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MÚSICA DA ALMA # 06 - RIPLEY

  • Foto do escritor: Carlos A. Biella
    Carlos A. Biella
  • 25 de jun. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 10 de jul. de 2024


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Ripley.


Assisti a uma minissérie na televisão que muito me impactou, principalmente pela sua filmagem, toda em preto e branco, retratando a beleza da Itália dos anos 1960. Você conhece a minissérie Ripley? Então, vem comigo.


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Sejam bem-vindos, este é o podcast Música da alma. Um podcast dentro do universo Mundo Espiritual.

Eu sou Carlos Biella e a produção, edição e apresentação são minhas e a parte gráfica fica por conta do Hugo Biella.

Acompanhe todos os nossos episódios nas plataformas players de podcasts, procurando por podcast Música da Alma, ou acessando o site www.podcastmundoespiritual.com.br e clique na aba Música da Alma.


Meses atrás assisti a uma minissérie, lançada neste ano de 2024, no canal de streaming Netflix, série essa que remetia a um filme que já tinha assistido tempos atrás. A série chama-se Ripley e a história eu já havia assistido no filme O talentoso Ripley, de 1999.

Eu simplesmente adorei a série, toda filmada em preto e branco, com uma fotografia fantástica. E será sobre essa história e principalmente sobre esta minissérie, nosso episódio de hoje.

E hoje teremos uma participação especial.

Tenho um conterrâneo de Novo Horizonte, interior do estado de São Paulo, que hoje reside na bela cidade de Poços de Caldas, em MG, chamado Chico Lopes. Chico é escritor, pintor e crítico de cinema. Li um de seus textos na internet, falando a respeito da minissérie e após trocarmos algumas reflexões a respeito da mesma, pedi que me enviasse um pequeno texto com sua opinião sobre Ripley para um episódio de nosso podcast.

E, por sugestão do próprio Chico Lopes, nosso fundo musical será com o belíssimo Adágio de Albinoni que, segundo Chico, tem uma atmosfera dramática e veneziana, casando bem com a atmosfera italiana da minissérie.

Tomaso Albinoni foi um compositor barroco nascido em Veneza, na Itália, em 1671 e seu famoso Adagio é uma reconstrução, na verdade, uma nova composição do musicólogo italiano Remo Giazzoto baseada, segundo ele, em um fragmento de seis compassos encontrado em um manuscrito de Albinoni na Biblioteca do Estado da Saxônia. Esse novo arranjo de Giazzoto, teria sido publicado em 1958.

Então, para nos acompanhar, teremos duas versões, uma com a The New York Classical Players, sob a regência de Dongmin Kim, numa apresentação ao vivo, na St. Peter's Episcopal Church, Morristown, NJ, em 2017 (https://youtu.be/1JXeoZpMnNc) e outra versão com o violoncelista croata Hauser, com a Orquestra Filarmônica de Zagreb no Lisinski Concert Hall in Zagreb, em 2017. (https://youtu.be/kn1gcjuhlhg).

Como eu disse, amei a série, com todas aquelas tomadas de cenas, as paisagens, tudo muito poético, além de imagens belíssimas de obras pintada por Caravaggio, o que acabou por mexer com minha curiosidade a respeito da vida do pintor italiano do período barroco. Suas pinturas são maravilhosas e sua vida, bem...deixa para um futuro episódio.

Vamos seguir aqui com Ripley e o texto do Chico Lopes.

O criminoso mais famoso da história da Literatura policial chama-se Tom Ripley e, fazendo falcatruas, matando gente que se coloca em seu caminho. Jamais foi preso. Atualmente, interpretado por Andrew Scott, ele está no Netflix, numa história que vem da autora Patricia Highsmith, chamada inicialmente “O talentoso Ripley” e popularizada também por dois filmes, “O sol por testemunha” e o também chamado “O talentoso Ripley”. No primeiro Ripley foi Alain Delon e no segundo, Matt Damon.

Nessa minissérie, filmada em primoroso preto & branco por Steve Zaillan, ele é vivido por Andrew Scott, novato muito elogiado pela crítica, e nela temos oito episódios que podem desenvolver o livro original melhor que os dois filmes citados. Ripley é um americano mal sucedido, que vive na pobreza, sobrevivendo com pequenos expedientes, desprezado por uma tia que é a sua única parenta viva, forjando fraudes astuciosas que lhe permitem ganhar algum dinheiro e ir tocando sua vida de quase marginal. Mas de repente um milionário da área naval se interessa por ele, achando que ele é amigo de seu filho, um boa-vida que está na Itália desfrutando do dinheiro do pai, não querendo voltar para a América. Ripley finge ser um grande amigo desse filho e vai para a Itália bancado por esse pai aparentemente para resgatá-lo, convencê-lo a voltar para a América. Na verdade, vai para se deslumbrar com a vida luxuosa do outro.

