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MÚSICA DA ALMA # 10 - MY WAY

  • Foto do escritor: Carlos A. Biella
    Carlos A. Biella
  • 13 de nov. de 2024
  • 7 min de leitura

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My Way.


Talvez esta seja a música que mais gosto e que sempre me emociona quando a escuto. Quer saber mais sobre ela? Então vem comigo.


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Sejam bem-vindos, este é o podcast Música da alma. Um podcast dentro do universo Mundo Espiritual.

Eu sou Carlos Biella e a produção, edição e apresentação são minhas e a parte gráfica fica por conta do Hugo Biella.

Acompanhe todos os nossos episódios nas plataformas players de podcasts, procurando por podcast Música da Alma, ou acessando o site www.podcastmundoespiritual.com.br e clique na aba Música da Alma.

Neste nosso décimo episódio do podcast Música da Alma, trago My Way, a música que considero como sendo minha “música da vida”. Inclusive, na porta do meu escritório e onde gravo e produzo este podcast, tenho um quadrinho que ganhei de minha esposa e filhos, constando My Way – Música da Vida – Carlos Biella, como podem ver na capa deste nosso episódio.

Bem, já aviso que esta música, imortalizada nas vozes de Frank Sinatra e Elvis Presley, não sei por que, sempre me emociona e quase sempre me leva às lágrimas. Portanto, não vai ser fácil fazer este episódio.

E já começo com uma gravação de 1990, com o maestro Paul Mauriat e sua Orquestra, num lindo arranjo da música.

My Way é uma canção que é um verdadeiro hino de celebração à individualidade. Sua letra nos faz refletir sobre a vida e as escolhas que fazemos, uma enaltação à autoafirmação e a coragem que devemos ter diante dos desafios e críticas que acompanham nossas vidas.

Creio que a maioria das pessoas conheça esta música, interpretada por inúmeros cantores e cantoras em todo o mundo.

O que talvez muitos não saibam é que essa música, My Way, com letra em inglês, na realidade, é uma versão da canção original francesa, Comme d'habitude.

Você a conhece?

Então, vamos voltar no tempo, até novembro de 1967...

Vamos ligar nossa televisão e sintonizar o programa da TV francesa, Tilt Magazine, onde Claude François vai cantar. https://youtu.be/cRtVCbF9e20

Claude Antonie Marie François, mais conhecido por Claude François, ou simplesmente CloClo, nasceu numa colônia francesa no Egito, em 1939, filho de um controlador de tráfego marítimo do Canal de Suez. Posteriormente mudou-se para a França onde se tornou um cantor pop.

Claude tornou-se uma estrela de shows e da TV francesa, onde se apresentava, muitas vezes como CloClo et sues Clodettes, uma espécie de Chacretes que o acompanhavam. Putz, Chacretes!!! Cara, eu tô velho mesmo! Tem gente que nem deve saber o que é isso!! Chacretes eram as dançarinas do programa de TV do apresentador Chacrinha, nos anos 1950 até 1980.

Jacques Revaux, compositor francês, tinha uma música chamada For me, que foi oferecida a vários cantores que a recusaram.  

Durante suas férias em Cannes, Revaux conheceu Claude François, já então, uma estrela francesa do show de variedades e lhe apresentou a música. Claude gostou e começou a dar-lhe uma retocada, inserindo como tema o dia-a-dia de um casal aparentemente em crise, o que refletiria, assim uma sua recente ruptura sentimental. Com ajuda do letrista Gilles Thibaut, Claude finaliza a letra da música e muda o nome para Comme d'habitude.

(https://youtu.be/PWmceAWh4AE)

Infelizmente a carreira de Claude François terminou cedo, aos 39 anos, quando de forma bizarra, durante um banho de banheira, percebendo uma lâmpada na parede, com mau contato, tentou ajeita-la e acabou morrendo eletrocutado.

Em 2012 foi lançado o filme de origem francesa com o título original CloClo, que no Brasil ganhou o título My Way, o Mito Além da Música. O filme sobre Claude François foi dirigido por Florent Emilio Siri e teve como protagonista o ator Jérémie Renier.

