EPISÓDIO # 50 - ANALISANDO A MÚSICA O PORTÃO
- Carlos A. Biella
- 29 de jun. de 2023
- 1 min de leitura
Atualizado: 23 de jul. de 2023

Analisando a música o portão.
Quem um dia saiu da casa de seus pais e depois de algum tempo, retornou, deve se emocionar quando ouve esta música. Mas, afinal do que ela fala? Será sobre a música O Portão que trataremos no episódio de hoje. Sejam todos muito bem-vindos, podem abrir o portão e aproveitem.
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Saudações a todos. Este é o podcast Mundo Espiritual. Eu sou Carlos Biella e a produção, edição e a apresentação são minhas. Já a arte das capas dos episódios é feita pelo Hugo Biella. Ouça ou baixe o podcast, confira o conteúdo do episódio e entre em contato conosco. Os endereços estão na transcrição do episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual), e Instagram (https://www.instagram.com/podcastmundoespiritual/). Procure-nos, também, nas diversas plataformas players de podcast. A cada dez episódios, fazemos um especial, onde analisamos alguma música. Foi assim com o episódio 10, onde analisamos a música Pais e Filhos; o 20, com a música Tocando em Frente; o 30, com a música Encontros e Despedidas e o 40 com a música Clareou. Os episódios estão no meu blog e nas plataformas que disponibilizam podcasts para serem ouvidos. Quem não ouviu, busque lá. Quem quiser ouvir novamente, também. Pois bem, esse é o episódio 50 e vamos falar sobre a música O Portão, da dupla Roberto e Erasmo Carlos. E começo falando sobre ele, Roberto Carlos Braga! Roberto Carlos nasceu em 1941 na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo e seu começo musical foi, ainda menino, cantando na rádio local, a Rádio Cachoeiro do Itapemirim. Com 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro onde, no bairro da Tijuca, acabou conhecendo figuras importantes da música nacional como Jorge Bem, Tim Maia e aquele que viria ser seu maior parceiro, Erasmo Carlos. Roberto passeou pela bossa nova e pelo rock, que ganhava o mundo graças aos Beatles. Eram os primeiros anos da década de 1960 e em 1965, Roberto foi convidado a apresentar o programa "Jovem Guarda", aos domingos, na TV Record, juntamente com Erasmo Carlos e Wanderléa. O movimento musical que ficou conhecido com o nome do programa, Jovem Guarda, ficaria em evidência até o início dos anos 1970, quando se inicia a carreira romântica de Roberto Carlos. Em 1968, Roberto venceu o Festival de Música de Sanremo, na Itália, com a música Canzone per Te, de Sergio Endrigo e Sergio Bardotti. Em 1969 lança seu primeiro disco homônimo e a partir daí, o estilo romântico fica evidente em, praticamente, todas as suas músicas. É a partir deste disco de 1969, que todos os discos de Roberto Carlos não mais tiveram título, sendo todos lançados como Roberto Carlos e trazendo o ano de lançamento. Assim, no ano de 1974, Roberto lança um dos seus melhores discos: Roberto Carlos, 1974. O disco trazia músicas como Despedida, A Deusa da Minha Rua, É Preciso Saber Viver e Eu Quero Apenas, entre outras tantas músicas que são sucesso até hoje. E é neste disco, Roberto Carlos, 1974, na terceira faixa do lado A, que temos a música O Portão. E para começar, trago o maestro Eduardo Lages ao piano. Ele que é responsável por grande parte dos arranjos das músicas de Roberto Carlos. A música fez parte do álbum Nossas Canções, de 2009. Para compor este episódio, fiz uma pesquisa sobre a canção, buscando várias análises. Usei, também, o episódio 10, do Podcast Clube da Música Autoral, do meu amigo Gilson de Lazari, que fala sobre essa música. Quem quiser conferir, deixei o link na transcrição deste episódio (https://www.clubedamusicaautoral.com.br/10oportao/). Gilson é conterrâneo, lá de Novo Horizonte, interior de São Paulo, onde morei a primeira parte de minha vida. Grande abraço, Gilson! A música, O Portão, pode ser interpretada de várias maneiras. Cada um de nós, quando a ouve, pode dar uma explicação. Mas, o