MÚSICA DA ALMA # 01 - A FLOR DO MARACUJÁ
- Carlos A. Biella

- 10 de abr. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 23 de mai. de 2024

A flor do maracujá.
Porque razão nasce roxa, a flor do maracujá? Quer saber, então vem comigo.
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Sejam bem-vindos, esse é o primeiro episódio do podcast Música da alma. Um podcast dentro do universo Mundo Espiritual.
Neste podcast falarei, principalmente sobre músicas que tocam nossa alma de alguma maneira. Mas, também, falarei de outras formas de arte, mas, especialmente falarei de música, pois a música mexe com a alma, do mesmo modo que o ritmo mexe com o corpo.
Eu sou Carlos Biella e a produção, edição e apresentação são minhas e a parte gráfica fica por conta do Hugo Biella.
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Nesse episódio trago não uma música, mas um poema. Um belo poema de Catulo da Paixão Cearense.
O Poeta do Sertão, como ficou conhecido, nasceu em São Luís, no Maranhão, em 1863, morrendo em 1946, no Rio de Janeiro. Talvez ele seja mais conhecido pela música Luar do Sertão (em parceria com João Pernambuco). Aqui na voz do grande Luiz Gonzaga. (https://youtu.be/EkjvlXL_bVw).
Ainda teremos um episódio sobre essa música, aguardem.
Pois Catulo da Paixão Cearense é o autor deste lindo poema intitulado Flor do maracujá.
O poema inicia perguntando o porquê de a flor do maracujá nascer roxa.
Você sabia que a flor do maracujá é também conhecida como “Flor da Paixão”?
E sabe a razão? Quando os missionários europeus chegaram à América, eles se encantaram com a exuberância da flor do maracujá e acabaram associando a flor a alguns elementos da chamada Paixão de Cristo, as dores pelas quais Cristo passou durante seu calvário.
O poema é de uma beleza simples e profunda e o trago aqui na voz do ator e dublador paulista Ithamar Lembo (https://youtu.be/lxS0emtoox4).
A flor do maracujá
Ah, pois então eu lhi conto,
A estória que ouvi contá,
A razão pro que nasci roxa,
A frô do maracujá.
Maracujá já foi branco,
Eu posso inté lhe ajurá,
Mais branco qui caridadi
Mais branco do que o luá.
Quando a frô brotava nele,
Lá pros cunfim do sertão,
Maracujá parecia,
Um ninho de argodão.
Mais um dia, há muito tempo,
Num meis que inté num mi alembro,
Si foi maio, si foi junho,
Si foi janeiro ou dezembro.
Nosso sinhô Jesus Cristo,
Foi condenado a morrê,
Numa cruis crucificado,
Longe daqui como o quê,
Pregaro cristo a martelo,
E ao vê tamanha crueza,
A natureza inteirinha,
Pois-se a chorá di tristeza.
Chorava us campu,
As foia, as ribeira,
Sabiá tamém chorava,
Nos gaio a laranjera,
E havia junto da cruis,
Um pé de maracujá,
Carregadinho de frô,
Aos pé de nosso sinhô.
I o sangue de Jesus Cristo,
Sangui pisado de dô,
Nus pé du maracujá,
Tingia todas as frô,
Eis aqui seu moço,
A estória que eu vi contá,
A razão proque nasce roxa,
A frô do maracujá
Sem dúvida é um lindo poema que emociona, não é mesmo?
Nesses tempos que vivemos, cercados por notícias ruins, que mexem com nosso estado emocional, em que somos bombardeados por todos os meios de comunicação, em especial nossas redes sociais, com informações que nos atropelam, as vezes é necessário pararmos e nos desconectarmos do mundo, nem que seja por um instante, nem que seja para ouvir esse lindo poema, que nos traz paz, leveza e equilíbrio.
Procure sempre buscar por momentos que lhe tragam alegria, beleza e paz.
Este é o podcast Música da Alma e eu sou Carlos Biella e a produção, edição e apresentação são minhas e a parte gráfica fica por conta do Hugo Biella.
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Música da Alma, um podcast para te provocar emoções.
Fiquem todos bem e até nosso próximo episódio.





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