EPISÓDIO # 52 - COMO É BOM TER AMIGOS
- Carlos A. Biella
- 17 de ago. de 2023
- 1 min de leitura

Como é bom ter amigos.
Amigo é coisa pra se guardar, debaixo de sete chaves, dentro do coração. Amigo é aquele que só nos faz bem. Ah, como é bom ter amigos, não?! É sobre amizade que falaremos hoje. Então, meus amigos, sejam todos muito bem-vindos e aproveitem.
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Saudações a todos. Este é o podcast Mundo Espiritual. Eu sou Carlos Biella e a produção, edição e a apresentação são minhas e a arte das capas dos episódios é feita pelo Hugo Biella.
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Eu começo este episódio, lembrando daquele que muitos de nós, considera como um verdadeiro amigo, que nos conforta nas horas mais difíceis. Ele mesmo, Jesus. Aquele que disse isso para seus discípulos, conforme consta no Evangelho de João (15:15): não mais vos chamo de servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos tenho chamado de amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.
E muitos de nós, vivemos em busca de uma vida melhor; gastamos muito dinheiro com livros de autoajuda, horas e horas de consultas médicas e sessões terapêuticas, medicamentos...e por aí vai.
Mas, existe uma poderosa e gratuita ferramenta para vivermos de bem com a vida. Algo que auxilia, no combate a muitos de nossos problemas, em especial quando estamos nos deprimindo. Estou falando da amizade!
Talvez a música que mais simbolize a amizade seja essa, Canção da América, que estamos ouvindo ao fundo com a Orquestra Ouro Preto, sob a regência do Maestro Rodrigo Toffolo, numa apresentação gravada ao vivo no Sesc Palladium, em Belo Horizonte, em agosto de 2019.
https://youtu.be/eKdKJctqXPY.
Canção da América é a versão em português, feita por Fernando Brant da canção Unencounter composta por Milton Nascimento, em inglês, como uma homenagem ao seu amigo sul-africano Ricky Fataar e que foi gravada em 1979 no álbum Journey To Dawn de Milton Nascimento. Confiram um pouco desta versão. (https://youtu.be/eQUgzGSypWw)
A versão em português acabou por se tornar um verdadeiro hino à amizade e foi lançada por Milton Nascimento junto com o quarteto Boca Livre, no álbum Sentinela, em 1980 (https://youtu.be/75kf9y_fukM).
Existem muitos estudos que vem demonstrando que os amigos podem nos ajudar a melhorar nossa saúde, não apenas melhorando nossa qualidade de vida, mas eles podem fazer com que vivamos mais.
Quando comecei a pesquisar livros, artigos, músicas, minhas próprias memórias, para escrever sobre amizade, achei que seria fácil fazer este episódio. No entanto, acabei me deparando com tanta coisa, tantos estudos, tantas músicas e tantas memórias de minhas amizades, que percebi que não seria nada fácil resumir tudo em um só episódio. Quem sabe, então, tenhamos mais de um episódio sobre este assunto que tanto nos faz bem: a amizade!
Estudos diversos mostram que a amizade, aquela amizade verdadeira mesmo, traz uma série de benefícios, tanto fisiológicos quanto emocionais.
Quando temos fortes laços de amizade, temos uma melhor saúde cerebral, conforme envelhecemos, inclusive, quando convivemos com nossos amigos, a memória é melhor, em comparação com aqueles que são mais solitários.
A amizade, mais do que a presença do cônjuge, se mostrou mais protetiva no caso de pessoas com câncer, conforme um estudo feito em 2006, com mais de três mil mulheres portadoras de câncer de mama. O estudo mostrou que mulheres sem amigos mais próximos, tinham quatro vezes mais chances de morrer em comparação àquelas com dez ou mais amigos.
Pessoas com menos amigos têm quase o dobro de chance de morrer de doenças do coração e estão duas vezes mais propensas a sofrerem com gripes e resfriados.
As amizades auxiliam nos processos de recuperação a ferimentos e cirurgias.
Quando os amigos estão próximos, mais bem-estar eles nos proporcionam e alguns estudos mostram que, para manter nossa saúde, devemos interagir com outras pessoas, vejam só, por pelo menos seis horas diárias. Esse contato proporciona maior sensação de bem estar e diminui as preocupações e o estresse. Então, vamos lá, nos encontrarmos mais com nossos amigos para um café, um bate-papo, um almoço, uma interação qualquer.