que a música provoca em praticamente todos que a escuta, é uma emoção muito grande. Não sei vocês, mas eu me emociono sempre que a ouço. Então, vamos lá, abrir o portão e analisar essa música. Ao longo do episódio, trarei algumas versões da música, como essa, na voz de Ângela Maria. https://youtu.be/9wnzTOpU3z0 A música parece contar a história de alguém que regressa a um lugar que lhe traz memórias importantes. Chega e logo no portão, seu cão o recebe, feliz. A pessoa percebe que pouca coisa mudou durante sua ausência, mas que a maior mudança ocorreu nele mesmo. O personagem diz que passou por muitas coisas, mas que voltar para casa era o melhor a fazer. Ele diz que toda sua bagagem é deixada pelo chão. Abre a porta, com cuidado, para que a nova luz ilumine, primeiro, seu passado. Entra e encontra as mesmas coisas que havia deixado para trás, inclusive um seu retrato na parede, já amarelado pelo tempo. De repente, dois braços abertos lhe recebem, abraçando-o como antigamente. Assim, ele está de volta, para as coisas que deixou, sabendo que ali era o seu verdadeiro lugar e tem a certeza de que, agora, ele viria para ficar. Eu cheguei em frente ao portão Meu cachorro me sorriu latindo Minhas malas coloquei no chão Eu voltei Logo no início da música, temos uma cena inusitada que diz: meu cachorro me sorriu latindo. Erasmo Carlos disse certa vez, que a ideia é de alguém que estava muito tempo longe de casa e, ao retornar, a primeira coisa que vê é seu cachorro. Sabemos que os cães quando estão felizes, latem e abanam o rabo, mas como expressar isso em uma música romântica? Ficaria “meu cachorro abanou o rabo ao me ver”. Estranho, não? Surge, então a imagem do cachorro sorrindo, latindo. Essa história é contada no livro Roberto Carlos em Detalhes, de Paulo Cesar de Araújo, lançado em 2006 e que foi considerado uma biografia não autorizada e sua venda foi proibida. De acordo com o próprio autor, Roberto e Erasmo pensaram e criaram a frase "o meu cachorro me sorriu latindo", que consideraram ideal para descrever a cena. "Isso encaixou bem e não feriu a linguagem. Adoro criar essas imagens, essa coisa de cronista", diz Erasmo, enfatizando que esse processo não é fácil. "A gente batalha, queima as pestanas, vara a madrugada para achar as imagens certas. Ao final, pode surgir uma ótima canção, como pode surgir uma canção água-com-açúcar, mas, nesse caso, de uma coisa ficamos tranquilos: será uma água-com-açúcar de bom gosto." E parece que Roberto Carlos se inspirou em um cachorro que teve, de nome Axaxá, cuja história, também é relatada no livro de Paulo Cesar de Araújo. No entanto, por mais de uma vez, durante seus shows, o próprio Roberto contou a história de seu cachorro, que seria a inspiração para essa parte da música. Se vocês pesquisarem na internet poderão encontrar Roberto falando disso em vários de seus shows. Então, né. Será que a música fala da vida do próprio Roberto Carlos? Tudo estava igual como era antes Quase nada se modificou Acho que só eu mesmo mudei E voltei Pois bem, o personagem, ao chegar, começa a fazer uma reflexão sobre o tempo que esteve longe de casa. Percebe que as coisas continuam em seu devido lugar, que quase nada se modificou e que somente ele mesmo teria mudado, neste tempo em que esteve distante. Isso acontece quando deixamos a casa de nossos pais para ganharmos o mundo, seja para estudar, trabalhar, enfim, buscar um rumo. Quando voltamos, parece que tudo continua do mesmo jeito, mas nossa percepção está alterada. Então, percebemos que nós é que mudamos. Eu voltei agora pra ficar Porque aqui, aqui é meu lugar Eu voltei pras coisas que eu deixei Eu voltei Quantos de nós não passou por essa situação, não é mesmo? Quantos de nós saímos da casa dos pais em busca de sonhos e planos e deixou muita coisa pra trás. Quando ficamos muito tempo longe e regressamos, muitas vezes depois de quebrarmos a cara, dizemos exatamente isso: eu voltei agora pra ficar, porque aqui é meu lugar! E a