo a nossa galáxia, a Via Láctea. Ah, estima-se que existam cerca de 200 bilhões de galáxias espalhadas pelo universo, o que somaria uma quantidade inimaginável de estrelas e planetas. E isso tudo é somente uma estimativa do universo conhecido. E quanto ao que não conhecemos? Bem, melhor é deixar pra lá. Agora estamos ouvindo outra música chamada Poeira de estrelas, música do cantor e compositor paulista, Phillip Long em parceria com João Wolf e lançada em 2017, no álbum Manifesto. (https://youtu.be/TqI4HiD_5T4) Você já percebeu qual o seu tamanho perante o universo? Vejamos. Os estudos remetem a origem do Universo, como o conhecemos, a cerca de 14 bilhões de anos. Nosso planeta, a Terra, formou-se a cerca de 4,5 bilhões de anos. Os primeiros seres vivos surgiram em nosso planeta, na forma de seres unicelulares, por volta de 3,5 bilhões de anos atrás. Somente a cerca de 225 milhões de anos é que surgiram os primeiros mamíferos, classe da qual nós, humanos fazemos parte. Dentre esses mamíferos, os primeiros hominídeos foram os Australopithecus, surgidos a cerca de 4 milhões de anos. Aqui, abro um parêntese para falar de Lucy, um fóssil que reescreveu a história da humanidade. Encontrado perto da aldeia etíope de Hadar, localizada no chamado Triângulo de Afar, no Grande Vale do Rift, leste da África, esse esqueleto fóssil seria de uma espécie, feminina, que teria vivido a cerca de 3,2 milhões de anos. Os ossos fossilizados foram escavados em 1974 e, posteriormente, os estudos indicaram uma nova espécie que recebeu o nome científico de Australopithecus afarensis. Os cientistas americanos Donald Johanson e Tom Gray, que encontraram os ossos, comemoraram a descoberta em seu acampamento ouvindo "Lucy in the Sky with Diamonds", música dos Beatles, razão pela qual o fóssil teria ficado conhecido com o nome Lucy. Atualmente é chamado, Dinknesh, que significa "Tu és maravilhosa!" em amárico, que é a língua oficial na Etiópia. Aqui no Brasil temos um fóssil, também feminino, encontrado em 1975 por uma arqueóloga francesa, Annette Laming-Emperaire, na região de Lagoa Santa, em Minas Gerais. Esse fóssil, considerado talvez o mais antigo da América, foi batizado pelo antropólogo brasileiro Walter Neves como Luzia, em homenagem à Lucy. Mas, voltemos ao nosso raciocínio anterior. Sabemos, então que o Universo, como o conhecemos, teria se originado a 14 bilhões de anos. A Terra originou-se a 4,5 bilhões de anos. Os primeiros seres vivos surgiram a 3,5 bilhões de anos, com os primeiros mamíferos somente aparecendo a cerca de 225 milhões de anos e os primeiros hominídeos, os Australopithecus, surgiram a cerca de 4 milhões de anos. As primeiras espécies representantes do gênero Homo, surgiram por volta de 2,5 milhões de anos, com o Homo habilis, que levou esse nome por ter a habilidade em manusear instrumentos. Somente a cerca de 200 mil anos atrás é que surgem os primeiros Homo sapiens, espécie da qual fazemos parte e que somos os únicos representantes. Somos somente uma espécie com mais de 8 bilhões de representantes em nosso planeta. Agora, respondendo à pergunta que fiz logo atrás, se você já percebeu qual o seu tamanho perante o universo, você é 1 entre 8 bilhões de indivíduos da espécie Homo sapiens, que compõe um conjunto de cerca de 3 bilhões de espécies de seres vivos, vivendo em um planeta que circula uma estrela, entre cerca de 160 bilhões de planetas e 200 bilhões de estrelas, que compõe nossa galáxia, a Via Láctea, que é uma entre cerca de 200 bilhões de galáxias no Universo que conhecemos. Então, sim, você é insignificante, em relação ao universo. Nós somos insignificantes diante do universo. Reconheçamos, então, nossa pequenez diante do Universo, como disse Emmanuel no livro Pensamento e Vida, psicografado por Chico Xavier e lançado em 1958. Neste livro, no capítulo 24, Humildade, Emmanuel diz: Magnificente, o Sol, cada dia, oscula a face do pântano sem clamar contra o insulto da lama; a flor, sem alarde, incensa a glória do céu. Filtrada na aspereza da rocha, a água se revela mais pura, e, em seguida às grandes calamidades, a colcha de erva cobre o campo, a fim de que o homem recomece a lida. A carência de humildade, que, no fundo, é reconhecimento de nossa pequenez diante do Universo, surgem na alma humana doentios enquistamentos de sentimento, quais