EPISÓDIO # 56 - EPISÓDIO ESPECIAL DE NATAL - REVISITADO
- Carlos A. Biella

- 21 de dez. de 2023
- 1 min de leitura

Episódio especial de Natal - Revisitado
Em dezembro de 2021, fiz um episódio especial de Natal. Foi um dos episódios que gostei muito de fazer. Então, resolvi trazê-lo de volta. Aqui está o episódio Especial de Natal, revisitado e com uma pequena parte que não entrou naquele episódio. Sejam todos muitos bem-vindos e aproveitem.
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Saudações a todos. Este é o podcast Mundo Espiritual. Eu sou Carlos Biella e a produção, edição e a apresentação são minhas e a arte das capas dos episódios é feita pelo Hugo Biella.
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Vocês se lembram desta música?
Pois é, essa música é de uma propaganda lançada em 1967 pela rede de comércio varejista, conhecido na época como Casas Pernambucanas e trazia exatamente a mensagem de Natal que mais associamos – a troca de presentes, tão comum nas comemorações de Natal.
Mas, não é isso que deveríamos associar com essa data, não é mesmo?
O Natal, como festa religiosa, onde se comemora o nascimento de Cristo, teve seu início como uma reação da Igreja Católica contra festividades consideradas pagãs. Já existia uma comemoração no dia 25 de dezembro, uma importante festividade em que os romanos comemoravam o solstício de inverno e celebravam o Deus Sol. Era o Natalis Invicti Solis (aniversário do invicto sol), onde os romanos pediam fartura. Ao que tudo indica, o papa Júlio I, que teve seu papado entre os anos 337 a 352, teria se apropriado desta data para convencionar a comemoração do nascimento de Cristo, provavelmente no ano 350. Assim, comemorava-se nesta data, o Sol e a esperança e a igreja católica substituiu o Sol por Jesus e manteve a esperança, agora sendo em torno de uma vida nova.
Ao fundo ouvimos a música O Tannenbaum, uma canção de Natal baseada no folclore tradicional alemão, canção que enaltece a árvore de Natal. (https://youtu.be/ZLqbkBPNEUU).
No livro Antologia Mediúnica do Natal, de 1967, contendo mensagens de diversos autores espirituais, Emmanuel nos presenteia com essa bela mensagem, intitulada A Manjedoura:
As comemorações do Natal conduzem-nos o entendimento à eterna lição de humildade de Jesus, no momento preciso em que a sua mensagem de amor felicitou o coração das criaturas, fazendo-nos sentir, ainda, o sabor de atualidade dos seus divinos ensinamentos.
A Manjedoura foi o Caminho. A exemplificação era a Verdade. O Calvário constituía a Vida.
Sem o Caminho, o homem terrestre não atingirá os tesouros da Verdade e da Vida.
É por isso que, emaranhados no cipoal da ambição menos digna, os povos modernos, perdendo o roteiro da simplicidade cristã, desgarram-se da estrada que os conduziria à evolução definitiva, com o Evangelho do Senhor. Sem ele, que constitui o transunto de todas as ciências espirituais, perderam-se as criaturas humanas, nos desfiladeiros escabrosos da impiedade.
Debalde, invoca-se o prestígio das religiões numerosas, que se afastaram da Religião Única, que é a Verdade ou a Exemplificação com o Cristo.
Com as doutrinas da Índia, mesmo no seio de suas filosofias mais avançadas, vemos os párias miseráveis morrendo de fome, à porta suntuosa dos pagodes de ouro das castas privilegiadas.
Com o budismo e com o xintoísmo, temos o Japão e a China mergulhados num oceano de metralha e de sangue.
Com o Alcorão e com o judaísmo, temos as nefandas disputas da Palestina.
Com o catolicismo, que mais de perto deveria representar o pensamento evangélico, na civilização ocidental, vemos basílicas suntuosas e frias, onde já se extinguiram quase todas as luzes da fé. Aí dentro, com os requintes da ciência sem consciência e do raciocínio sem coração, assistimos as guerras absurdas da conquista pela força, identificamos o veneno das doutrinas extremistas e perversoras, verificamos a onda pesada de sangue fratricida, nas revoluções injustificáveis, e anotamos a revivescência das perseguições inquisitórias da Idade Média, com as mais sombrias perspectivas de destruição.
Um sopro de morte atira ao mundo atual supremo cartel de desafio.
Não obstante o progresso material sente a alma humana que sinistros vaticínios lhe pesam sobre a fronte. É que a tempestade de amargura na dolorosa transição do momento significa que o homem se mantém muito distante da Verdade e da Vida.