música mostra isso. Grande parte daquilo que somos, muitas vezes, fica na casa dos nossos pais e acabam se tornando lembranças e sentimentos, que voltam a nos preencher quando lá voltamos. Fui abrindo a porta devagar Mas deixei a luz entrar primeiro Todo o meu passado iluminei E entrei Aqui, novamente, a alusão ao passado que ficou perdido nas lembranças. O medo de enfrentar esse passado, talvez em virtude das coisas que não deram certo em sua tentativa de viver fora, é expresso nessa frase: fui abrindo a porta devagar. E ele, ao abrir a porta, deixa a luz entrar primeiro, como se a iluminar o passado e trazer tudo de volta ao presente. Agora ele encara a realidade: está novamente na antiga casa. Meu retrato ainda na parede Meio amarelado pelo tempo Como a perguntar por onde andei E eu falei Onde andei não deu para ficar Porque aqui, aqui é meu lugar Eu voltei pras coisas que eu deixei Eu voltei Percebe que o tempo passou e seu retrato, agora se encontra amarelado por isso. Como se encontrasse frente a um espelho, encara-se no retrato e a imagem lhe pergunta: por onde você andou? Então, a resposta indica que aquilo que ele havia pensado ao sair de casa, acabou por não dar certo: onde andei, não deu para ficar. E assim, ele se rende e, como que se fosse um pedido de desculpas, diz: aqui é meu lugar! Eu voltei pras coisas que eu deixei. Sem saber depois de tanto tempo Se havia alguém à minha espera Passos indecisos caminhei E parei Mas, depois de tanto tempo, será que ainda alguém estava a sua espera? Será que ele saiu desta casa por motivos de desavenças? Será que saiu brigado? Na dúvida de não ser bem recebido, caminha devagar, com passos indecisos. Será que não seria melhor ir embora? Então, ele se depara com alguém que lhe estende os braços... Quando vi que dois braços abertos Me abraçaram como antigamente Tanto quis dizer e não falei E chorei Percebe que alguém lhe abre os braços e o abraça, como antigamente. Aqueles braços já o abraçaram antes e, agora, novamente estavam ali, o envolvendo. Tanta emoção represada não dá pra segurar e ele chora. Normalmente, nessas ocasiões de retorno, quando temos tanta coisa deixada pra trás e nos reencontramos com elas, não dá pra segurar a emoção e as lágrimas são o resultado disso. Eu voltei agora pra ficar Porque aqui, aqui é meu lugar Eu voltei pras coisas que eu deixei Eu voltei Eu voltei agora pra ficar Porque aqui, aqui é meu lugar Eu voltei pras coisas que eu deixei Eu voltei Essa canção ilustra bem o conteúdo das músicas compostas pela dupla Roberto e Erasmo. São músicas que falam da vida, falam de emoções e são tantas emoções! (como diria Roberto). Nesta específica, eles nos mostram um indivíduo voltando para sua casa, encontrando seu cachorro, falam das coisas da casa como o retrato e de como tudo se encontra como era antes, relatando isso com muita emoção. A música mostra essa emoção de alguém que está retornando para algo que ama. Essa emoção que a música mostra, pode ser sentida em, praticamente, toda ela. O reencontro com seu cachorro, o reconhecimento de seus erros, a saudade de coisas que julgava ser tão comuns e sem importância, como um retrato na parede amarelado pelo tempo. Culmina com as lágrimas ao ser novamente abraçado por alguém que o ama. Essa canção pode ser entendida como um regresso, de alguém que saiu de casa e tentou a vida fora dali. Percebendo que não deu certo o que planejou, regressa. Com medo se seria bem recebido, teme em entrar, mas, acaba entrando. Percebe que as coisas que deixou, estavam do mesmo jeito, que só o tempo havia passado, como mostra seu retrato amarelado. Mas, ele percebe que, se as coisas ali continuavam do mesmo jeito, ele havia mudado. Podemos entender que os braços abertos podem ser de seu pai, de sua mãe, de seu amor, de alguém que foi deixado no passado e que agora, o recebia novamente. Aqui a música na interpretação de Luísa Possi, numa pegada mais do rock. A música fez parte do álbum Seguir Cantando, de 