Assim vemos Ripley se movendo sempre furtivamente, sempre de olho em algum golpe, mas deslumbrando-se pela vida ociosa, na costa italiana, de Dickie Greenleaf e sua namorada, Marge. Sabemos que ele é potencialmente um psicopata e vamos vendo como aos poucos ele se apropria da personalidade de Dickie Greenleaf, usando de suas habilidades para forjar assinaturas e imitar vozes. Desse modo foi criado por Patricia Highsmith um dos mais fortes e amorais personagens da literatura policial, que atuou em muitos filmes e romances.

Grande Chico Lopes.

A série, como eu havia dito, é brilhante e as tomadas de cena são belíssimas.

Contudo, fica um enigma ao final. Será que o vilão seria punido ou não?

Em uma postagem do Chico Lopes, que encontrei na internet, ele diz que Tom Ripley ainda continua suas aventuras, em outros dois livros, onde, segundo ele, Tom Ripley retorna em plena forma com sua amoralidade de psicopata e seu refinamento estético, que vai crescendo muito à medida em que ele enriquece e pode dar vazão a seus desejos requintados como, por exemplo, apreciar as obras para cravo de Scarlatti e curtir obras de grandes pintores com alta cotação no mercado. Isso fica bem claro em “Ripley debaixo d´água”, romance em que ele está tranquilo numa luxuosa propriedade num canto quase rural da velha França, vivendo com a mulher, Eloise, quando surge um casal de americanos muito xereta que quer conhecê-lo. O marido sabe algo da história ambígua do “desaparecimento” de Dickie Greenleaf e fica cutucando Ripley por curtição, por mera bisbilhotice, sem saber a onça que está provocando. Claro que ele acabará muito mal, porque Ripley não gosta nada de quem quer conhecer seus segredos.

Quanto a isso, a minissérie deixa bem claro o que Ripley é capaz de fazer em relação aos intrometidos.

O outro romance citado por Chico Lopes é “O amigo americano”, onde um Ripley aparentemente muito compassivo e solidário ajudará um moldureiro doente de leucemia a ir buscar cura na Alemanha. Compaixão e solidariedade coisa nenhuma, porque ele está fulo da vida com o tal moldureiro e lhe prepara uma punição muito a seu gosto.

Ripley é uma minissérie, como dissemos, baseada no romance policial de Patricia Highsmith de 1955 e foi escrita e dirigida por Steven Zaillian, roteirista, diretor e produtor de cinema norte-americano. Zaillian é roteirista de grandes obras cinematográficas como Missão Impossível, Gangs de Nova York, O Irlandês e A Lista de Schindler.

Os atores principais são Andrew Scott, brilhante como Tom Ripley, Dakota Fanning como Marge Sherwood e Johnny Flynn como Dickie Greenleaf. São somente oito episódios e se quiserem conferir, a minissérie está na plataforma de streaming Netflix.

Como eu disse, ficou belíssima. A cena do assassinato no barco, apresentada na minissérie, ficou fantástica, dessa vez mais demorada, completa e repleta de suspense muito bem elaborado e filmado. Ficou tão incrível que o mar parece até mais assustador em preto e branco. A arte da fotografia em preto e branco sempre foi superior, conforme disse Chico Lopes e eu sigo na mesma opinião.

Ah, quanto a isso, tem um pequeno detalhe nesta minissérie, onde a cor aparece, mas não darei spoiler, não. Assistam e vejam se consegue perceber onde a cor está presente.

Pois é, Ripley é uma daquelas histórias que parecem que nunca terão um fim, diferente do nosso episódio que vai ficando por aqui.

Este é o podcast Música da Alma e eu sou Carlos Biella e a produção, edição e apresentação são minhas e a parte gráfica fica por conta do Hugo Biella.

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E hoje falamos sobre a minissérie Ripley, que muito me chamou atenção, especialmente pela filmagem em preto e branco e pelas belas paisagens italianas.

Espero que tenham gostado.

Agradeço a colaboração do meu amigo Chico Lopes, direto lá da linda cidade mineira de Poços de Caldas.

Fiquem todos bem e até nosso próximo episódio.


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DEIGMA SILVA
DEIGMA SILVA
26 de jun. de 2024
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Ripley já está na lista para eu assistir

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