As lembranças do Natal, porém, na sua simplicidade, indicam à Terra o caminho da Manjedoura... Sem ele, os povos do mundo não alcançarão as fontes regeneradoras da fraternidade e da paz. Sem ele, tudo serão perturbação e sofrimento nas almas, presas no turbilhão das trevas angustiosas, porque essa estrada providencial para os corações humanos é ainda o Caminho esquecido da Humildade.
É uma mensagem para se pensar, com calma e refletir profundamente sobre seu conteúdo.
Mais uma vez, Emmanuel sendo Emmanuel.
E desta propaganda, quem se lembra?
Ela é de 1970, criada para a companhia de aviação Varig e apesar de falar sobre Papai Noel, também se refere ao nascimento de Jesus.
E como essas gravações antigas tem uma baixa qualidade de som, pesquisei na internet e encontrei essa gravação do jingle de Natal da Varig, criado por Caetano Zamma, em 1963, com as Meninas Cantoras de Petrópolis (https://youtu.be/tbzi3C6v_1c).
Toda vez que se aproxima o Natal, temos uma oportunidade para refletirmos a respeito da mensagem do Cristo, trazida há mais de dois mil anos e, acima de tudo, refletirmos sobre o porquê de termos tamanha dificuldade para praticar seus ensinamentos.
Sabemos que somos espíritos em processo de evolução e que estamos muito, mas muito distantes de sermos espíritos angelicais, mas creio que temos a plena consciência que já obtivemos recursos intelectuais e morais suficientes para assimilar as mensagens do Cristo e para vivenciar suas lições. Bem, talvez mais recursos intelectuais do que morais.
As religiões nos mostram o caminho para esse processo ocorrer, fornecendo-nos os meios disponíveis para nossa transformação em seres melhores. No entanto, ainda continuamos amassando barro, patinando, sem muitas vezes conseguirmos avançar nesse processo.
Como nos mostra Kardec na questão 625 de O Livro dos Espíritos, Deus oferece ao homem, Jesus, o ser mais perfeito para lhe servir de guia e modelo.
Lembrando que Cristo é o Consolador, aquele que nos consola das aflições pelas quais passamos, conforme vemos no capitulo 6 de O Evangelho segundo o Espiritismo.
Tudo aquilo que nos traz sofrimento como misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, acabam encontrando consolo na fé no futuro e na confiança na Justiça divina, conforme os ensinamentos trazidos pelo Cristo. Porém, para aqueles que nada esperam após a vida material, sem nenhuma crença em Deus, muitas vezes as aflições caem com todo o seu peso sobre suas costas.
Por isso a passagem que temos no Evangelho de Mateus (11: 28-30): “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.
Assim, quando passamos a observar a lei do amor e da caridade, contida nas mensagens que Cristo nos trouxe, percebemos a suavidade do jugo e a leveza do fardo.
Quando passamos a pensar nisso tudo, percebemos que o que nos falta, na grande maioria das vezes é a vontade. Aquela firme vontade de mudar o direcionamento de nossa vida. A vontade disciplinadora que poderá nos libertar dos angustiantes períodos de conduta corrompida e errada que demos à nossa vida, que é sempre capaz de gerar sofrimentos em tantas e tantas reencarnações. Ou seja, como disse Emmanuel no livro Pensamento e Vida, psicografado por Chico Xavier e lançado em 1958, no capítulo Vontade: “A Vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental”. E segue Emmanuel dizendo: “Só a Vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do espírito”.
Jingle Bell Rock, é um clássico natalino de Bobby Helms, lançado em 1957, aqui na versão da dupla norte-americana de pop rock do começo dos anos 1970, Daryl Hall & John Oates, gravada para o Natal de 1983 (https://youtu.be/5vyMuxxLsD0).
No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, o Capítulo XVII é intitulado Sedes Perfeitos e no item 4 deste capítulo, intitulado Os bons espíritas, Kardec diz que somente pode ser qualificado como espírita verdadeiro e sincero, aquele que se acha em grau superior de adiantamento moral. Nele, o Espírito domina de modo mais completo a matéria, dando-lhe uma percepção mais clara do futuro. O verdadeiro espírita é tocado no coração e sua fé se torna inabalável.
E Kardec diz que se reconhece o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas más inclinações.
Então, meus amigos, ser espírita não significa ser perfeito, mas é estar numa busca constante e sucessiva por autotransformação e autoconhecimento, através de atitudes renovadas no serviço do bem.
Outra bela mensagem encontrada no livro Antologia Mediúnica do Natal, agora de Humberto de Campos, sob pseudônimo Irmão X, é a intitulada Natal Simbólico, onde temos que...
Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer... Fora loucura esperar a reforma do mundo, sem o homem reformado. Jamais conheceremos povos cristãos, sem edificarmos a alma cristã... Eis porque o Natal do Senhor se reveste de profunda importância para cada um de nós em particular.
Pois então, cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...será que estamos preparando uma manjedoura para que o Cristo realmente nasça em nós?
Em 2020, Paula Fernandes lançou uma nova versão de Jingle Bell Rock que destaca o Natal com características brasileiras, uma parceria com uma marca de refrigerante de guaraná. (https://youtu.be/zvG9rNSW5tk). Essa é Jingle Bell e Natal Rock
E aqui temos uma propaganda que muita gente, mesmo que tenha vivido naquela época, não deve se lembrar. É uma linda mensagem de Natal que fala especificamente do nascimento de Jesus e de amor, paz e esperança, falando, inclusive de viver o Natal dentro de nós.
É de 1975, feita para o Banco Bamerindus. Essa foi uma das mais belas mensagens em forma de propaganda natalina.
Por mais que celebremos o nascimento do Cristo em uma data que não é a verdadeira, isso pouco importa.
Por mais que busquemos trocar presentes entre nós, na noite do Natal, isso pouco importa.
Por mais que alguns organizem ceias e festas para comemorar o Natal, isso pouco importa.
O que realmente importa é o significado do Natal para nós. O significado do nascimento do Cristo. Isso sim importa.
Pensem bem, Cristo nasceu, viveu e cresceu entre nós, por poucos anos, do ponto de vista material. Mas foi uma alma tão especial que foi capaz de mudar o mundo, fazendo com que a marcação do tempo passasse a considerar antes e depois de seu nascimento. Mesmo não tendo deixado nada escrito, nos deixou Sua mensagem, carregada de seus ensinamentos e nos exemplificou o amor, a tolerância, a paciência, a caridade e o perdão.
Agora temos uma das mais conhecidas canções natalinas do mundo, escrita e composta por James Lord Pierpont, em 1857. Era uma canção para o Dia de Ação de Graças, mas acabou se tornando uma canção natalina. Em 16 de dezembro de 1965, tornou-se a primeira música a ser tocada no espaço, a bordo da nave espacial Gemini 6A. e aqui temos a canção na intepretação do grande Frank Sinatra. (https://youtu.be/-aQw3DoGuqs).
Em 1928, o escritor libanês, Khalil Gibran, de quem sou um admirador, lançou o livro Jesus, o filho do homem, onde faz uma recriação poética sobre a vida de Jesus, que narra, em curtos capítulos, histórias contadas por personagens que teriam convivido com Jesus, como Ana, sua avó, mãe de Maria.
Jesus, o filho de minha filha, nasceu em janeiro, aqui em Nazaré. Na noite em que ele nasceu, tínhamos visita de homens do Oriente. Eram persas que iam para Esdralon, que se juntaram às caravanas dos midianistas a caminho do Egito. Como não encontraram quartos na hospedaria, pediram hospedagem em nossa casa.
Dei-lhes as boas vindas e disse: “Minha filha presenteou seu filho com a vida. Por isso, desculpem se não me dedico com atenção total às obrigações de uma anfitriã”.
Eles agradeceram a acolhida. Após o jantar, disseram: “Gostaríamos muito de ver o recém-nascido”.
O filho de Maria era extremamente bonito, e também ela era graciosa.
Quando os persas viram Maria e seu filho, tiraram ouro e prata de suas bolsas, também mirra e incenso, e colocaram tudo aos pés da criança.
Então caíram de joelhos e oraram em sua língua, que nós não entendíamos. Quando os levei ao aposento que havia arrumado para eles, senti que estavam imbuídos de uma admiração reverente.
Saíram cedo pela manhã para seguir com a caravana. Na despedida disseram para mim: “A criança tem apenas um dia de vida, mas nós vimos a luz de nosso Deus nos Seus olhos e o sorriso de nosso Deus nos Seus lábios. Pedimos que cuidem bem dela, para que ela proteja todos vocês”.
Depois subiram em seus camelos e foram embora; nunca mais os vimos.
Esse é o verdadeiro significado do Natal, receber o Cristo dentro de nós, cuidar bem dele, para que ele nos proteja.
Essa música é uma daquelas que, aqueles que a ouviram, não se esquecem nunca. Foi criada para a campanha de Natal do Banco Nacional, de 1975, mas a versão dos anos 1980 é a que mais me lembro, com um coral de crianças cantando e um menino tentando chegar a tempo de cantar a última parte da música...essa é, realmente, inesquecível!