2011. https://youtu.be/YoHj_7gKLrw Tem muita explicação diferente para essa música. Alguns dizem que seria a volta de um exilado político, lembrem-se do ano em que foi lançada, 1974. Poderia ser o regresso de um marido que saiu de casa e, tempos depois se arrependeu. Pode ser um filho que, como muitos, resolveram sair de casa para ganhar a vida, se deram mal e resolveram encarar o difícil caminho da volta. Pode ser, também, o regresso de um filho que tentou a vida em outra cidade, deixando a terra natal para se aventurar em outros ares, o que não deu certo. E ele retorna, meio frustrado em sua tentativa. Em todo caso, os braços abertos apagam as dúvidas se seria novamente recebido e o choro é o resultado de toda emoção deste reencontro. Agora temos Erasmo Carlos, cantando com Paula Toller, com o Kid Abelha, no disco Erasmo Carlos Convida Volume II, de 2007. Toda essa emoção da volta e do reencontro com pessoas queridas, mostrada pela música, foi utilizada em um comercial de cigarros, no início dos anos 1970. No comercial, um então jovem ator, Herson Capri, parece voltar para sua cidade natal, para sua casa, onde é recebido por pais já velhinhos, por um grupo de amigos e, provavelmente, por sua namoradinha. A música corre ao fundo, dizendo: Eu voltei, agora pra ficar...e todo mundo está feliz. Deixei o link com o vídeo do comercial, na transcrição deste episódio, para quem quiser conferir: https://youtu.be/hqigayjy0ow. Por falar em comercial, em 2014, Roberto Carlos gravou um comercial para um frigorífico, onde, num restaurante, dizia que havia voltado a comer carne, com a música tocando ao fundo... “eu voltei, agora pra ficar...” Esse comercial rendeu muita discussão. O link está na transcrição do episódio. https://youtu.be/YxYuHhiC5UA E no mesmo ano, 2014, o então candidato a deputado federal, Tiririca, lançou uma propaganda satirizando esse comercial gravado por Roberto e isso rendeu um longo processo judicial. Voltando à análise da música, existem alguns que enxergam outra explicação para ela. Podemos entender a música através de uma ótica espiritual? Com certeza! Então, vamos lá. Alguns questionam por que será que a música se chama “O Portão”? Não seria melhor ter se chamado “Eu voltei”? Será que a música estaria falando sobre um portal? Será que se trata de um desencarne? Ou seria uma reencarnação? Podemos entender que seja um espírito retornando à sua casa? Um espírito reencarnando em uma família onde já viveu? Meus amigos, são tantas as possibilidades de entendimento desta música... Mas, lembro aqui que o pai de Roberto, o relojoeiro Robertino Braga, era espírita. Então, pode ser que a canção traga, realmente, um conteúdo espiritualista. Vejam bem, quando a música diz, logo no início, que o cachorro sorriu latindo, lembro que os animais têm a capacidade de perceber a presença de espíritos. Então, seria bem possível se tratar do espírito de alguém retornando para casa onde viveu materialmente e o cachorro o estaria percebendo. Pode se tratar de um espírito que está regressando ao plano espiritual, deixando as malas com suas coisas materiais, para poder passar pelo portão e regressar ao lar espiritual. Será que os espíritos familiares ainda se lembrariam dele? Pode ser um espírito reencarnando na mesma família, talvez, na mesma casa? Por que não? E tem até uma versão pagodeira de O Portão, aqui com o Raça Negra. https://youtu.be/CpvIaZFsTl8 A música costuma ser utilizada para embalar vídeos que mexem com nossa emoção, mostrando retorno de familiares, entes queridos que retornam seja para seu país, cidade ou simplesmente para casa. Ou ainda, marcando a volta de um time de futebol que havia sido rebaixado de divisão. É, em 2008 a canção serviu para embalar um vídeo que marcava o retorno do Corinthians para a Série A do futebol brasileiro. Devidamente autorizado pelos autores da música, o time paulista usou a banda Freesom para executar a música usada no vídeo. Com um minuto de duração, a homenagem mostra o