Pois bem, o que fala a letra da música Comme d’habitude? Bem, “comme d’habitude” pode ser traduzido por “como de costume” ou “habitualmente” e a letra vai fazendo um relato da vida cotidiana de um casal em crise, com um deles descrevendo com é seu dia, do amanhecer ao anoitecer. Acaba sendo a descrição da vida de muitos casais, cujo relacionamento se esfriou e tudo acaba sendo feito, comme d’habitude.

Confiram a tradução da música na descrição deste episódio.

Eu me levanto e te procuro. Você não se levanta, como de costume.

Sobre você eu estendo o lençol. Eu temo que você esteja com frio, como de costume.

Minha mão acaricia seus cabelos, quase sem que eu perceba, como de costume.

Mas você me dá as costas, como de costume.

Então, eu me visto bem rápido. Eu saio do quarto, como de costume.

Sozinho eu tomo meu café. Eu estou atrasado, como de costume.

Sem barulho eu saio de casa. Tudo é cinza lá fora, como de costume.

Eu sinto frio, eu levanto minha gola, como de costume.

Como de costume, todo o dia, eu vou fingir.

Como de costume eu vou sorrir

Como de costume eu vou rir

Como de costume, enfim eu vou viver

Como de costume

Depois, o dia acabará

Eu voltarei, como de costume

Você, você terá saído

E ainda não terá voltado, como de costume

Sozinho, eu me deitarei, nesta grande cama fria, como de costume

Minhas lágrimas, eu as esconderei, como de costume

Como de costume, mesmo à noite

Eu vou fingir, um faz de conta

Como de costume, você voltará

Como de costume, eu te esperarei

Como de costume, você me sorrirá

Como de costume

Como de costume, você se trocará

Como de costume você se deitará

Como de costume nos beijaremos

Como de costume

Como de costume fingiremos

Como de costume faremos amor

Como de costume fingiremos

Como de costume

No final daquele ano de 1967, em uma visita a Paris, o cantor e compositor canadense, de origem síria, Paul Anka assistiu a Claude François na televisão cantando Comme d'habitude. Logo depois, acabou comprando os direitos autorais, reescreveu a letra, agora com o nome My Way, e a ofereceu ao produtor de ninguém menos que Frank Sinatra, que acabou a gravando no final de 1968, sendo lançada em 1969, já se tornando um grande sucesso.

A letra que, em francês, falava do cotidiano de um casal em crise devido a rotina, em inglês, passou a fazer um tipo de balanço final da vida de uma pessoa.

E a versão em inglês acabou ganhando um rosto e uma voz, sendo por muitos de nós, relacionada com Frank Sinatra (https://youtu.be/qQzdAsjWGPg)...

A letra de My Way, começa com o eu lírico se deparando com a cortina final, o final da vida ou de uma fase importante. Ao olhar para trás, vê uma vida intensamente vivida e de acordo com suas próprias regras. Ao longo da música, ressalta-se a importância de se viver de acordo com seu próprio modo de vida, mesmo enfrentando arrependimentos e dificuldades. É mais importante ser autêntico e ter coragem de seguir o próprio caminho, do que se conformar.

A letra fala de resiliência e capacidade de superar obstáculos, com o eu lírico admitindo ter enfrentado momentos difíceis, como na frase “mordi mais do que poderia engolir”, mas, mesmo assim, enfrentou tudo e permaneceu em pé, de cabeça erguida, apesar dos desafios. No final, a música questiona sobre o valor de um homem que não se mantém fiel a si mesmo, e reforça a ideia de que a integridade pessoal é o que mais importa, com nossas escolhas definindo quem realmente somos. Deixei a tradução da música na transcrição do episódio.