sejam o orgulho e a cobiça, o egoísmo e a vaidade, que se responsabilizam pela discórdia e pela delinquência em todas as direções. É, mesmo sendo tão insignificantes perante o universo, ainda cultivamos orgulho e vaidade em nós. Então, reconheçamos que somos, somente poeira estelar. Essa é a música Poeira estelar, com a banda gaúcha Fresno. A música é de Lucas Silveira e fez parte do álbum A Sinfonia de Tudo Que Há, de 2016. (https://youtu.be/WVjb_oBwhVo) Mas, voltemos a nossa formação do universo. E quanto ao sol, como teria se formado nosso sol? Sabrina Savage, cientista do projeto Hinode da NASA disse certa vez: "O sol é assustador e lindo, e também é o melhor laboratório de física em nosso sistema solar". Embora pareça estar vazio, o espaço está repleto de gases e poeira, a maior parte composta pelos elementos hidrogênio e hélio, que são sobras da morte violenta de estrelas. Por volta de 4,6 bilhões de anos atrás, ondas de energia viajando através do espaço pressionaram nuvens dessas partículas de poeira e gases, mais próximas, e a gravidade fez com que elas entrassem em colapso e então começassem a girar. Esse giro fez com que essa nuvem de poeira e gases, começasse a se achatar, formando um disco, parecido com uma panqueca. Na região central deste disco, o material aglutinou-se, formando uma protoestrela que, posteriormente, acabaria por se tornar o sol. Então, nosso Sol, como uma estrela, nasceu de um colapso gravitacional de parte de uma gigantesca e densa nuvem molecular de gás e poeira, que gerou, primeiro, uma protoestrela. Essa protoestrela era uma bola gasosa de hidrogênio e hélio ainda não alimentada por fusão. Com o passar de dezenas de milhões de anos, internamente, tanto a temperatura, quanto a pressão do material interno aumentaram, iniciando o processo de fusão do hidrogênio que impulsiona o sol atualmente. Essa formação do sol, não ocupou a totalidade de elementos que compunham a nuvem da qual nasceu e o material que sobrou, continuou a orbitar a estrela, originado os planetas que compõem o nosso sistema solar. As teorias apontam que, daqui a bilhões de anos, todo hidrogênio do Sol se esgotará e ele, então, se transformará em uma gigante vermelha, tão grande que seu raio se estenderá até a órbita da Terra. Também todo o hélio presente em seu núcleo, será consumido e o sol, então, se tornará uma anã branca. Estudos publicados na conhecida revista Science, em 2014, revelam que o material que deu origem ao Sol e aos planetas que compõem o sistema solar, se separou do restante da nuvem molecular que foi seu berçário na Via Láctea por volta de 30 milhões de anos antes do sol nascer. Assim, o sol, a estrela do nosso sistema solar, formou-se a 4,6 bilhões de anos e nosso planeta, a Terra, formou-se a 4,5 bilhões de anos. De uma forma bem resumida, o sol, uma estrela, foi criado pelo material que restou da explosão de uma outra estrela. Desta explosão estelar, originou-se uma nuvem de gases e poeira que vagou pelo universo até encontrar um local onde começou a se acomodar e girar, dando origem a uma massa que posteriormente entrou em processo de incandescência. Do mesmo modo, os planetas do sistema solar, foram formados dos resíduos destas explosões de estrelas no universo. Ainda de modo resumido, digo que as estrelas, como o sol, são formadas basicamente de hidrogênio, composto por um próton. Esse hidrogênio ao explodir, gera a luz e, com o passar do tempo, agrega mais um próton, transformando-se em hélio. Esse hélio, ganhando mais um próton, através do constante bombardeio de átomos que ocorre, transforma-se em lítio, que sucessivamente, ao ganhar mais um próton, origina o berílio. Assim, então, os elementos químicos vão sendo formados. É a energia se transformando em matéria, e a matéria se transformando em energia. Albert Einstein previu essa possibilidade em 1905, ao formular sua teoria da relatividade. É aquela famosa fórmula: E=mc2 Ao olharmos para um céu estrelado ou mesmo para o nosso próprio Sol, devemos agradecer, não somente pelo fato de as estrelas enfeitarem nossa noite ou ao fato de o sol iluminar, aquecer e proporcionar a diversidade da vida na Terra, principalmente por meio da fotossíntese. Simplesmente tudo o que vemos, tocamos e sentimos ao nosso redor, seja vivo ou não vivo, seja animal, vegetal ou