Missão impossível? Preencha sua cota diária com um bate papo no café, almoço com os colegas do trabalho, conversas ao telefone, enviar e-mails e etc.
Então, mantenha contato com seus amigos. Não deixe que as relações se percam. Mesmo que a distância não mais permita que possamos nos unir. Mas que nossas mentes e nossos corações, permaneçam ligados.
Li isso certa vez, num texto na internet: eu deveria ter visitado mais meus amigos e lhes contado como me sentia em vez de só encontrá-los somente em enterros.
Por falar nisso, me lembrei de um filme que devo ter assistido uma porção de vezes: quatro casamentos e um funeral. É uma comédia romântica, de 1994, que conta a história de alguns amigos que se encontram em casamentos e no funeral de um deles.
E, pegando o gancho, acho que todos conhecem a série de TV norte-americana Friends, que retrata muito bem o que é a amizade. Criada por David Crane e Marta Kauffman, foi lançada, também, em 1994, tendo 10 temporadas, com 236 episódios. A série retratou a amizade, os problemas e os amores de seis amigos que viviam em Nova York: Rachel, Monica, seu irmão Ross, Joey, Chandler e Phoebe.
Essa é a canção tema da série, I'll Be There for You, interpretada pela dupla norte-americana, The Rembrandts. https://youtu.be/S8PNXgLhkT0
Tem muita gente que adora essa turma. Minha filha Laura é uma delas!
Quando somos crianças, parece que o mundo todo é nosso, pronto para ser descoberto, explorado. Basta que tenhamos amigos para que possamos ir atrás de descobrirmos o mundo. Nossos amigos estão sempre por perto, estudam conosco, compartilham o recreio, a sala de aula, as tarefas escolares e os trabalhos em grupos.
Estudamos, brincamos, praticamos esportes, pelo menos, comigo foi assim.
Quantos amigos passaram por minha vida, naquela pequena cidade do interior do estado de São Paulo, entre as décadas de 1960, 1970, 1980. Eram amigos que estávamos sempre juntos. Não havia muito o que fazer na cidade, mas, para nós, bastávamos estarmos juntos.
Quantos casos, histórias, dramas, brincadeiras, sustos, canções, emoções, beijos, abraços, risos, lágrimas...
Jogar futebol no meio da rua. Brincar de queimada ou de salva, no jardim da cidade.
Jogar futebol de botão no quartinho do fundo da casa de meus pais.
Carnavais, boate no clube, piscina, reunir a turma no final da tarde, ao por-do-sol na última rua da cidade, ficar por horas, cantando ao som de um violão, até a madrugada, jogar baralho na casa de alguém e depois esperar a padaria abrir para comer um pão quentinho. Rodar pela cidade com os amigos na Jaqueline, nossa antiga Kombi. Quantas lembranças dos amigos da infância e juventude, na pequena cidade de Novo Horizonte, lá no meio do estado de São Paulo.
Tantas coisas que marcam as amizades e que ficam guardadas dentro de nós, bem lá no fundo do coração.
Mas, a vida segue, a idade avança e deixamos de ser crianças para sermos jovens e depois nos tornamos adultos. Os propósitos mudam e com eles, vêm as responsabilidades e prioridades. Muitos de nós mudamos de casa, de bairro, de cidade, de estado, de país.
Até cultivamos novos relacionamentos, novas amizades, mas, a maior parte destas novas relações passam a ser marcadas pela superficialidade.
E aqui está, meus queridos amigos, a canção Drops de Hortelã, de Oswaldo Montenegro. A música foi feita em Curitiba e Oswaldo a cantou, num orelhão, para sua amiga Glória Pires, que depois gravaria a música com ele, num single, em 1985. Como disse o próprio Oswaldo Montenegro, a música é para se cantar entre amigos. Então, vamos lá... https://youtu.be/LllE_xg_y5I
Dias atrás, estava trocando mensagens com um grupo de amigos no WhatsApp. São meus amigos da faculdade de farmácia, curso que fizemos juntos no começo dos anos 1980. Estávamos tratando do nosso encontro de 40 anos de formados, em 2024 e, de repente, comecei a escrever e saiu isso aqui: Estava aqui pensando em quantos amigos fazemos ao longo de nossa vida. Em como esses amigos fincam raízes em nós e como florescem, sempre nos dando bons frutos que podemos chamar de saudades. Sempre que sentimos saudades, podemos tomar um destes frutos e saborear, nem que seja um pouco, os momentos em que estivemos juntos. Assim são as amizades. Enchem nossa vida de sabor, de alegria...e de saudades!