Natal é tempo de lembrar de Jesus, aquele a quem devemos seguir, por suas ações e exemplos, como disse Paulo de Tarso na Segunda carta aos Coríntios: “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. (2 Coríntios 5:17)
Para os cristãos, Natal tem como significado especial o nascimento de Jesus, aquele que veio, enviado por Deus. Com o passar do tempo e com o apelo comercial, a data acabou sendo mais lembrada pelas compras e festas, do que propriamente pelo nascimento do Cristo entre nós.
E como se comemora esta data, entre as diferentes religiões cristãs? E quanto aos que não são cristãos, será que eles comemoram alguma coisa nesta data? Vamos, então, falar um pouco sobre isso.
Para o Espiritismo, deve-se buscar nos ensinamentos Espíritas, aquilo que seja mais importante sobre o significado de Natal. Deve-se focar no nascimento, que é o verdadeiro significado de Natal, não se atendo tanto em presentes, festas, Papai Noel, ou seja, não valorizando mais os bens materiais em detrimento dos espirituais.
Os católicos comemoram o nascimento de Jesus, filho de Maria e José, normalmente se reunindo em família, na noite do dia 24 e também para o almoço do dia 25. Também existe o costume de ir às igrejas para as comemorações religiosas, sendo a mais representativa delas, a missa que é realizada na véspera do Natal pelo Papa no Vaticano. É mais comum nos povos de origem portuguesa e espanhola, a missa ser conhecida como Missa do Galo, também conhecida como Missa da Meia Noite pelos outros povos católicos.
Para os judeus, a data de 25 de dezembro não tem muito significado, mas os meses de novembro e dezembro são repletos de festividades. Neste período se comemora o Hanukkah, a “festa das luzes” onde é celebrada a vitória da luz sobre as trevas, da espiritualidade sobre o materialismo, mas, também, marca a luta do povo judeu contra os seus opressores pelo direito de praticar livremente sua religião.
No Islamismo, Jesus seria apenas mais um profeta, uma vez que eles dão maior relevância nos ensinos de Mohamad ou Maomé. Contudo, a maior parte dos muçulmanos respeitam a celebração do Natal, mesmo a data não tendo nenhum significado especial.
O dia 25 de dezembro é comemorado pelos seguidores da Umbanda, em agradecimento à Oxalá, entidade que comanda todas as outras forças da Terra, sendo o símbolo da natureza religiosa e, pelo sincretismo, refere-se à Jesus Cristo. No episódio 29 falei sobre isso.
No Candomblé não existe uma tradição religiosa nesta data, mas alguns terreiros oferecem alguns rituais especiais.
No protestantismo, devido a suas ramificações, alguns comemoram o Natal, como outras religiões cristãs a comemoram.
Os Evangélicos, do mesmo modo que os católicos e todos os cristãos, comemoram a data como o nascimento de Jesus, realizando celebrações em família ou em suas igrejas.
Os Testemunhas de Jeová, consideram qualquer tipo de festividade de aniversário como sendo pagã e, por isso, nada se comemora no dia 25 de dezembro. Também levam em consideração o fato de não haver na Bíblia, nada que aponte a data como sendo o dia do nascimento de Jesus.
Os cristãos ortodoxos comemoram o Natal na data de 06 de janeiro, uma vez que seguem o calendário Juliano, que tem uma diferença de 13 dias em relação ao calendário Gregoriano, seguido pelos católicos e demais cristãos.
Para os budistas, não existe nenhuma comemoração especial nesta data, uma vez que não entendem o nascimento de Cristo como sendo algo excepcional. Eles admiram e respeitam as qualidades de Jesus, como o fazem com qualquer pessoa que tenha uma vida voltada ao bem da humanidade. Consideram Jesus como um Bodhisattva, um ser iluminado, movido por grande compaixão pela humanidade, a tal ponto de se sacrificar por ela. No Natal, existe, na realidade, um pensamento espiritual por parte de alguns budistas.
No Taoismo, religião predominantemente chinesa, não existe nenhuma comemoração no Natal.
Para o Xintoísmo, com grande número de adeptos japoneses, os deuses são representações de elementos e seres da natureza e a data de 25 de dezembro é vista apenas como algo comercial.
No hinduísmo, Jesus Cristo é entendido como um avatar, uma encarnação do deus Vishnu, e não existe uma comemoração especifica no dia 25 de dezembro, mas sim em outubro ou novembro, eles comemoram o Diwali, o festival das luzes, algo parecido com o que vemos nas festividades do Natal.
Já para os ateus, aqueles que não acreditam em Deus, não há um significado religioso do Natal e, segundo a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, a data de 25 de dezembro, tem, tão somente, uma conotação comercial.