E agora, o fim está próximo

Então eu encaro o desafio final

Meu amigo, Eu vou falar claro

Eu irei expor meu caso, do qual tenho certeza

Eu vivi uma vida que foi cheia

Eu viajei por cada e todas as rodovias

E mais, muito mais do que isso

Eu fiz do meu jeito

Arrependimentos, eu tive alguns

Mas então de novo, tão poucos para mencionar

Eu fiz o que tinha que fazer

E eu vi tudo sem exceção

Eu planejei cada caminho do mapa

Cada passo cuidadosamente no correr do atalho

Oh mais, muito mais que isso

Eu fiz do meu jeito

Sim, teve horas que eu tinha certeza

Quando eu mordi mais que eu podia mastigar

Mas, entretanto, quando havia dúvidas

Eu engoli e cuspi fora

Eu encarei e continuei grande

E fiz do meu jeito

Eu amei, eu ri e chorei

Tive minhas falhas. minha parte de derrotas

E agora, como as lágrimas descem

Eu acho tudo tão divertido

De pensar que eu fiz tudo

E talvez eu diga, não de uma maneira tímida

Oh não. não eu

Eu fiz do meu jeito

E pra que é um homem, o que ele tem

Se não ele mesmo, então ele não tem nada

Para dizer que as coisas que ele sente de verdade

E não as palavras que ele deveria revelar

Os registros mostram que eu recebi as desgraças

E fiz do meu jeito

E agora trago outro nome que também deu rosto e voz à My Way: Elvis Presley.

A versão de estúdio de Elvis foi gravada em junho de 1971 e lançada só em 1995 no disco Walk A Mile In My Shoes. Existem as versões ao vivo, como a do show no Havaí que foi lançada num disco ao vivo em 1973 intitulado Aloha from Hawaii, outra, lançada em 1977, em um compacto simples, além de outra versão, também ao vivo, no disco Elvis in Concert, também de 1977 (https://youtu.be/ixbcvKCl4Jc).

Talvez uma das mais belas apresentações de My Way seja a que ocorreu no dia 16 de julho de 1994, num show realizado no Dodge Stadium de Los Angeles, quando os Três Tenores, Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras cantaram My Way, com a presença de Frank Sinatra na plateia (https://youtu.be/tezDcWcqOog).

E agora trago uma surpresa para vocês. Juntei o vocal de Frank Sinatra e Elvis Presley, num dueto à capela. Confiram....

Muitos interpretaram My Way, mas, para Jacques Revaux, autor original da música, a melhor interpretação seria a norte-americana Nina Simone (https://youtu.be/EzJDokPsOwU).

Independente de quem a cante, My Way é, na minha opinião, maravilhosa.

E assim, fazendo as coisas da minha maneira, que vou chegando ao final deste episódio.

Este é o podcast Música da Alma e eu sou Carlos Biella e a produção, edição e apresentação são minhas e a parte gráfica fica por conta do Hugo Biella.

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Acesse meu canal no Youtube e confira diversos vídeos, procure por Carlos Biella, inscreva-se e nos siga.

Música da Alma, um podcast para te provocar emoções.

Essa é realmente minha música da alma.

Sinceramente, não sei bem qual interpretação eu mais gosto.

O que sei é que essa música me emociona e muito, toda vez que a escuto.

Não foi fácil gravar e editar este episódio, mas fico muito feliz e grato por ter conseguido finaliza-lo. Espero, de coração, que vocês tenham gostado.

Eu vou ficando por aqui, segurando as lágrimas, na certeza de que tenho levado a vida, do meu jeito.

Fiquem em paz e até o nosso próximo episódio.


2 comentários

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silfarney nascimento
silfarney nascimento
06 de dez. de 2024

A música quase sempre me encanta, digo quase, porque algumas me espantam, rsrs, My Way é fantástica, os interpretes citados, sem comentários, rsrs.

Tenho uma particularidade quanto à música, gosto muito de gente, mas gosto de ouvir música sozinho, e de preferência, com ambiente pouco iluminado, acho que é uma excentricidade, rsrs.

Parabéns.

Silfarney

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mundoespiritual05
08 de dez. de 2024
Respondendo a

Cada um tem suas preferências, seja em estilo musical, seja no modo de curtir. O que importa é se deixar levar pelas emoções que a música proporciona. Obrigado por comentar.

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