Agora, trago aqui parte de um texto que encontrei na internet, escrito por Tom Coelho, que foi educador, especialista em gestão de pessoas e negócios.
Amigos são pessoas que compartilham com alegria as nossas vitórias, mas que nos acolhem despretensiosamente nos maus momentos. Nós os descobrimos na adversidade e na infelicidade. São apoiadores por natureza, mesmo quando discordam de nossas posições. Bons ouvintes, concedem-nos atenção e sabem que muitas vezes não queremos opiniões ou comentários, mas apenas sermos ouvidos com paciência.
Adeptos da diversidade, pouco lhes importa aspectos como raça, credo ou condição socioeconômica, pois respeitam nossas diferenças antes mesmo de desfrutar as semelhanças. Surpreendem-nos com regularidade e são admiráveis confidentes, compartilhando seus segredos – e os nossos.
Não existem bons ou maus amigos, sinceros ou dissimulados. Por definição, um amigo é verdadeiro, honesto, leal e digno de honra e admiração.
A amizade torna as pessoas mais amenas, gentis, generosas e felizes. Mas, para ter amigos, é preciso antes de tudo, ser um.
É um belo texto, sem dúvida. Então, busquemos nossos amigos, sempre que nos der vontade de ter olhos que brilham, braços que envolvem, palavras que acalentam.
Lembrem-se que, melhor do que conquistar novos amigos, é conservar os que já temos, os nossos velhos amigos. Por isso, busque manter contato com eles e não se esqueçam que o mato cresce depressa nos caminhos que são pouco percorridos.
No lindo livro O Pequeno Príncipe de, Antoine de Saint-Exupéry, lançado em 1943, temos uma conversa da raposa com o principezinho, onde a raposa diz: A gente só conhece bem as coisas que cativou. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
Então, quando cativamos alguém, nos tornamos amigos e, não esqueçam do que disse a raposa ao principezinho: tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativou!
Agora temos aqui a música Amizade, com o grupo musical formado em 1978, Boca Livre. A canção é de Marcos Valle e Maurício Maestro e foi lançada no álbum Amizade, de 2013.
https://youtu.be/gRCqSSLt-AU
Os amigos são verdadeiros tesouros colocados em nosso caminho. Quando temos amigos verdadeiros, a alegria e o otimismo deles exercem uma grande influência sobre nós, propiciando mais coragem e esperança. Ou seja, felizes aqueles que possuem bons amigos.
Importante dizer que recebemos uma forte influência do caráter dos nossos amigos, boas e más. Influenciamos e somos influenciados por eles. Quando temos por amigos, pessoas bondosas, generosas e honestas, recebemos suas boas influências e, podemos ter essas mesmas qualidades, se quisermos.
Bons amigos são estimulantes, inclusive para nossa mente, favorecendo nossa capacidade intelectual, enriquecendo nossas emoções. Amigos podem ser como uma brisa num dia quente, um balsamo contra o desânimo.
Contudo, existem aquelas amizades que nos trazem influências negativas, junto dos quais nos sentimos mais deprimidos.
Lembremos de Cairbar Schutel, importante divulgador da Doutrina Espírita no início do século XX, que disse que “Deus não fez só o claro, fez também o escuro, não fez só a luz, mas fez as trevas, para que cada um permaneça onde lhe apraz, na escuridão ou na claridade”.
Deste modo, acatemos a orientação de Joanna de Angelis: “Aconselha-te com a prudência, antes que teu passo te leve à delinquência”.
Saibamos, então, escolher nossas amizades.
O grande orador romano Cícero, que viveu décadas antes do nascimento de Cristo, disse, certa vez: “Eliminar desta vida esse belo e nobre sentimento chamado “amizade” é o mesmo que afastar da Terra os generosos raios do sol. A amizade é uma das maiores dádivas que o homem recebeu de Deus.”
Então, a amizade é algo que todos precisamos para podermos viver melhor, é algo que vale muito e que não podemos escolher aleatoriamente. Um amigo é algo muito valioso.
Amizade é muito mais do que apenas sete letras!
Sete letras, este é o título de um artigo da escritora e jornalista Sônia Zaghetto, que sempre se faz presente em nossos episódios, com seus belos textos.
Este é de 5 de outubro de 2021 e pode ser encontrado em seu blog. Deixei o link na transcrição do episódio (https://soniazaghetto.com/2021/10/05/sete-letras/).