sofrimento da torcida corintiana, um ano antes, quando o time fora rebaixado no campeonato brasileiro e o encerra com a festa da volta do time para a elite do futebol brasileiro, tudo isso embalado pela música... É, essa música serve para retratar muita coisa... Erasmo Carlos, no livro Minha fama de mau, sua autobiografia, lançada em 2008, comenta sobre algumas passagens engraçadas que surgem ao analisar algumas letras. Diz Erasmo no livro: As vezes são os amigos que chamam atenção para o humor involuntário de algumas letras. Em O portão, que fala da volta para casa de alguém que está há muito tempo fora, eles implicam com a idade do cachorro (eu cheguei em frente ao portão, meu cachorro me sorriu latindo): - Se o retrato do personagem na parede está amarelado pelo tempo, o cachorro deve ser um ancião! Buscando material para esse episódio, me deparei com um artigo de uma revista científica chamada Acta Scientiarum, de 2020, da Universidade Estadual de Maringá. O artigo é de Manoel Sebastião e Carlos Piovezani e seu título é: O que mostram e o que apagam os discursos publicitários da indústria da carne brasileira. O artigo refere-se ao comercial que falei anteriormente, onde Roberto Carlos diz que voltou a comer carne. Em um dado momento do artigo, temos uma pequena análise da música. Vejam só, os autores dizem: “O Portão” é o nome da canção original, em que Roberto Carlos dá voz a um eu lírico que volta ao lar depois de uma viagem. Enquanto o personagem, mediante o discurso direto próprio da função emotiva, narra a chegada até sua casa, seu reencontro com o cachorro, sua entrada no imóvel e os braços de alguém o envolvendo em um abraço, ele continuamente fala: “Eu voltei agora pra ficar”. É, como eu disse, cada um de nós interpreta a música da sua própria maneira. E você, como a interpreta? Deixe sua interpretação aqui nos comentários. Quem segue pelo Spotify, também pode comentar por lá mesmo, ou através das nossas redes sociais. Registre sua interpretação, comente sobre esse episódio, que vai chegando ao seu final. Este é o podcast Mundo Espiritual e a produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e o Hugo Biella é que faz a arte das capas dos episódios. Ouça ou baixe o podcast, confira o conteúdo do episódio e entre em contato conosco pelos endereços que estão na transcrição do episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual), e Instagram (https://www.instagram.com/podcastmundoespiritual/). Procure-nos nas diversas plataformas players de podcast. Se você se interessar, tenho minhas palestras e vários outros vídeos em meu canal no YouTube. Procure por Carlos Biella, inscreva-se no canal e nos acompanhe. Deixei o link na transcrição do episódio (https://www.youtube.com/channel/UCMpcMSh6nbb9LtujlgfabOA). Sempre que ouço essa música, lembro um pouco de minha própria vida. Quando sai da casa de meus pais para estudar fora e, depois, para trabalhar. Quando regressava, minha querida cachorra Pantufa, me recebia exatamente como descrito na canção. Ela me sorria latindo e me lambendo. O tempo passou, iniciei a construção de minha própria família, mas sempre que regressava à casa de meus pais, era recebido com braços abertos para me abraçar, profundamente. Quanta saudade de meu pai, que se foi há tanto tempo e de minha mãe, que também regressou ao infinito do tempo espiritual, ficando somente nossos retratos, já bem amarelados pelo tempo que insiste em nos impulsionar para frente, deixando tantas lembranças carregadas de saudades. É essa interpretação que faço da música. Tento me colocar na figura de quem narra a história e me deixo vagar em pensamento, pelas minhas próprias lembranças dos tempos passados. É assim, então, carregado de emoção que vou fechando o portão e finalizando deste episódio. Deixo vocês com O Portão, na íntegra, com o próprio Roberto Carlos. https://youtu.be/ZKYBpP4iGEk Fiquem todos em paz e até nosso próximo episódio.
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