Pensemos, então, toda vez que chega o período do Natal, que, o nascimento do Cristo, em sua simplicidade, indica o caminho que temos que seguir. É nesse caminho que os povos do mundo alcançarão as regeneradoras fontes da fraternidade e da paz. É nesse caminho que encontraremos alívio e consolo para todos os sofrimentos da alma.
Essa é a música O Natal, de Iris Paula Rocha, com o Grupo Fé, do Distrito Federal, que está no álbum Trilhas da Libertação (https://youtu.be/G_Ky4MDqZwc).
Diante dos festejos puramente materiais realizados nas comemorações do Natal, deveríamos buscar compreender qual o real significado desta data que marca a chegada daquele que nos trouxe através de seus exemplos, o amor e a verdadeira fraternidade, que são a base da felicidade humana. Mesmo que não seja essa a data verdadeira de seu nascimento.
Deveríamos comemorar o Natal com alegria em nosso coração, em nossas casas, com os amigos e familiares, mas não nos esquecendo de que a verdadeira fraternidade não se demonstra pela troca de presentes, mas sim pelas atitudes de boa vontade de uns para com os outros.
O Natal não deveria se limitar às alegrias de um dia, mas deveria se estender por toda a vida, uma vez que sempre encontraremos motivos reais para sermos felizes, ajudando ao próximo, permitindo o nascimento do Cristo em nosso coração, em todos os nosso atos, palavras e pensamentos.
O maior presente de que a humanidade necessita é a paz entre os povos e essa tão sonhada paz somente existirá quando houver o desprendimento e a boa vontade estiverem comandando as nossas ações e quando todos estivermos nos amando como irmãos, sem nos esquecer de que ninguém pode, plenamente ser feliz sem a felicidade dos outros. Eis porque o Natal se cobre de profunda importância para cada um de nós.
Devemos compreender que o Natal não deve ser comemorado somente em sua data simbólica, ou seja, no dia 25 de dezembro, mas sim todos os dias através da prática de atos cristãos, seguindo o Evangelho, lembrando, sempre, que o Evangelho é um livro para ser estudado, compreendido e vivenciado por todos nós.
Natal é tempo de reflexão, um convite a pensarmos no nascimento de nosso modelo e guia. Aquele que nasceu para nos ensinar a verdadeira essência do amor.
Para você que tem família, esforce-se para se reunirem. Não pelas festividades, não pela troca de presentes, mas sim para expressar o amor.
A família, representada em tantos e tantos presépios que se tornaram, infelizmente, motivo de decoração, é algo que deveríamos enaltecer e manter sempre unida.
Em 2015, uma rede de supermercados alemã lançou uma propaganda de Natal que emocionou a todos. Usando a música Dad, na interpretação da cantora alemã Neele Ternes, a propaganda mostra exatamente a questão da união da família. Começa com um idoso sozinho, recebendo a mensagem de sua filha que não poderá passar o Natal com ele, mas promete que no próximo ano passará. As cenas seguem mostrando o idoso sempre comemorando o Natal sozinho. Numa jogada, até mesmo macabra, os filhos recebem a notícia da morte do pai e seguem todos para sua casa, para o funeral, onde o encontram com a mesa pronta para celebrar o Natal e o idoso diz: De que forma eu poderia reunir todos novamente?
É emocionante!
Este é o podcast Mundo Espiritual e a produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e o Hugo Biella é que faz a arte das capas dos episódios.
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E então, gostaram de relembrar este especial de Natal?
Nós vamos ficando por aqui.
Espero que nosso Natal tenha esse significado: o nascimento do Cristo em cada um de nós.
Eu pensei que todo mundo/Fosse filho de Papai Noel/E assim felicidade/Eu pensei que fosse/Uma brincadeira de papel/Já faz tempo que eu pedi/Mas meu Papai Noel não vêm/Com certeza já morreu/Ou, então felicidade/É brinquedo que não tem...
Quando Jose de Assis Valente escreveu esses versos, lá em 1932, talvez não pensasse que estaria escrevendo, uma das mais belas músicas de Natal, Boas Festas. Assis Valente foi um menino pobre de Santo Amaro, interior da Bahia, que não chegou a conhecer seus pais e para quem o Natal era uma grande referência de exclusão e tristeza.
Mas, alegria. Natal é tempo de alegria, então, para terminar, deixo vocês com o Sambô, grupo formado em 2006 em Ribeirão Preto, com a música Boas Festas, que está no álbum Natal com Sambô, de 2019. (https://youtu.be/53NQpPsKDU8).
Fiquem todos em paz, tenham um Feliz Natal e até nossa próxima temporada.





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