Para Cláudio
O que quero de ti não é pouco: a tua amizade.
Pensam os tolos que essas sete letras são algo dado com rapidez, quase displicência. Enganam-se, é claro, pois são tolos.
O que te peço é um universo, não te enganes. O cosmos na palma da tua mão, que estendes na hora do meu riso e no instante em que tento engolir o choro.
Quero carregar comigo os teus dons mais bonitos. Quero a tua expressão de felicidade quando eu for vitoriosa, o teu ar solidário nos dias de sombra, o respeito nos teus olhos quando eu te anunciar meus planos, mesmo que eu fale pelos cotovelos e tu sejas obrigado a dizer: “Calma, respira, pois desse jeito eu nem consigo entender”.
E, ainda assim, não espero de ti bajulação, nem que sejas condescendente quando eu errar. Não, não. O que mais desejo é a honestidade na opinião e o rigor na análise, mesmo que me doa ou desagrade. Quando eu errar, por favor corrige-me com firmeza e bondade. Abraça-me e sê franco. Mostra compaixão pelos meus erros, embora deixes claro que discordas de mim. Adverte-me quando enxergares mais longe, pondera sobre os meus exageros quando a passionalidade turvar a minha visão.
E se algum dia eu, por imprudência ou orgulho, te ofender, espero que me dês o teu perdão sincero. E que eu saiba pedi-lo. Que haja entre nós a sabedoria calma dos que aprenderam a dialogar e a reconhecer que se equivocaram. Que eu jamais esqueça de todo o bem que fizemos um ao outro, de cada instante de leveza e graça na nossa história.
Quero a segurança de caminhar contigo por estradas ásperas, escutando a tua voz me advertir quando eu estiver perdida ou andando às cegas em direção a um abismo. Em troca, prometo te ouvir com humildade, certa de que desejas o meu bem. Eu farei o mesmo por ti e espero que me ouças com atenção. Assim, teremos confiança que o elogio e o aplauso que oferecemos um ao outro é fruto da sinceridade e não de mera conveniência.
Por fim, nunca me vires as costas por causa de mesquinharias, vaidades, mundanidades ou coisas que se paga com dinheiro. Amizade vale mais que qualquer moeda; do que fama ou aplauso. Essas coisas passam, desbotam, consomem-se. Mas tu, não. Tu vives no meu coração.
Tu és eterno.
Como sempre, Sônia nos traz beleza em forma de texto.
Grande abraço, minha amiga.
Ouvimos ao fundo, a música That’s what friends are for, de Burt F Bacharach e Carole Bayer Sage. A música ficou conhecida na voz de Dione Warwick, que a lançou no álbum Friends, em 1985. E aqui temos Dione Warwick, Elton John, Gladys Knight e Stevie Wonder, numa interpretação maravilhosa.
https://youtu.be/HyTpu6BmE88
Como diz a música:
Para os bons e maus momentos/Eu vou estar do seu lado para sempre/É para isso que servem os amigos.
Realmente, é para isso que servem os amigos, para os bons e maus momentos.
E, mais uma vez, trago nosso grande escritor Ariano Suassuna. Numa de suas maravilhosas falas, ele conta de sua amizade com outro grande escritor brasileiro, Guimarães Rosa, amizade essa que foi ao ponto de Ariano ser agraciado com um poema de Guimarães Rosa. Ouçam o próprio Ariano falando...
Grande Ariano.
A amizade seria uma forma vívida de amor, sendo a amizade espiritual, aquela que nos aproxima dos outros e, também, de Deus.
Santo Agostinho diz, no livro Confissões, sob a amizade:
Eis o que amamos nos amigos, o que amamos de tal modo que sentimos a consciência culpada quando não pagamos amor com amor, sem nada esperar do outro senão sinais de afeto.
Para Agostinho, a amizade é tão verdadeira e tão vital, que nada mais santo e vantajoso pode-se desejar no mundo.
E no mesmo livro Confissões, Agostinho disse: Sem amigos eu não podia ser feliz, nem mesmo no sentido que dava então a esta palavra.
E concluiu: Eu não amava esses amigos por interesse e também eles me amavam desinteressadamente.
Amizade verdadeira é assim, não tem preço e não tem nenhum interesse envolvido.