mineral, tudo, só existe devido a essas estrelas. As estrelas apenas são as responsáveis por criar quase todos os elementos químicos da nossa tabela periódica. Vejam bem, no Universo, existem estrelas de todos os tamanhos. A massa do sol é calculada em cerca de 1,98 x 1031 kg. É pesado pra dedeu! Tem uma classificação que utiliza a massa do sol para classificar as estrelas. Assim, existem as chamadas estrelas de massa baixa que pesam menos que 8 vezes a massa do sol. E as estrelas massivas possuem mais de 8 vezes a massa do sol. Essa classificação permite perceber que esses dois grupos de estrelas possuem ciclos evolutivos distintos. As estelas de massa baixa, ao terminar seu combustível nuclear, o H, inicialmente se expandem para depois encolherem e apagarem, mantendo sua massa em um núcleo denso, frio e rico em carbono, que são as chamadas de anã branca. Já as estrelas massivas, ao final de seu combustível nuclear, iniciam um movimento de expansão seguido de um colapso onde toda a sua massa gigantesca precipita sobre o seu núcleo, causando uma gigantesca explosão. Esse momento catastrófico é chamado de supernova. Então, estrelas de tamanhos diferentes, são capazes de produzir átomos diferentes pela adição de prótons. Ou seja, estrelas de massa muito baixa produzem praticamente só He a partir da fusão do H, num processo de nucleossíntese. Na maioria das estrelas de baixa massa, o processo de nucleossíntese prossegue somente até a formação do núcleo de carbono, mas, nas estrelas massivas, esse processo segue por fusão nuclear até a formação do ferro. Cada elemento forma uma camada concêntrica ao redor do núcleo da estrela, se ordenando de modo decrescente em relação à densidade, do centro para fora. Quando as estrelas começarem a se tornar gigantes vermelhas, essas camadas de elementos químicos são lançadas para o espaço, formando uma “nuvem”. Posteriormente, ocorre uma contração do núcleo da estrela, que se apagará e se transformará numa anã branca. No caso das estrelas massivas, quando ocorre a explosão como uma supernova, há uma ejeção do todos os elementos formados, em direção ao espaço circundante. Segundo os estudos, durante o processo de formação da supernova, todos os demais elementos mais pesados que o ferro, são formados. Uma vez ejetados para o espaço circundante, essas nuvens formadas de material estelar, possuem, basicamente, todos os elementos que conhecemos hoje no nosso planeta. Então, em resumo, somos feitos de matéria estelar... Essa é Rhaissa Bittar, cantora e compositora paulista, com a música Matéria estelar, de 2014, do álbum que tem o mesmo nome, Matéria Estelar. (https://youtu.be/N2WdvKTAPmc) Agora, o que é interessante é perceber que nosso corpo é formado por uma série de elementos químicos, que vão se juntando para formar as células, os tecidos, os órgãos, os sistemas e tudo o que nos compõem. Somos formados por carbono, hidrogênio, oxigênio, cálcio, fosforo, nitrogênio, enfim, uma série de elementos químicos. De onde vieram esses elementos químicos? São os mesmos elementos químicos que se encontram em nosso planeta, que são utilizados para formação dos corpos vivos e não vivos, dos animais, dos vegetais e dos minerais. Estão presentes na água, no solo, nas rochas, nas plantas, nos animais, em nós, enfim, os elementos químicos estão presentes em nosso planeta. E esses elementos vão sendo reciclados, formando nossos corpos, vivos ou não, que posteriormente entrarão em decomposição, liberando os elementos químicos utilizados, para que outros corpos sejam formados. É a lei de conservação da matéria, postulada em 1785, pelo químico francês Antoine Laurent Lavoisier. Também conhecida como Lei da Conservação das Massas, ela diz o seguinte: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Assim, as substâncias químicas quando reagem, não são perdidas, são transformadas em outras, de forma que esses elementos ainda permanecem, no entanto, de forma diferente, pois seus átomos são rearranjados, de acordo com a lei: "A soma das massas das substâncias reagentes é igual à soma das massas dos produtos da reação." Quando plantamos uma semente, ela irá germinar, utilizando os elementos químicos que conseguir retirar do solo e, depois, ao morrer, devolverá esses elementos químicos novamente ao solo, para serem utilizados por outras plantas. Assim também ocorre com nosso corpo. Então, de onde vieram os elementos químicos que estão compondo meu corpo? Simples, vieram de estrelas. Somos formados por resíduos de estrelas que explodiram em algum momento, em algum lugar do universo, e forneceram elementos químicos que deram origem ao nosso planeta e que acabaram compondo tudo o que nele existe, incluindo nós mesmos. Ou seja, somos todos formados por poeira de estrelas. Aqui temos a cantora e compositora pernambucana Lara Klaus, com participação da cantora Flaira Ferro, com a música Poeira estelar, que foi lançada em single no ano de 2021. (https://youtu.be/P0hJ42Saw4g) Bem, esses elementos que estavam em alguma estrela e que foram lançados no espaço, tornam-se disponíveis para serem usados na formação de novas gerações de estrelas e, consequentemente, de novos planetas que as orbitarão. Essa é a matéria prima que originou o nosso sistema solar há cerca de 4,5 bilhões de anos. Fomos formados pelo mesmo processo que, um dia, levará ao final do nosso Sol e, com ele o nosso planeta e, provavelmente, todo nosso sistema solar. Isso está previsto para ocorrer daqui a 5 ou 6 bilhões de anos. Quem viver, verá… É, nosso planeta um dia vai chegar ao fim. Não sabemos quando, mas, este episódio de hoje, vai se acabando agora. Este é o podcast Mundo Espiritual e a produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e o Hugo Biella é que faz a arte das capas dos episódios. Ouça ou baixe o podcast, confira o conteúdo do episódio e entre em contato conosco pelos endereços que estão na transcrição do episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual), e Instagram (https://www.instagram.com/podcastmundoespiritual/). Procure-nos nas diversas plataformas players de podcast. Se você se interessar, tenho minhas palestras e vários outros vídeos em meu canal no YouTube. Procure por Carlos Biella, inscreva-se no canal e nos acompanhe. Deixei o link na transcrição do episódio (https://www.youtube.com/channel/UCMpcMSh6nbb9LtujlgfabOA). Trago aqui um trecho do livro A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier e lançado em 1939. Está no primeiro capítulo, Gênese Planetária, no item Os primeiros tempos do orbe terrestre. Diz Emmanuel: Laboratório de matérias ignescentes, o conflito das forças telúricas e das energias físico-químicas opera as grandiosas construções do teatro da vida, no imenso cadinho onde a temperatura se eleva, por vezes, a 2.000 graus de calor, como se a matéria colocada num forno, incandescente, estivesse sendo submetida aos mais diversos ensaios, para examinar-se a sua qualidade e possibilidades na edificação da nova escola dos seres. As descargas elétricas, em proporções jamais vistas da Humanidade, despertam estranhas comoções no grande organismo planetário, cuja formação se processa nas oficinas do Infinito. Assim, então, falamos a respeito da criação do universo e de tudo que nele existe, existiu e ainda existirá. Não falamos aqui sobre a origem da vida em nosso planeta. Deixo isso para um outro episódio. É, eu chego à conclusão de que Carl Sagan tinha razão, nós somos todos poeira das estrelas. Para finalizar, Rubem Alves, em sua coluna na Folha de São Paulo, do dia 6 de fevereiro de 2007, com o título, A bela azul: Como A Terra é bela! Certos estavam os teólogos e astrônomos antigos em colocá-la no centro do universo! Os astrônomos modernos e os geômetras se riram da sua ingenuidade e presunção... Ora, a terra, essa poeira ínfima, perdida em meio a bilhões de estrelas e galáxias centro em torno do qual todo o universo gira? Mas eles, cientistas, não sabem que há duas formas de determinar o centro. Pode-se determinar o centro com o cérebro e pode-se determinar o centro com o coração. O cérebro mede o espaço vazio com réguas e calculadoras para assim determinar o seu centro geométrico. Mas para o coração o centro do universo é o lugar do amor... Deixo vocês com a música Poeira de estrelas, agora com a Validuaté, uma banda lá do Piauí. A música é de Glauco Luz e Zé Quaresma e foi lançada no álbum de 2018, Manual de Instruções Para. (https://youtu.be/gcod2aVrGeo). Fiquem todos em paz, neste lindo ponto azul, perdido na imensidão do universo, repleto de poeira de estrelas, e até nosso próximo episódio.


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