Essa é a música Amigo Velho, com o Falamansa, banda de forró, formada na cidade de São Paulo, em 1998. A música é de Raiz, Tato Falamansa e Zeider Planta e fez parte do álbum Amigo Velho, de 2014. https://youtu.be/C0dHKImKPas
Trago aqui um autor do século XII, um monge escocês chamado Aelred ou Elredo, que foi abade de Rievaulx, na Inglaterra. Aelred refletiu sobre a amizade, principalmente no livro De spiritali amicitia (Amizade Espiritual), escrito entre 1164 a 1167.
Seus ensinamentos nos levam a compreender que a palavra amizade está fundamentada no amor. Tinha como uma de suas passagens favoritas das Sagradas Escrituras, uma frase encontrada no livro Provérbios (17:17): Um amigo ama em todo tempo e na adversidade nasce um irmão.
Neste livro que citei, Aelred observa que há três tipos de amizade: a corporal, a mundana e a espiritual.
A amizade corporal é a harmonia mútua entre as pessoas. A amizade mundana é aquela onde se espera a troca de interesses. Já a amizade espiritual é aquela onde um amigo existe para o outro. Segundo Aelred, amigos espirituais suavizam a adversidade e moderam a prosperidade.
São estes os amigos que estão conosco quando as coisas estão ruins. Aqueles que seguram nossas mãos no hospital, nos envolvem quando perdemos alguém que amamos e que aparecem com um sorriso e de braços abertos quando estamos tristes.
E você, qual tipo de amizade anda cultivando, hein?
Bem, o título deste episódio é “como é bom ter amigos” e estudos comprovam que as amizades melhoram nosso humor, trazem benefícios cardíacos e ajudam na prevenção de problemas relacionados à solidão e à depressão.
Vários estudos mostram que manter um círculo de amizades reduz consideravelmente o risco de doenças cardiovasculares, uma vez que o estresse se mostra como um dos maiores fatores de risco para doenças cardiovasculares. Como as amizades atuam diminuindo o estresse, acabam por fazer um bem ao coração.
Pesquisas comprovam que a amizade evita ansiedade e depressão, uma vez que, quando nos relacionamos com os amigos, nosso organismo libera substâncias químicas responsáveis pela sensação de prazer, como a ocitocina e dopamina, promovendo uma sensação de bem estar, tanto físico como psicológico, o que auxilia nas nossas defesas imunológicas, protegendo o organismo de algumas doenças.
Aqui temos o grupo de samba carioca, formado lá em 1970, Fundo de Quintal, com a música A Amizade, gravada no álbum O Quintal do Samba, de 2007. A música é de Bicudo, Cleber Augusto e Djalma Falcão. https://youtu.be/fbbTJxLFdXw
Um grande estudo publicado em 2017 foi conduzido por cientistas da Universidade de Columbia e da Universidade de Michigan, ambas nos Estados Unidos e teve intenção de avaliar os benefícios à saúde e culturais dos relacionamentos humanos.
Os especialistas analisaram dados sobre amizade, saúde, felicidade e algumas variáveis econômicas e culturais de 323 mil pessoas de 99 países e concluíram que, em todo o mundo, aqueles que investem em amizades desfrutam de melhor saúde física e psicológica.
Conforme afirmou um dos autores da pesquisa, o professor de psicologia William Chopik, dar valor à amizade é bom para a saúde e o bem-estar das pessoas, independentemente de onde vivem.
O jornal britânico The Guardian, publicou um artigo a respeito desta pesquisa e informou que diversos estudos vêm mostrando os benefícios das amizades. Por exemplo, uma revisão de 148 estudos com mais de 308.000 pessoas apontou que aqueles que possuem relações sociais fortes aumentaram suas chances de sobrevivência ao longo de sete anos em 50%
Então, quer viver mais e melhor? Tenha amigos e conviva mais com eles. A verdadeira amizade é aquela que cultivamos dentro do coração e que nunca tem fim, o que não acontece com este episódio de hoje que vai chegando ao seu final.
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Como eu disse no início deste episódio, tem muita coisa para se falar sobre amizade, por isso, esperem por uma continuação deste assunto.
Finalizo este episódio com Khalil Gibran, falando sobre a amizade, no livro O profeta, de 1923.
E na doçura da amizade, que haja alegria e a partilha de prazeres.
Pois no orvalho das pequenas coisas é que o coração encontra sua manhã e se renova.
E nós vamos ficando por aqui. Deixo vocês com Canção da América, aqui com Milton Nascimento e Boca Livre.
Fiquem todos em paz, meus amigos, e até no nosso próximo episódio.
Parabéns Beto, muito bom !!!